Vitória difícil segura vantagem na classificação
O Benfica venceu o Barcelos por 6-4 em jogo a contar para a 17ª jornada do Nacional da I Divisão.
Em 16 jornadas realizadas, o Benfica só por uma vez perdera pontos. Foi na deslocação a Barcelos, com um empate a cinco bolas arrancado sobre o final, o que elevava as expectativas para esta partida.
O Barcelos veio à Luz assumidamente para pontuar e o Benfica tardou a entrar na partida. Uma das revelações do campeonato, João Guimarães abriu o marcador num remate colocado de meia-distância e João Paulo Candeias elevou para 0-2 na conversão exímia de um livre directo. E o Óquei ainda teve oportunidade de se distanciar mais, surgindo em superioridade numérica. Valeu Trabal aos encarnados.
O Benfica criava poucas reais ocasiões de golo e acabaria por ser de grande penalidade que reduziria, com Carlos Nicolía a bater Ricardo Silva no primeiro dos seus quatro golos. Pouco depois, o internacional argentino – destacado por Pedro Nunes no final – serviu Diogo Rafael para o empate com que se chegaria ao intervalo.
Na etapa complementar, o Benfica continuou distante das últimas exibições e a jovem equipa do Barcelos teve oportunidade de se voltar a adiantar no marcador mas João Paulo Candeias não conseguiu voltar a “enganar” Trabal. Seria mais eficaz João Rodrigues – ainda que numa noite desinspirada na finalização – da marca de grande penalidade, colocando pela primeira vez os encarnados na frente do marcador. Faltavam jogar pouco mais de 13 minutos e o Barcelos não baixou os braços. O promissor Miguel Vieira respondeu de pronto com o golo do empate a três e a sete minutos e meio do derradeiro apito, Luís Querido fuzilou Trabal de livre directo para o 3-4, nova cambalhota no marcador. As águias poderiam ter respondido de imediato, novamente de grande penalidade, mas João Rodrigues permitiu desta feita a defesa a Ricardo Silva.
O fantasma dos únicos pontos perdidos na 1ª volta pairava na Luz mas Nicolía assumiu as rédeas do jogo. No momento decisivo da partida, Ricardo Silva atingiu o atacante argentino na face e viu azul. Na respectiva grande penalidade, Nicolía bateu Ginho para novo empate (4-4) e pouco depois disparou forte para o 5-4 a favor dos encarnados. O argentino chamava a si todo o jogo ofensivo dos encarnados e não deixaria terminar o jogo sem apontar o quarto da sua conta pessoal, num livre directo finalizado com uma picadinha, um gesto técnico que já é uma assinatura sua.
Declarações finais
No final da partida, Pedro Nunes enalteceu a postura do adversário e reconheceu que o Benfica ganhou com alguma sorte, factor que segundo o técnico encarnado acabou por ser decisivo na partida.
Paulo Freitas estava contente com a exibição da sua equipa – e com a do Benfica – mas não com a da equipa de arbitragem que, de acordo com o treinador barcelense, nos últimos sete minutos terá tido algumas decisões, em momentos cruciais, a prejudicar o Óquei.
Houve outro Clássico na jornada
No Dragão Caixa jogou-se outro grande clássico da modalidade, entre Porto e Sporting. Os dragões venceram por 5-2 e mantêm-se a três pontos do Benfica na luta cada vez mais bipolarizada pelo título. Ricardo Barreiros apontou os dois golos que faziam o resultado ao intervalo, Ricardo Figueira reduziu, Hélder Nunes e Jorge Silva (este também a bisar) decidiram a questão do vencedor, que novo golo de Ricardo Figueira - já bem perto do final - não poria em causa.
Domingo, 1 de Fevereiro de 2015, 3h39