16-avos da Taça com reedição de uma final 'diferente'

Este fim-de-semana, há Taça de Portugal. Ainda sem embates entre primodivisionários, o jogo mais 'curioso' é a reedição da final de 2011, entre Candelária e Oliveirense, a última decisão da prova-rainha disputada sem Porto ou Benfica.

16-avos da Taça com reedição de uma final 'diferente'

Os 16-avos-de-final da Taça de Portugal arrancaram esta sexta-feira com o Oeiras a vencer Os Corujas por 2-5 e, pese a maioria dos jogos se disputar este fim-de-semana, alguns adiamentos levam a que todos os apurados para os "oitavos" ainda demorem a ser conhecidos.

Desde logo, Carvalhos e Criar-T ainda esperam adversário, disputando-se este sábado os atrasados jogos dos 32-avos entre Marítimo e Porto e entre CART e Parede em mais um atropelo regulamentar, desta feita ao ponto 4.3.1 do Artigo 96º onde se lê que "atento o disposto no Artigo 65º [sobre o calendário de provas] deste Regulamento, a data e/ou a hora dos jogos, pode ser alterada, desde que respeitado - quanto à eliminatória seguinte [os 16-avos, calendarizados para 22 de Janeiro] - um espaço temporal de cinco dias, pelo menos". Vicissitudes.

A final de 2011

Ainda sem embates entre primodivisionários, o ponto de maior interesse ou curiosidade, será aquele que coloca frente-a-frente Candelária e Oliveirense. O Candelária é 1º da Zona Sul da II Divisão, ainda que há condição por ter dois jogos a mais que o 2º, Oeiras, a três pontos, e a Oliveirense é 4º da I Divisão, a cinco pontos do líder Porto, mas com menos um jogo.

Mas não é só pela boa época das equipas que o duelo suscita curiosidade.

Candelária e Oliveirense protagonizaram em 2011 a última final da Taça de Portugal sem a presença de Porto ou Benfica, as duas equipas portuguesas mais tituladas na modalidade e na prova, com 17 títulos dos dragões e 14 das águias.

A equipa de Oliveira de Azeméis reclamaria o troféu, com o vitória por 5-2, na única presença do Candelária numa final. O troféu oliveirense foi o segundo a ir para as suas vitrines, repetindo o feito no ano seguinte e vencendo o quarto em 2019, na última edição da "prova rainha" concluída.

Tó Silva foi figura maior da final de 2011, com um hat-trick.
Tó Silva foi figura maior da final de 2011, com um hat-trick.

Nessa edição de 2011, a Oliveirense passou Tomar (2-4), Sporting (4-7), Paço de Arcos (0-2) e Porto (4-5) já nas meias-finais de uma Final Four jogada em Coimbra, erguendo o troféu sem nunca jogar na sua pista. O Candelária passou Póvoa (2-5), Braga (6-2), Benfica (3-3, 4-5 após grandes penalidades) e Valongo (0-2) na antecâmara da final.

Na derradeira e decisiva partida, a 19 de Junho de 2011, o desgaste de um Candelária orientado por Carlos Dantas e com pouca profundidade de banco foi fatal perante uma Oliveirense em que o jogador-treinador Tó Neves se despediu dos patins (aos 45 anos!) antes de rumar ao banco do "seu" Porto.

Tó Neves despediu-se das pistas com a conquista de mais uma Taça de Portugal.
Tó Neves despediu-se das pistas com a conquista de mais uma Taça de Portugal.

A Oliveirense alinhou com Domingos Pinho, Diogo Silva, Nuno Resende, Tó Neves e Tó Silva (assinou um hat-trick), tendo jogado ainda Nélson Pereira, Tiago Losna (bisou), Nuno Araújo, Francisco Silva e o guarda redes Diogo Almeida. Destes, apenas Nuno Araújo, que representaria o Candelária na temporada seguinte, voltará esta noite a vestir a camisola da Oliveirense, mas não será o única dessa final a fazê-lo.

Jorge Silva marcou então um golo pelo Candelária (o outro foi apontado por Sérgio Silva) e está desde 2018 na Oliveirense, sendo peça importante no esquema de Paulo Pereira. Esse Candelária de outros tempos e investimentos, que nunca esteve nem voltaria a estar tão perto de vencer um título nacional, alinharia com João Miguel, Tiago Resende, Sérgio Silva, Jorge Silva e Martin Montivero, entrando apenas Mauro Fernandez.

Jorge Silva, então pelo Candelária, regressa este sábado ao Pico, mas como adversário.
Jorge Silva, então pelo Candelária, regressa este sábado ao Pico, mas como adversário.

Esta temporada, os picarotos são uma das três equipas que - até ao momento - lograram afastar primodivisionários, tendo vencido o Turquel. As outras, que tentam repetir o feito, são Alenquer, que afastou Marinhense e recebe agora o Braga, e o BIR, que venceu a Sanjoanense e tenta dar novo "golpe", agora frente ao Óquei de Barcelos.

Também candidatos a "tomba-gigantes" são o Riba d'Ave, líder da Zona Norte da II Divisão, que recebe o Sporting, e o Académico da Feira, que recebe o Paço de Arcos.

Entre as equipas da III Divisão ainda em prova, o Gulpilhares recebe o Benfica e o Tojal a Juventude de Viana este sábado, ao passo que este domingo, o Pessegueiro do Vouga tem a visita do Valongo e o CENAP do Tomar. Em fim-de-semana de duplo desafio, Valongo e Tomar jogam este sábado o jogo em atraso da 8ª jornada do Campeonato Nacional da I Divisão.

32-AVOS-DE-FINAL

Jogos em atraso

• Marítimo SC vs. Porto • 22.Jan • 12h

• CART vs. Parede • 22.Jan • 18h

16-AVOS-DE-FINAL

Por definir

• Carvalhos vs. Marítimo SC ou Porto

• Criar-T vs. CART ou Parede

II Divisão vs. I Divisão

• Alenquer vs. Braga • 22.Jan • 17h

• BIR vs. Óquei de Barcelos • 22.Jan • 18h

• Académico da Feira vs. Paço de Arcos • 22.Jan • 19h30

• Candelária vs. Oliveirense • 22.Jan • 21h

• Riba d'Ave vs. Sporting • 22.Jan • 21h30

III Divisão vs. I Divisão

• Gulpilhares vs. Benfica • 22.Jan • 17h

• Tojal vs. Juventude de Viana • 22.Jan • 18h

• CENAP vs. Tomar • 23.Jan • 17h

• Pessegueiro do Vouga vs. Valongo • 23.Jan • 17h

II Divisão vs. II Divisão

• Juventude Pacense vs. Académico de Cambra • 22.Jan • 18h30

• Famalicense vs. Juventude Salesiana • 19.Fev • 18h

• Infante Sagres vs. Valença • data a definir

III Divisão vs. II Divisão

• Os Corujas 2-5 Oeiras • 21.Jan

• Escola Livre vs. Póvoa • 9.Fev • 21h15

AMGRoller Compozito

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