«A minha candidatura não é a voz do descontentamento, é a voz da mudança»

«A minha candidatura não é a voz do descontentamento, é a voz da mudança»

Jorge Ventura é o candidato da Lista B à presidência do Conselho de Arbitragem. A lista alternativa à assumida continuidade da Lista A, concorre "apenas" para os Conselhos de Arbitragem, Disciplina, Fiscal e de Justiça.

A apresentação de uma lista "total", compreendendo também a candidatura à Direcção, acabaria por ser condicionada pelo prazo possível depois de sucessivos adiamentos sobre o anúncio da realização de eleições este ano. E, como tal, um eventual triunfo eleitoral levará à necessária convivência com uma Direcção "oposta", em que, mais do que nunca, deverá vigar a autonomia de um órgão que de autónomo tem tido pouco. Como, quando confrontado com as sucessivas queixas dos clubes na primeira metade da última temporada, o agora presidente cessante Ludovino Ferreira remeteu para Luís Sénica, presidente da Direcção da FPP, quaisquer comentários... sobre arbitragem.

Mas essa missão de mudança não é algo que assuste Jorge Ventura.

O Padre Miguel, figura histórica da Juventude Salesiana, cativou-o para a Patinagem. Nunca chegaria a ser atleta federado, mas em 1989 iniciava a sua carreira como árbitro. Chegou aos grandes palcos mundiais e europeus, terminando o seu trabalho em 2013. O seu trabalho em pista.

Vincando que não fazia sentido saltar directamente da pista para um lugar no Conselho de Arbitragem nacional, foi delegado técnico e assumiu a liderança do Conselho Regional de Arbitragem da Associação de Patinagem de Lisboa, realizando um trabalho de que se orgulha.

Agora integra uma Lista B, com forte cunho das Associações de Patinagem de Lisboa e de Coimbra, que se apresenta pelo "cansaço" de não se apresentarem alternativas. Ao HóqueiPT, Jorge Ventura expôs as suas ideias sobre os sorteios dos árbitros, as duplas fixas, os critérios de pontuação dos árbitros e as "delegacias", não deixando de vincar que os delegados que avaliam o trabalho dos juízes também devem ser avaliados e que não podem, de maneira nenhuma, ser simultaneamente dirigentes.

Ventura assume-se contra a divulgação de relatórios (já acessíveis aos clubes em caso de reclamação) ou da pontuação por partida (sendo o total divulgado no fim de cada época), dado que tal apenas geraria ruído, quando o que se pretende é tranquilidade numa classe em que não pode haver sectarismo norte, sul e centro e em que "temos um nível A muito bom, mas um nível B que é muito mau", observa.

Defendendo uma reciclagem diferenciada e direccionada nível A, B e delegados técnicos, Jorge Ventura lembra o estatuto de "árbitro-jogador" implementado a AP Lisboa para conquistar mais árbitros para a modalidade.

As eleições para os órgão sociais da Federação de Patinagem de Portugal têm lugar a 5 de Setembro, no Luso.

AMGRoller Compozito

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