O mágico '10'

O mágico '10'

No Hóquei em Patins, o "10" é, tradicionalmente número de guarda-redes. Mas, com os guardiões a fugirem ao "padrão", há jogadores de pista a reclamarem para si um número que é dos craques no futebol. #PrimeiraDivisão #SerieA1

O "10" é, por tradição, o número reservado para a estrela da equipa no futebol, mas é número de guarda-redes - alguns também estrelares - no Hóquei em Patins.

Pelé, Eusébio, Maradona e Messi, mesmo que usando pontualmente outros números, ficarão para a história como o "10", jogadores que impressionaram e deslumbraram pela sua capacidade técnica e pelos seus golos. No Hóquei em Patins, a missão do "10" costuma ser mais evitar golos...

No entanto, a tradição já não é o que era. Este ano, na primeira jornada da I Divisão, houve apenas quatro guarda-redes convocados com a camisola "10". E do veterano Marco Lopes da Sanjoanense ao jovem Gonçalo Duarte do Turquel, passando por Gabriel Costa do Braga e Albert Mola do Marinhense, nenhum foi titular, sendo Marco o único a ir a jogo.

Por outro lado, houve dois jogadores de pista a rolarem com o "10" nas costas.

"A verdade é que sempre quis usá-lo e, agora, quando cheguei a Barcelos, ninguém o tinha", conta-nos Danilo Rampulla que foi o "78" no Braga de Gabriel Costa, mantendo o número na "aventura" no Benfica que não correu da melhor maneira. Em Barcelos, "Conti" é o 1 e "Joka" é o 92 e, na desejada ruptura com o passado recente, o sobrinho de Panchito e Mariano Velázquez não hesitou em mudar. "Espero que corra tudo bem com este número e que possa dar muitas alegrias", deseja.

Para já, sendo o número talismã ou não, Rampulla venceu o único troféu já disputado. O argentino de 22 anos brilhou na Elite Cup que o Óquei de Barcelos venceu e foi mesmo eleito para o "Cinco Ideal" da competição.

No Benfica, o número que no futebol já foi de Eusébio ou de Rui Costa é agora - no Hóquei em Patins - de Pol Manrubia. O jovem catalão era o "7" no Noia, mas na Luz terá "perdido" a camisola para o mais cotado Pablo Álvarez, optando pelo "10". Sem ser possível apurar os motivos de Manrubia, o jogador que assinou um tento na ronda inaugural frente à Sanjoanense tentará, na frente, fazer jus ao número que mais recentemente foi do icónico Guillem Trabal entre os postes.

Além-fronteiras, haverá outro "10" a merecer destaque.

Domenico Illuzzi era o "9" no Lodi, já com aura de lenda e ainda mais depois de ter capitaneado os "giallorossi" a uma inédita dobradinha. No entanto, na mediática mudança para o Forte, houve uma figura ainda maior a reclamar para si o número que geralmente cabe aos "homens-golo". "Escolhi este número porque o '9' foi naturalmente 'agarrado' pelo Pedro Gil", graceja Illuzzi.

Obrigado a escolher outro, juntou o útil ao agradável. "Optei pelo 10 porque me agrada e porque é o dia de anos da minha 'miúda'", explica.

AMGRoller Compozito

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