Empate em Paço de Arcos numa primeira jornada de equilíbrio
Uma vitória fora de portas, uma vitória em casa e um empate. Houve de tudo um pouco numa primeira jornada da Liguilha de apuramento para a I Divisão marcada pelo equilíbrio.
Marinhense e Os Tigres somaram três pontos em vitórias tangenciais. A equipa da Marinha Grande venceu por 1-2 na Parede, valendo um golo solitário de Nico Carmona na etapa complementar para desequilibrar o empate a um – com golos de Gonçalo Domingues e André erreira - que se registava ao intervalo.
Em Almeirim, houve mais golos. E um guarda-redes a “reclamar” o protagonismo.
O Famalicense adiantou-se no marcador e chegou mesmo a estar a vencer por 1-3 (Hernâni Domingos; Pedro Silva, “Juanjo” e Pedro Mendes), mas Os Tigres reduziram antes do intervalo com o segundo de Hernâni Domingos.
Na etapa complementar, o reforço Igor Alves catapultou a sua equipa para a reviravolta. Depois de já ter defendido um livre directo na primeira parte, voltaria a ganhar o duelo em novo livre directo e numa grande penalidade, evitando que a equipa orientada por Vítor Silva disparasse no marcador. Na frente, os jovens Miguel Feio e David Diogo castigavam a ineficácia famalicense e viravam o resultado a cinco minutos e meio do apito final.
O Famalicense ainda restabeleceu a igualdade como o segundo golo do reforço Pedro Mendes no jogo, mas, Os Tigres responderam de imediato com o 5-4, por Diogo Alves, que seria final apesar de mais dois livres directos para os famalicenses. Igor Alves impediu os golos de Pedro Mendes e Rui Silva, depois de já ter eito a desfeita a Renato Castanheira e Hugo Costa…
Em Paço de Arcos defrontaram-se as duas equipas desta Liguilha que somam mais presenças na I Divisão na última década. E deu empate.
foi uma partida de cautelas, mas muito intensa, prenúncio do que poderá ser esta prova que determina o resto da temporada das equipas. Apesar da intensidade, a alta de ousadia ofensiva – com as equipas a procurarem não perder o equilíbrio defensivo – culminou numa primeira parte sem golos. Os guarda-redes Diogo Rodrigues (“Matraco”) e francisco Veludo chegaram para as (poucas) encomendas que lhes foram chegando.
Apesar de a primeira parte ter sido agradável de seguir, a segunda teve o “sal” dos golos a condimentar ainda mais emoção.
Adiantou-se o Tomar, aos oito minutos e meio, numa excelente iniciativa do voluntarioso capitão Ivo Silva, celebrando efusivamente para uma bancada… vazia, sinal dos tempos que se vivem. Tal como a necessidade de Ricardo Barreiros fazer duas vezes de apanha bolas, quando esta galgava a tabela e não havia ninguém para a ir buscar.
Mas Ricardo Barreiros fez mais do que ir apanhar bolas. Muito mais. O internacional português de 38 anos tem aquela categoria “extra” das grandes figuras desta modalidade. Se lhe falta o pique de velocidade, sobra-lhe a inteligência posicional, a leitura de jogo e a qualidade no passe, e assumiu claramente o jogo do Paço de Arcos.
O tento inaugural surgira numa altura em que o Tomar estava por cima e, na frente do marcador, o jogo parecia inclinar-se para a equipa de Nuno Lopes. Mas, três minutos depois do golo de Ivo, Ricardo Barreiros recolheu na sua meia pista, arrancou e fez o empate num remate rasteiro na zona frontal.
Os golos, o passar dos minutos e o intenso calor que se fazia sentir no “Casablanca” tornavam o jogo menos regrado, mais precipitado, com os jogadores mais agressivos na busca da bola. O Paço de Arcos de Miguel Dantas, parecendo assumir a responsabilidade de vencer em casa, ganhava ascendente e, a pouco mais de 10 minutos do final, Filipe Fernandes, com facilidades da defensiva nabantina, virava o marcador.
O Tomar já somava nove altas, contra oito dos anfitriões, que tinham virado não só o marcador como a corrente do jogo. No entanto, dois minutos após a reviravolta, o mesmo Filipe Fernandes veria o azul e o Tomar capitalizou a oportunidade. Ruben Sousa não conseguiu bater Matraco de livre directo, mas, com vantagem numérica, Alexandre Marques (“Xanoca”) restabelecia a igualdade.
Ambas as equipas foram em busca do golo, mas sempre procurando não desguarnecer a retaguarda. Afinal, numa prova em que todos os pontos contam, um é melhor que zero… O Paço de Arcos ainda dispôs de um livre directo, que João Sardo não conseguiu transformar em golo, e o jogo terminaria mesmo com divisão de pontos.
Na próxima jornada, já esta quarta-feira, destaque para o duelo entre Famalicense e Parede. Sem pontos somados nesta primeira jornada, novo revés pode ser fatal às aspirações das duas equipas a um dos três primeiros lugares, que valem a entrada na I Divisão.
I Divisão 2020/21 – Prova de Apuramento
1ª Jornada
• Paço de Arcos 2-2 Tomar
• Parede 1-2 Marinhense
• Os Tigres 5-4 Famalicense
Classificação
1º Marinhense (3 pontos), 2º Os Tigres (3), 3ºs Paço de Arcos e Tomar (1), 5º Famalicense (0), 6º Parede (0)
2ª Jornada
• Marinhense vs. Paço de Arcos • 9.Set • 20h30
• Famalicense vs. Parede • 9.Set • 20h30
• Tomar vs. Os Tigres • 9.Set • 21h
Domingo, 6 de Setembro de 2020, 16h13