Benfica contra tradição espanhola
Foto Alcorcón: Federação Espanhola de PatinagemA equipa feminina do Benfica disputa no próximo fim-de-semana a fase decisiva da Women's Cup, a Liga Europeia Feminina, prova máxima do calendário europeu de clubes.
Em ano de estreia nas competições europeias, o Benfica ficou isento nos oitavos de final e afastou nos quartos as multi-tituladas do Voltregà, com um jogo perfeito na Luz e um golo de ouro de Marlene Sousa em Sant Hipólit.
A equipa de hóquei feminino surgiu no Benfica em 2012/13, sagrando-se campeã nesse mesmo ano e no seguinte. As actuais bicampeãs nacionais são também detentoras da Taça e da Supertaça.
O sorteio ditou que as encarnadas, treinadas por Paulo Almeida, tenham agora pela frente nas meias-finais outra equipa de Espanha, país cujas equipas têm dominado a prova. E a tarefa do Benfica não podia ser mais complicada. O Manlleu acaba de conquistar pela primeira vez na sua história a Taça da Rainha, segue em segundo na OK Liga a apenas um ponto do líder (Voltregà, que o Manlleu bateu na final da Taça) e vai jogar perante o seu público.
Numa equipa em que merecem destaque as internacionais Nara López e Anna Casarramona ou Yolanda Font - coroada MVP da final da Taça da Rainha - e Lara Castro, a melhor marcadora é Laura Vall, que conta 19 golos na OK Liga Feminina, sendo apenas superada por Maria Diez (do Gijón), com 25. A concretização é mesmo uma das valências do Manlleu, contando com quatro jogadoras nas dez melhores marcadoras de uma Liga onde tem o melhor ataque (com 75 golos em 14 jogos).
A partida do Benfica com o Manlleu tem início marcado para as 20h locais.
A outra meia
Com portuguesas e espanholas numa das meias-finais, a outra vem provar a competitividade mais alargada no sector feminino. As francesas do US Coutras e as alemãs do ERG Iserlohn vão disputar a primeira meia-final, a partir das 17h, procurando ambas uma inédita presença na final.
Dominado pela Espanha
Apesar de haver mais países a lutar por uma vaga na Final Four - ainda que também por força do menor número de participantes por país - a regra tem-se mantido: no final, ganha a Espanha.
De facto, a competição só conheceu três vencedoras, sempre espanholas. Biesca Gijón (por 4 vezes), Voltregà (3) e Alcorcon, detentora do titulo. E nas oito finais anteriores, apenas por duas vezes não houve final exclusivamente espanhola. Foi em 2008, com as portuguesas da Fundação Nortecoope a intrometerem-se, e em 2014, com as francesas do Noisy Le Grand. 2015 será certamente a terceira, dependendo apenas do Benfica que domingo, a partir das 12h locais, haja a primeira final sem qualquer equipa - e, desde logo, sem vencedora - espanhola.
Quarta-feira, 11 de Março de 2015, 9h52