«Não competimos em igualdade de condições»
A Taça do Rei é uma prova muito exigente a todos os níveis, em que o acesso é determinado por mérito classificativo no final da primeira volta da OK Liga. No entanto, o mais beneficiado em termos de descanso até acaba por ser o… segundo.
"A nível organizativo estamos a anos-luz de outros desportos, como o basquetebol", refere ao HóqueiPT Ricard Muñoz, treinador do Barcelona.
Esta é o quarto ano consecutivo em que o Barcelona disputa os quartos-de-final à sexta-feira.
"Pretendemos uma competição de alto nível mas pensamos primeiro nos direitos televisivos em vez de pensarmos nos desportivos", critica, detalhando. "Que o primeiro classificado não tenha nenhum privilégio em relação aos horários, não é justo. Jogamos sexta, sábado e domingo. Em 40 horas são três jogos no caso de chegarmos à final. Por outro lado, os segundo e terceiro classificados, têm jogos às seis e às nove de quinta e 48 horas de descanso até à meia-final", expõe, ironizando com a "infelicidade" que é estar em primeiro na decisão dos apurados para a Taça do Rei. "Somos mais do que prejudicados. Não temos nenhuma vantagem em ficar em primeiro. Mais, temos desvantagem em relação ao segundo e ao terceiro. Talvez no ano que vem pensemos se não será melhor ficar em segundo", desabafa. "Não competimos em igualdade de condições", vinca taxativo.
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Caso este fim-de-semana do melhor hóquei termine com uma vitória de Reus ou Voltregà, o vencedor não terá tido mais do que 44 horas entre o inicio dos quartos-de-final e o desfecho da grande final, com uma meia-final pelo meio. São três jogos compreendidos num curto espaço de tempo que farão as delicias dos adeptos, mas são imensamente desgastantes para os participantes. Para além dos quartos-de-final, Barcelona - tal como Alcoy, Reus ou Voltregà - arriscam-se a terminar a meia-final, com inicio agendado para as 21h45, já depois da meia noite, disputando a final às 15h de domingo.
Sexta-feira, 27 de Fevereiro de 2015, 7h25