Alex Rodriguez promete mais um ano de 'rojinegro'
Em entrevista ao jornalista Gonzalo Navarro, Alex Rodriguez garantiu que cumprirá na próxima época o ano de contrato que ainda o liga aos Reus, pondo de parte a saída – para já – para Portugal.
A Oliveirense teve interesse no concurso do atacante, sendo que a transferência – pela ligação entre atleta e o Reus até 2021 – só poderia ser concretizada já neste próximo defeso mediante o pagamento de uma cláusula, tal como aconteceu com Matías Platero e Raul Marin (para o Sporting) e Albert Casanovas (Benfica).
Mas o jogador de 26 anos afasta esse cenário.
"É muito simples. Em Reus sinto-me em casa e falta-me pelo menos um ano de contrato que vou cumprir. Portugal é muito atractivo e para o ano logo se vê", assegura Alex. "Todos sabemos que estamos sujeitos a rumores ou mudanças”, sublinha.
Em sentido contrário, de saída do Sporting, fala-se com insistência do regresso de Raul Marin a Reus. "Não te vou mentir, todos desejamos que volte”, revela Alex a Gonzalo Navarro. “Se acontecer, vai acrescentar-nos muitas coisas boas”, garante. “O Joan Salvat [ndr: capitão do Reus] e o Raúl marcaram a minha vida. Oxalá possa vir e jogarmos juntos. Entendíamo-nos na perfeição", assegura sobre Marin, que no Sporting escolheu o número 27… de Alex Rodriguez.
O Reus tem sofrido com as investidas dos emblemas portugueses, mas Alex garante que estão “vivos”. “É verdade que nos últimos anos o Reus teve de se reinventar, mas esta temporada ganhámos um título e estamos na luta pelos restantes", frisa.
O Reus conquistou a Supercopa em Setembro, batendo na final o Barcelona por 3-2, depois de ter ultrapassado o Liceo nas meias (4-2). Na Taça do Rei, o Reus volta a defrontar o Liceo a eliminar, agora nos quartos-de-final, no dia 19 de Março, cruzando depois, em caso de vitória, nas “meias” com Igualada ou Calafell.
Na OK Liga, o quarto lugar garante-lhe já um lugar nos quartos-de-final do play-off e, com duas jornadas por disputar, a equipa de Jordi Garcia aspira ainda ao terceiro posto, que é do Noia, com mais dois pontos.
Na Liga Europeia, o Reus também já tem garantido um lugar na fase a eliminar, faltando saber se terá pela frente Liceo ou Oliveirense. Em jogo, na última jornada com o Lodi, está o primeiro lugar. "Estamos com vontade de jogar o último jogo e ver se podemos acabar como primeiros do grupo”, anseia, sem temer seja quem for nos “quartos”. “A duas mãos, podemos competir contra quem seja, ainda mais com um jogo perante os nossos adeptos. Ali somos muito fortes", adverte.
De resto, a conquista da Liga Europeia em 2017, em Lleida, é para Alex Rodriguez um dos momentos altos da sua vida. “Sobre os patins, foi sem dúvida quando ganhei a Liga Europeia. Ou a Supercopa deste ano, da maneira que foi”, ressalva. “Vou recordá-la sempre. Ganhar um título ao Barcelona e com ‘remontada’ não acontece muitas vezes", destaca sobre um jogo em que o Reus perdia por 1-2 a sete minutos do fim e, com golos de Alex e de Romà Bancells, virou o resultado.
Esta temporada, Alex Rodriguez soma 32 golos na OK Liga, e é o terceiro melhor marcador, atrás do blaugrana Pablo Alvarez (36) e do liceísta Marc Grau (Liceo, 34). Poderá valer uma chamada à principal selecção espanhola? "Oxalá um dia possa lá estar. Para mim seria uma honra dividir balneário com tantos craques. Para entrar nas escolhas de Ricard Ares tens de fazer uma grande temporada e ser tu mesmo, e é o que estou a fazer", explica.
Internacional jovem pela “La Roja”, Alex jogou também a Taça Latina em 2014 (em Viana do Castelo) e, por lesão de Jepi Selva, seria chamado em 2015 à Taça das Nações, em Montreux. Tudo antes de se mudar para o Reus em 2016, enquanto representava o Voltregà onde nasceu e cresceu para o Hóquei em Patins, impulsionado pelos seus irmãos.
"Os meus irmãos Dani e Carlos puseram-me uns patins antes de me aguentar em pé e levavam-me para aprender. Eles foram os meus primeiros treinadores. É algo muito bonito que sempre direi com orgulho”, refere.
Alex segue as pisadas dos irmãos mais velhos, também jogadores de Hóquei. Carlos Rodriguez jogou em França e Dani é um histórico do Voltregà. Sairia por motivos laborais, mas acabaria por conduzir o modesto Taradell à OK Liga e, aos 36 anos, é o melhor marcador da equipa. "Para mim é um orgulho, os meus irmãos sempre foram os exemplos que quis seguir”, aponta.
Esta época, para a OK Liga, Alex e Dani já se defrontaram duas vezes. Na primeira volta, o Reus venceu por 4-1 um Taradell que se tinha estreado há pouco tempo neste mais alto nível. Na segunda volta, deu empate a dois, e Alex e Dani marcaram um golo cada.
“É bonito ter diante de ti o teu irmão. Em casa [esses embates] vivem-se com alegria e ilusão. Depois regressa tudo à normalidade, estamos muito unidos", vinca.
Sábado, 7 de Março de 2020, 14h13