Pandemia precipita queda de número de federados
Pelos número da pretérita temporada, a pandemia (e não só?) 'levou' um quarto dos atletas federados de Hóquei em Patins. A incerteza competitiva pesou nas inscrições (e não necessariamente no abandono) e aguarda-se recuperação esta época.
São números que, espera-se, possam ser invertidos já na presente temporada. Os atleta federados de Hóquei em Patins sofreram uma quebra de perto de 25% dos 7357 de Julho de 2019 para os 5597 de Julho de 2021.
O último mandato de Fernando Claro à frente da Federação de Patinagem de Portugal até viu um aumento no número de praticantes de Hóquei em Patins, consumado numa subida de 1% em Julho de 2019, já com Luís Sénica ao leme, depois de ter assumido o cargo de presidente a meio da temporada hoquística.
Depois, a quebra.
Muitos clubes não formalizaram a inscrição de atletas face à incerteza competitiva da pandemia, mas já havia sinais anteriores de quebra.
A temporada de 2019/20 começou normalmente, mas foi interrompida abrupta e prematuramente em Março e terminou sob o signo da pandemia e com uma quebra de 4% no número de praticantes. Com a maioria das inscrições realizadas no início da temporada, antes da pandemia eclodir na Europa, esta quebra, não deixando de preocupar, até poderia ser vista como uma flutuação pontual. Mas, na pretérita temporada, foi o descalabro, com nova quebra, agora de 21% em relação à anterior.
Em plena pandemia, sem certezas de competição (principalmente nos escalões mais jovens), houve retracção na hora das inscrições que acarretam custos. Surgiram alguns torneios associativos de retoma já na fase final da temporada, incentivos da federação para a realização de inscrições, mas o panorama final é aterrador: contas feitas, em apenas dois anos, de Julho de 2019 a Julho de 2021, perderam-se 25% dos atletas federados.
Por associação
Detalhando a variação entre Julho de 2019 e Julho de 2021 por associação, a única em que se registou uma subida foi na do Pico, de 71 para 93 federados. Mas também pode ser visto como uma recuperação, dado que significa um regresso aos valores de 2018 (89).
Também nos Açores, há uma quebra de 62% na Ilha Terceira (perda de 38 atletas) e no Alentejo "desapareceram" mais de metade dos federados, ficando 94 dos anteriores 190, menos 51%.
Em valores absolutos, destaque para as quebras em Lisboa de praticamente 600 federados (1940 para 1341) e no Porto no Minho, com quebras na ordem das duas centenas de atletas.
Sexta-feira, 28 de Janeiro de 2022, 12h29