Gilberto Borges antevê dérbi
A 24ª jornada do Nacional da I Divisão tem no jogo entre Benfica e Sporting o principal ponto de interesse. Ao eterno dérbi da capital portuguesa falta um Sporting com a força de outros tempos mas… “dérbi é dérbi”, como ficou bem patente no jogo da primeira volta e como começou por referir ao HóqueiPT, o responsável pelo hóquei em patins leonino, Gilberto Borges. “Continua a ser como eu dizia na primeira volta, o David e o Golias. É uma luta desigual com objectivos diferentes”, refere. “O Benfica está preocupado com o título e o Sporting preocupado em manter-se na I Divisão”, analisa friamente.
O Benfica está em terceiro, com os mesmos pontos do Valongo e a três do líder Porto. Na última jornada venceu em Torres Vedras por 4-9 sem Carlos Lopez mas com oportunidade para os juniores Alexandre Marques (“Xanoca”) e João Rodrigo Campelo se mostrarem ao treinador Pedro Nunes.
O Sporting encontra-se no 10º lugar, dois pontos acima dos lugares de play-out e na série terrível que marca o calendário de qualquer equipa. Depois da derrota com a Oliveirense (4-6), segue-se este jogo com o Benfica e depois Porto e Valongo. São os quatro primeiros do campeonato, impedidos de perder pontos para não comprometerem a corrida ao título. “Temos a convicção de que não são estes jogos que nos vão dar a ‘salvação’”, confidencia o líder dos leões.
Nos verde-e-brancos, Nuno Lopes é o segundo treinador da época. Depois da saída de Hugo Gaidão, o ex-treinador do Sporting de Tomar conduziu os leões a três vitórias, dois empates e duas derrotas.
Na primeira volta, em Dezembro, o Sporting logrou no Municipal de Alenquer um empate a cinco. “Foi se calhar a humildade contra a arrogância”, afirma em alusão à forma como os encarnados abordaram a partida. Os leões estiveram mesmo a vencer por 4-2 com 11 minutos para jogar mas não conseguiram segurar a vantagem, muito por culpa de João Rodrigues, autor de três golos em quatro minutos. “Fomos felizes mas podíamos ter sido muito mais felizes”, recorda, com alguma mágoa da arbitragem. “A 24 segundos do fim inventaram uma falta mas o Carlos Coelho foi feliz, defendeu a dois tempos. E a oito segundos do fim, uma placagem do Valter Neves ao Carlos Trindade não foi nada e era a 10ª falta, podia ser livre directo. Como o Ricardo Figueira até estava com o ‘stick quente’ se calhar tínhamos ganho 6-5”, lamenta.
“Sabemos que o ambiente na Luz é sempre muito mais complicado. Pode dar para a goleada ou pode dar como no ano passado para equilíbrio até 10 minutos do fim”, conta. Na temporada passada o Benfica venceu com um confortável resultado final de 10-4. Mas os números são enganadores quanto a facilidades. Ao intervalo registava-se uma igualdade a três e só a meio da segunda parte os encarnados dispararam no marcador. A partida – a última das águias em casa em 2012/13 – ficou marcada pela saudação no início do jogo dos leões aos recém-coroados campeões europeus e pelas despedidas emotivas de Luís Viana e Ricardo Silva.
“Vamos tentar jogar de igual para igual, com as armas que temos. E são muitas, os jogadores são quase todos internacionais”, alerta. “Treinamos à noite, às 22h. A essa hora onde estão os do Benfica? São realidades diferentes… Se conseguíssemos pontuar era ‘ouro sobre verde’”, almeja.
A partida deste sábado tem início marcado para as 19h, com transmissão directa na BenficaTV e n’A Bola TV.
Sábado, 5 de Abril de 2014, 0h28