Águias e leões na final mais desejada

Águias e leões na final mais desejada

Benfica e Sporting vão discutir o triunfo na primeira edição da Taça 1947, num dérbi que é o mais apetecível em termos mediáticos. #Taça1947

A primeira final da Taça 1947 não poderia ter melhor cartaz, com os eternos rivais da Segunda Circular a discutirem o troféu.

O Benfica afastou a Oliveirense nas grandes penalidades.

Edu Lamas abriu o marcador com apenas dois minutos cumpridos de um jogo emotivo e com todos os condimentos. Incluindo polémica.

A equipa de Oliveira de Azeméis lograria a igualdade a dois minutos do intervalo, por Marc Torra, mas Valter Neves voltaria a colocar as águias na frente. Sobre a buzina para o intervalo, a Oliveirense reclamaria golo, mas Ricardo Leão não assentiu, despoletando os protestos da equipa orientada por Paulo Pereira.

Na etapa complementar, a Oliveirense foi em busca da igualdade, mas seria o Benfica – e Valter Neves – a voltar a marcar. Lucas Ordoñez não marcou de livre directo após azul a Henrique Magalhães e as águias também não aproveitaram a vantagem numérica. Chegariam ao 3-1 aos 11 minutos, de forma inglória para o esforço defensivo da Oliveirense, instantes depois de ser reposto o quinto elemento do adversário.

A perder por dois, a Oliveirense não baixou os braços. Num remate enrolado a 10 minutos do final, o capitão Jordi Bargalló relançou a discussão do resultado e, de livre directo, a minuto e meio do fim dos 50 minutos regulamentares, Lucas Martinez fez o 3-3 que levaria o jogo para prolongamento.

Com a Oliveirense a gerir bem a nona falta – que caíra a seis minutos do fim – o prolongamento não teve golos e a decisão foi por grandes penalidades, vingando a eficácia quase perfeita do Benfica. Aragonés falhou, mas depois Valter Neves, Diogo Rafael, Edu Lamas e Carlos Nicolía marcaram. Pela Oliveirense, “apenas” Marc Torra e Pedro Moreira lograram bater Pedro Henriques.

Mesmo intermitente, Sporting está na decisão

Apesar das vitórias conseguidas, Paulo Freitas tem alertado sucessivamente para algum “desleixo” dos seus jogadores nas últimas partidas, com momentos de desnorte que poderiam ter custado caro. Frente ao Tomar, o descontentamento do técnico leonino voltou a estar bem patente no final da partida, mas o seu Sporting volta a estar numa decisão, agora nesta inédita Taça 1947.

Numa primeira metade de jogo de muitas cautelas de parte a parte, o Tomar soube anular Gonzalo Romero e criou mesmo mais perigo e valeu Girão a segurar o nulo que se verificava ao intervalo.

No regresso para a etapa complementar, o golo de Toni Perez aos dois minutos pesou nos nabantinos, que sofreriam o segundo aos cinco, numa grande penalidade transformada por Alessandro Verona, poucos instantes depois de Francisco Veludo o ter negado, em oportunidade idêntica, a Perez.

Com dois golos de vantagem, o Sporting descansou. Entrou num certo marasmo que Paulo Freitas vem apontando e o Tomar acreditou. Aos nove minutos, Ivo Silva surgiu na cara de Girão a reduzir e , um minuto depois, o capitão tomarense, num lance vistoso, assistiu Alexandre Marques (“Xanoca”) entre as pernas e de costas para o 2-2.

O Tomar crescia animicamente, fazendo esquecer o peso e esforço face à ausência de Ruben Sousa, que limita a rotação de Nuno Lopes.

A igualdade não durou, com Ferran Font a bater Veludo de livre directo. Pouco depois, o guardião internacional angolano via o azul e, apesar de António Marante negar a grande penalidade e Verona, o Sporting chegaria ao 4-2 pouco depois de reposta a igualdade numérica em pista.

Ainda assim, confiantes numa 10ª falta, o Tomar mantinha a sua crença. Mas faltavam pernas. A 10ª falta do Sporting chegaria apenas a três minutos do fim e já com 5-2 no marcador, depois de Verona bisar. Lucas Honório não conseguiu transformar a oportunidade em golo e o melhor que o Tomar conseguiria seria reduzir no último minuto, num desvio de Filipe Almeida a remate de muito longe de Xanoca.

A final está agendada para este domingo, a partir das 15h, com arbitragem de Joaquim Pinto e Luís Peixoto.

Quartos-de-final

• #1 • Benfica 3-2 Óquei de Barcelos

• #2 • Sanjoanense 3-5 Sporting (3-3, 0-2 prol.)

• #3 • Oliveirense 3-5 Valongo

• #4 • Juventude de Viana 1-3 Tomar

Meias-finais

• #5 • Benfica 7-5 Oliveirense (3-3, 4-2 gp)

• #6 • Sporting 5-3 Tomar

Final

• Benfica vs. Sporting • 13.Dez • 15h

AMGRoller Compozito

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