ADN Blaugrana
#ABOUT Como já tínhamos anunciado, o HóqueiPT teve a oportunidade de passar 10 dias com a equipa principal de Hóquei em Patins do Barcelona. Esta é a primeira peça de uma extensa reportagem que realizámos no Palau, com muitas entrevistas e curiosidades. Foi a oportunidade de conhecer o Barcelona "sem filtro", concedida pela primeira vez a uma jornalista que não dos órgãos oficiais do clube.
Só por si, 20 Ligas Europeias conquistadas em 49 edições da prova chegariam como cartão-de-visita da secção de hóquei em patins mais poderosa do Mundo e referência da modalidade. Mas às duas dezenas de títulos máximos europeus ainda se juntam 25 OK Ligas, 19 Taças do Rei e nove Supertaças de Espanha ou uma Taça CERS, 16 Continentais e cinco Intercontinentais.
Em 1999 o CERH oficializou a Taça Ibérica, que seria disputada entre os campeões de Portugal e Espanha. A competição teria três edições, todas ganhas pelo Barcelona.
Fundada em 1942, a secção de hóquei em patins do FC Barcelona só em 1948 se estabeleceu em definitivo e só na década de 70 ganhou um ímpeto vencedor.
O Hóquei em Patins é uma das quatro modalidades de pavilhão do emblema blaugrana assumidamente profissional. Será quiçá a mais injustiçada pelos meios de comunicação mas conta factualmente com mais títulos europeus do que Andebol, Basquetebol e Futsal… juntos.
#IMAGE3953 Apenas alguns dos títulos do Barcelona
Actual detentor da Liga Europeia – conquistada num “Palau” ingrato nas suas assistências para com tão rico historial - e da OK Liga, o Barcelona não mexeu numa equipa vencedora. E a orquestra dirigida por Ricard Muñoz, ao fim da primeira volta, lidera o Campeonato com apenas um empate (na Corunha) e na Liga Europeia já está apurada para os quartos-de-final. E com tudo isto, o que quer ganhar um capitão que já ganhou tudo, várias vezes? “ O próximo jogo, o próximo título! É nisto que pensamos e que mantém o espírito competitivo da nossa equipa”, refere Aitor Egurrola.
#IMAGE3955 O treinador Ricard Muñoz
O Barcelona é o sonho de muitos jogadores, o expoente máximo de uma modalidade em que não há muitas equipas de topo e, como tal, há pouco espaço para os talentos que teimam em emergir contrariando os arautos de uma crise que é de mentalidades. Mas o que têm de ter um jogador, além da inegável qualidade técnica, para interessar ao treinador do FCB? “Espírito de sacrifício, uma vida estável, e o mais importante, muita vontade de vir jogar para aqui”, explica Ricard Muñoz.
Não é fácil entrar num grupo onde já estão os melhores do Mundo. E também não é fácil ser um jogador “Barça”…
Sábado, 10 de Janeiro de 2015, 10h20