Ataque final à promoção com calendário complicado
A II Divisão está na recta final, mas há muito para jogar no derradeiro mês da época desportiva e a pandemia pode complicar ou mesmo comprometer o calendário. Marinhense e Parede lideram as respectivas Zonas. #SegundaDivisão
Já cumpridos os definidos 75% dos jogos necessários para que sejam formalizadas subidas, a corrida aos lugares cimeiros segue a "todo o vapor" a Norte e a Sul.
Sofrendo com inúmeros adiamentos na fase inicial da prova, a II Divisão, sem equiparação a actividade profissional, seria suspensa a meio de Dezembro, regressando apenas em Maio. Com inúmeros jogos por realizar, o regresso - com a ambição (quiçá teimosia...) de se completar a prova - obrigou a um planeamento exigente e com pouca margem para novas paragens.
Agora, a sombra da pandemia volta a abater-se sobre a prova.
Os casos no Sintra e no Oeiras já levaram ao adiamento de jogos e a escalada de casos a nível nacional na população em geral poderá levar a medidas governamentais de retrocesso, que podem mesmo impedir a finalização da prova, que teria de acontecer até 30 de Julho, data do fim desta época desportiva.
E se a prova não chegasse ao fim?
Caso a prova não possa chegar ao fim, já haverá subidas em virtude de terem sido cumpridos os 75% de jogos definidos (20 jornadas).
Neste cenário, subiriam os primeiros de cada zona e o melhor segundo classificados. Neste momento, subiriam os líderes Marinhense (Norte) e Parede (Sul) e ainda a Académica de Espinho (Norte), melhor segunda classificada entre as duas zonas.
Marinhense, Parede e Espinho seriam promovidos se a prova fosse interrompida sem mais jogos.
O que ainda falta jogar
Por jogar na II Divisão estão duas jornadas duplas, a 3 e 4 de Julho e a 10 e 11. Depois, há "pontas soltas", para já, a Sul.
Se a Norte todas as equipas contam 22 jogos disputados, a Sul foi adiado o jogo entre Candelária e Sintra, aguardando-se decisão sobre as partidas dos sintrenses no próximo fim-de-semana (frente a Vilafranquense e Murches) depois de terem também sido adiadas as partidas do Oeiras com Parede e Candelária (importantes na luta pelos primeiros lugares) e Física e Vilafranquense.
Face ao calendário apertado, foi definido que - finda a fase regular - haverá jogos únicos (a realizar a 17 de Julho, no Luso, ao que tudo indica) em vez das regulamentares duas mãos para definir campeão e a terceira equipa promovida. Os primeiros de cada zona, já promovidos à I Divisão, disputarão o título, ao passo que os segundos disputarão um lugar na I Divisão.
Para possibilitar o fim fase regular de 26 jornadas , em cima da mesa federativa estará a hipótese de adiamento dos jogos finais. Caso contrário, na intransigência de datas e de se querer cumprir todos os jogos, por exemplo, o Oeiras, neste momento ainda em período de isolamento, teria de cumprir seis jogos até 16 de Julho...
A luta
Na corrida às três vagas na I Divisão, há - realisticamente - sete equipas.
A Norte, a luta é a três, pese a matemática não excluir o Académico de Cambra, com 42 pontos em 22 jogos. Já com pelo menos o segundo lugar certo, o Marinhense (com 62 pontos) pode selar o triunfo na Zona Norte - e a subida directa - no próximo sábado, se somar mais pontos frente ao Paredes do que o Espinho conseguir na recepção ao Carvalhos. Recorde-se que a equipa de Nuno Domingues desceu em 2019, liderava em 2020 quando as provas foram canceladas e falhou a subida na derradeira jornada da Liguilha. Soma 20 vitórias e dois empates, com 140 golos marcados, o melhor ataque de toda a II Divisão.
A derradeira jornada tem um embate entre Espinho (actual segundo classificado, com 53 pontos) e Marinhense, que se pode realizar já com tudo decidido ou com tudo por decidir... À espreita de um deslize dos espinhenses está o Académico da Feira, com 47 pontos.
A Sul, a luta é a quatro pelos dois primeiros lugares. O Parede, com 52 pontos amealhados em 21 jogos disputados, sofreu a primeira derrota no seu 19º jogo e joga no Pico - onde mora um Candelária com os mesmos 21 jogos e 46 pontos - no próximo domingo depois de ter empatado na recepção ao Paço de Arcos (actual segundo com 50 pontos em 23 jogos), mas os rubro-negros continuam a ser o principal candidato ao primeiro lugar e à subida directa.
O Paço de Arcos tem o segundo lugar à condição, perdendo-o caso o Candelária vença os dois jogos que tem a menos. E o BIR, em quarto com 46 pontos em 22 jogos, pode mesmo "colar" à equipa orientada por Pedro Favinha no último mês, depois da saída de Miguel Dantas.
Num campeonato que já vai (muito) longo, recorde-se que Marinhense na Zona Norte, Parede e Paço de Arcos na Zona Sul vêm de uma Liguilha (em que não conseguiram um lugar na I Divisão) que implicou cinco jogos em Setembro, antes do arranque da II Divisão. A Liguilha arrancou a 5 de Setembro e, ao que tudo aponta, terminará em perto de 11 meses.
Zona Norte
1º Marinhense (62 pontos / 22 jogos)
2º Académica de Espinho (53 / 22)
3º Académico da Feira (47 / 22)
Zona Sul
1º Parede (52 pontos / 21 jogos)
2º Paço de Arcos (50 / 23)
3º Candelária (46 / 21)
4º BIR (46 / 22)
Quinta-feira, 1 de Julho de 2021, 12h49