Ligas de verdadeiros Campeões

Ligas de verdadeiros Campeões

Enquanto uns apontam à quimera de uma Superliga, outros lutam pelo futuro e, aos poucos, a actividade vai sendo retomada. Em Lisboa, joga-se o Torneio Pós-CoViD com o regresso aos jogos dos jovens, verdadeiros campeões na sua resiliência. #CoViD19 #Jovens

A pandemia mudou o Mundo. E, em muitos sectores, parou-o, como no desporto.

As medidas restritivas afastaram, em Março de 2020, todos dos pavilhões. Engenharam-se soluções por videoconferência, zooms e afins. Os mais velhos puderam voltar aos treinos, mas não os mais novos... Pouco a pouco houve abertura e, em Setembro, com o regresso às aulas, foi possível voltar às pistas, mas com muitos condicionamentos no próprio treino.

E nova vaga mandaria todos novamente para casa.

Foi colocada em causa a continuidade dos atletas, principalmente dos mais jovens, e dispararam alarmes de uma queda no número de inscrições. Em Março deste ano chegou-se à data limite imposta pela Federação de Patinagem de Portugal para a viabilização dos campeonatos nacionais jovens (de Sub-13 a Sub-19) e, sem ser possível o regresso à competição e tal como em 2020, não haverá campeões nacionais.

A meio de Abril foram levantadas as restrições e foi possível regressar aos treinos com um teste negativo. Como já se tinha verificado em Setembro, o número baixo de inscrições, não era mais do que isso - poucas inscrições -, e não sinal de abandono.

Os resilientes atletas regressaram.

Alguns com mais quilos. Mas a mesma paixão.

Outros sem a mesma velocidade. Mas redobrada vontade.

Torneio Pós-CoViD em Lisboa

O último fim-de-semana marcou o regresso, como noutras associações, das competições jovens na Associação de Patinagem de Lisboa, com a promoção de um Torneio Pós-CoViD, de Benjamins a Sub-19.

Para uma competição em que o desfecho está (ainda mais) longe de ser o mais importante, 15 clubes aceitaram o desafio, inscrevendo um total de 75 equipas nos escalões de Benjamins (Sub-9), Escolares (Sub-11), Sub-13, Sub-15, Sub-17 e Sub-19.

Destaque claro para as escolas da Linha de Cascais, com o Parede a inscrever 10 equipas e os "vizinhos" Oeiras e Paço de Arcos a irem a jogo com nove cada. E juntam-se a estas ainda mais seis da Juventude Salesiana. Noutro extremo, CACO (Sub-19) e Odivelas (Sub-17) não deixaram de marcar presença, ainda que inscrevendo apenas uma equipa.

Nos escalões mais "baixos", ditos de base, apenas sete clubes inscreveram equipas em Benjamins (10 equipas) e apenas seis emblemas vão a jogo em Escolares, com um total de 11 equipas. De notar que o Parede, a agora escola de Jaime Santos, inscreve três equipas em cada um destes escalões, ao passo que Sporting (que não tem equipas) e Benfica (que optou por não as inscrever) são ausências notadas.

Pedro Ramos (Paço de Arcos), João Pedro (Juventude Salesiana) e António Gonçalves (Parede), à frente de equipas de Escolares (com menos de 11 anos até ao passado dia 31 de Dezembro) valorizam o regresso dos jogos e realçam a "sobrevivência" dos jovens atletas.

Por exemplo, na Juventude Salesiana e no Parede, o temido impacto da pandemia - com consequências tantas vezes extremadas - não se fez notar no número e vontade dos atletas, havendo apenas a assinalar uma baixa (de um atleta para o ténis) em duas escolas que respiram vitalidade.

O palco volta, enfim, a ser do Zé Pedro, do Gustavo, do Elgar, do Nuno, do Fonseca, do Alex, do Miguel, do Valente e do Sássa.

E de milhares como eles.

Apaixonados. Resilientes.

Campeões.

AMGRoller Compozito

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