Erro técnico passa em claro
A sete segundos do fim, um penalti colocou em risco a manutenção do Turquel. Bem ou mal assinalado, o erro de facto - inédito esta época? - acabaria por ser a não saída de um jogador após azul a André Moreira nos protestos. #Arbitragem #PrimeiraDivisão
Com um triunfo por 1-2 em Valongo, o Turquel assegurou a manutenção na I Divisão e vai iniciar a sua 10ª temporada consecutiva na I Divisão depois de consumada a subida em 2012.
Virando uma desvantagem inicial, a equipa da Aldeia do Hóquei segurou estoicamente a sua vantagem durante 43 minutos e 20 segundos para garantir os salvadores três pontos.
A sete segundos do final, o triunfo perigou, com uma grande penalidade assinalada pelo árbitro Carlos Correia por falta de Tiago Rafael sobre Carlos Ramos. O outro árbitro, Pedro Figueiredo, mostraria o cartão azul a André Moreira, por protestos no banco.
Guilherme Silva acertou em cheio no poste esquerdo. Os quatro jogadores de pista do Turquel - Tiago Rafael, Vasco Luís, André Pimenta e Tiago Mateus - recuperaram rapidamente em auxilio do seu guarda-redes, mas não evitariam um derradeiro remate de Guilherme... que Diogo Almeida segurou, "segurando" também o triunfo e a manutenção.
Muitas emoções juntas. E um erro técnico da dupla de arbitragem.
Num pavilhão sem público, os nervos toldaram todos.
Pelo azul mostrado a André Moreira, o Turquel devia ter jogado os últimos instantes do jogo com menos um jogador, e a não saída de alguém constituiu um erro técnico dos minhotos Pedro Figueiredo e Carlos Correia. O erro poderia ter levado à repetição da grande penalidade (com o Turquel "reduzido") ou à apresentação de um protesto. Mas este protesto teria de ser, conforme o regulamento, "notificado –pelo Capitão da equipa que o apresenta – dentro da pista aos Árbitros Principais do jogo, aproveitando qualquer interrupção do jogo, ou imediatamente depois de ser assinalado o final do encontro".
Não tendo sido apresentado protesto em tempo útil, o erro - cuja influência no resultado é muito discutível - passa em claro e juntar-se-á a inúmeros hipotéticos erros de julgamento que levaram a críticas, de viva voz ou em comunicados, ao longo da fase regular. De erros técnicos, não há registo.
No play-off, todos os jogos serão decisivos, e o escrutínio do erro arbitral pelas equipas ainda maior. Umas vezes com razão, outras nem por isso...
Quarta-feira, 21 de Abril de 2021, 9h44