Sporting campeão nacional
O Sporting venceu no Dragão Arena por 5-6 e conquistou o nono título de campeão nacional do seu historial. Pérez e Font bisaram, com Girão decisivo nos instantes finais. #PrimeiraDivisão
No terceiro jogo, o Sporting quebrou um "enguiço" com 44 anos ao vencer na casa dos azuis-e-brancos. Lição aprendida, os leões voltaram a vencer neste quarto jogo e garantiram o título de campeão nacional.
Foi um jogo tenso, repleto de incidências. E golos.
Aos quatro minutos, Di Benedetto e Platero extravasaram a tensão e, salomonicamente, viram os dois azul. Meio minuto depois, Gonçalo Alves, num remate fortíssimo de meia distância, fez o primeiro do jogo.
A resposta não tardou. Em menos de um minuto, Gonzalo Romero recuperava, saía em contra-ataque e repôs a igualdade depois de tabelar com Toni Pérez.
O Porto voltou a adiantar-se, num tento de Xavi Barroso, mais ou menos da mesma zona do primeiro, mas o Sporting mantinha a tranquilidade. Mesmo quando Ferran Font viu o azul aos 10 minutos.
Regressado à pista, o talento catalão que está nos leões desde 2016 igualava a dois a nove minutos do intervalo. E, quatro minutos volvidos, os leões passavam para a frente. Gonzalo Romero falhou o livre directo depois de novo azul a Di Benedetto, mas o Sporting trabalhou superiormente o "powerplay" e Toni Pérez fazia o 2-3.
Tudo parecia encaminhado para uma vantagem leonina ao intervalo, mas esta esfumou-se nos derradeiros segundos da primeira parte. Ezequiel Mena assistiu Rafa para o 3-3 e, no último lance antes do descanso, Gonçalo Alves transformou o livre directo da 10ª falta verde-e-branca para o 4-3.
O Sporting juntou o título nacional ao título europeu, repetindo o feito de 1977.
O Porto entrava com nove faltas na etapa complementar e a não conseguir segurar a vantagem muito tempo. Aos quatro minutos, numa bela jogada de entendimento, Platero serviu o oportuno Toni Pérez para nova igualdade, agora a quatro. E aos seis, caía a 10ª falta dos dragões. Mas Romero, num lance que valeria - por palavras - mais dois salomónicos azuis (a Pérez e Gonçalo Alves), não conseguiu transformar o livre directo.
Pese um Porto "nervoso" e um Sporting a mostrar confiança e segurança, seriam novamente os dragões a adiantar-se, com Gonçalo Alves a bater Zé Diogo (numa substituição estratégica de Girão) de grande penalidade. Mas não conseguiriam consolidar a vantagem.
A resposta tardou apenas três minutos, com mais um ataque bem gizado, a culminar com Telmo Pinto a encostar depois de passe de Font. E, na recta final, um Sporting com aura de campeão não falharia.
A quatro minutos e meio do fim, foi apitada grande penalidade numa intercepção de Rafa com o patim. Ao longo da época, foi muito questionada a eficácia leonina de bola parada e neste jogo já tinham sido desperdiçados dois livres directos. Mas, quando foi mais preciso, seria ironicamente de bola parada que seria carimbado o título. Ferran Font bateu Malián para o 5-6 que seria final.
No entanto, o jogo não terminaria sem um ponto de exclamação de Ângelo Girão. Com menos de 10 segundos para jogar, Gonçalo Alves - novamente figura maior dos dragões, e a assinar um hat-trick - dispôs de uma grande penalidade, mas não conseguiu desfeitear o já icónico guarda-redes leonino, seu colega de selecção, e sempre fundamental nos triunfos verde-e-brancos.
O nono título
No Dragão Arena, o Sporting consumou o seu nono título de campeão nacional, destacando-se dos oito conquistados pelo Paço de Arcos.
O Sporting venceu o seu primeiro título em 1939, na edição inaugural da prova, mas só voltaria a vencer na década de 70, com um "tetra" entre 1975 e 1978, período que coincidiu com o primeiro título máximo europeu, garantido pela "equipa maravilha".
O sexto título surgiu em 1982, antes do Porto conquistar pela primeira vez o Campeonato Nacional. Depois disso, os dragões conquistaram por 23 vezes o título...
Depois do sétimo titulo em 1988, o Sporting mergulhou numa crise profunda, chegando mesmo a fechar a secção. Regressou e voltou a fechar. Resiliente, regressaria à I Divisão em 2012 para a afirmação actual. O oitavo título, já com Paulo Freitas ao leme, chegou 30 anos depois do anterior, em 2018. Três anos volvidos chega ao nono, com uma equipa que regateia o lugar de destaque na história com o "dream team" de outrora.
Final
• #1 • Porto 3-1 Sporting [1-0]
• #2 • Sporting 6-3 Porto [1-1]
• #3 • Porto 4-6 Sporting [1-2]
• #4 • Porto 5-6 Sporting [1-3]
Domingo, 20 de Junho de 2021, 23h10