«Atitude pouco democrática» compromete candidatura
O Record publica, na sua edição desta terça-feira, críticas de Paulo Rodrigues ao processo eleitoral em curso para aquele organismo. O ex-vice-presidente para o Hóquei em Patins da Federação de Patinagem de Portugal perfilava-se para liderar uma lista alternativa à direcção, algo inédito em pelo menos duas décadas de eleições para o órgão.
Como o HóqueiPT previa a 19 de Julho, apenas uma lista - de continuidade - será apresentada a eleições para a direcção da FPP.
A Federação de Patinagem de Portugal anunciou a Assembleia Electiva - que terá lugar a 5 de Setembro - apenas no dia 20 de Julho e as listas teriam de ser apresentadas até ao dia 5 de Agosto. Em pouco mais de 15 dias.
"O que nos pareceu é que a abertura deste período de candidatura parece ser uma forma de não querer que apareçam outras pessoas. (...) Pode-se conotar como uma atitude pouco democrática”, refere Paulo Rodrigues ao Record.
De resto, apenas três semanas antes do anúncio federativo, houve Assembleia-Geral, mas a data para as eleições - e a própria realização das mesmas, que em virtude do regime de excepção poderiam ser em 2021 - ficou no "segredo dos deuses".
Vice-presidente federativo para o Hóquei em Patins até Dezembro de 2018, Paulo Rodrigues revela que uma possível candidatura liderada por si esteve em equação, mas o prazo "apertado" acabou por ser comprometedor. "Não conseguimos reunir o grupo de pessoas que queríamos para esta candidatura", confessa.
Sem esconder a divergência com Luís Sénica, actual presidente da direcção, com quem sublinha ter havido "um desentendimento na forma de se estar”, Paulo Rodrigues aponta "um mal-estar entre a Federação e as associações de patinagem” e vinca que “uma Federação não pode viver dos seguidores de Facebook e Instagram”, evitando comentar objectivamente o aumento do passivo em 2019.
Terça-feira, 11 de Agosto de 2020, 9h13