Porto e Benfica em busca do 24

Arranca esta quinta-feira a final da I Divisão, com Porto e Benfica empatados com 23 títulos, mas com os dragões sempre mais felizes nos quatro embates que houve em play-off. Os árbitros das três primeiras partidas estão escolhidos.

Porto e Benfica em busca do 24

Um Porto apurado desde dia 6 e um Benfica que foi levado ao limite até dia 12 iniciam esta quinta-feira, dia 16, a disputa do título de campeão nacional, num tira-teimas entre emblemas com 23 títulos cada.

O sprint final para o título começa no Dragão Arena, sendo certos os jogos no dia 19 na Luz e no dia 22 de novo no Dragão Arena. Caso nenhuma das equipas some três vitórias nos três primeiros jogos, há quarto jogo na Luz, a 25, e, caso necessário, uma "negra", a 29, no Dragão Arena.

Em busca do 24º

Benfica e Porto somam 46 triunfos nas 80 edições disputadas, considerando-se neste exercício que 1962 e 1963 foram anos de Taça de Portugal, numa discussão que poderia levar a que as águias somassem mais um título.

O Campeonato Nacional começou a disputar-se em 1938/39, com triunfo do Sporting, e, entre os agora dois finalistas, o primeiro título só surgiu em 1951, para o Benfica. De facto, quando o Porto conquistou o seu primeiro título, em 1983, o Benfica já somava 15!

Para os dragões, sob a presidência de Pinto da Costa (que chegou a estar directamente ligado à secção), foi uma corrida de trás para a frente. Em 1998, o Benfica conquistava o seu 20º título, somando o Porto o seu 10º em 2000. Depois veio o histórico "deca", para um empate a 20 em 2011.

O Benfica foi segurando o seu estatuto como o emblema mais triunfador, ainda que novamente ex aequo aos 21 títulos. Às ordens de Pedro Nunes, com dois campeonatos consecutivos, em 2015 e 2016, as águias "descolaram" para o seu 23º título, mas não voltariam a vencer. Os dragões de Cabestany aproximaram-se em 2017 e igualaram em 2019. Em 2020, o campeonato foi cancelado e, na pretérita temporada, o Sporting "roubou" ao Porto a possibilidade de passar para a frente.

Agora, o confronto pelo 24º é directo.

O 1º e o 3º

Para esta final, o Porto contará com um precioso "factor casa" depois de ter vencido a fase regular com 64 pontos.

Com o público de regresso, os dragões venceram todos os jogos na sua pista, ainda que, no fecho da meia-final com o Óquei de Barcelos, tenham necessitado de desempatar nas grandes penalidades.

O Benfica contará com a motivação de já ter contrariado o "factor casa" do Sporting, tendo terminado a fase regular em 3º, com 56 pontos e beneficiando da decisão administrativa de derrota do Óquei de Barcelos em Oliveira de Azeméis. Caso a decisão não tivesse mexido com a pontuação barcelense, o Benfica teria terminado em 4º e, no limite, teria jogado com o Porto nas "meias".

Porto e Benfica já se defrontaram esta época em quatro ocasiões. Na pior fase das águias, a equipa de Ricardo Ares recebeu e venceu a equipa de Nuno Resende por 3-2. Depois, na melhor fase das águias, o Benfica recebeu e venceu o Porto por 4-1. Imperou, numa análise fria, o tal "factor casa".

Já em campo neutro, os azuis-e-brancos levaram a melhor para a Taça de Portugal, e logo na final, com um claro 5-1 num jogo que foi alvo de protesto, ainda sem decisão, dos encarnados. Volvidos três dias, as duas equipas voltaram a encontrar-se na oficiosa Golden Cup, na Corunha. O Porto, mesmo desfalcado de Reinaldo Garcia e Telmo Pinto e tendo jogado na véspera, venceu por 6-7 na fase de grupos. Mas, no fim, seria o Benfica a erguer um muito celebrado troféu.

Play-offs com dragões sempre mais fortes

Esta será a quinta vez que Porto e Benfica se defrontam num play-off, a terceira vez que acontece na final. De facto, sempre que houve play-off na principal prova do calendário nacional, os caminhos de dragões e águias cruzaram-se. E os dragões levaram sempre a melhor.

Na temporada de 2006/07 na final, o Porto venceu em apenas três jogos. Em 2007/08, novamente na final, o Benfica logrou vencer o jogo 2, mas acabaria por ceder no quarto jogo, com o Porto a sagrar-se campeão na Luz. Já em 2008/09, o confronto foi nas "meias" e apenas à melhor de três. O Porto venceu os dois primeiros jogos e arrumou a questão, sagrando-se depois campeão frente à Juventude de Viana.

Volvidos 12 anos, no regresso do play-off na temporada passada, os dois rivais voltaram a encontrar-se nas "meias", agora à melhor de cinco. Sem público nas bancadas, o Benfica surpreendeu com duas vitórias no Dragão Arena, mas o Porto respondeu na mesma moeda nos dois jogos na Luz. Num série que ficou também marcada pelo afastamento de "Poka" pelos azuis-e-brancos depois de conhecido o acordo com o Benfica para esta temporada, na "negra", de novo a norte, o Porto foi categórico e carimbou a passagem à final, mas acusaria o desgaste e não evitaria que o troféu fosse para mesmo a Segunda Circular, no entanto para o "lado" do Sporting.

Varridelas vs. Negras

Este ano, o percurso de Porto e Benfica até à final foi bem distinto. Se o Porto "despachou" Tomar e Óquei de Barcelos no mínimo de jogos possível, respectivamente dois e três sem derrotas, no que na NBA se convencionou como "sweep" ("varridela"), o Benfica foi levado ao limite com Valongo e Sporting.

Frente ao recém consagrado vice-campeão da Europa, os encarnados só venceram a primeira partida no prolongamento e, depois de derrota no Municipal de Valongo (com novo prolongamento), necessitaram da "negra" para avançar para as meias-finais.

Frente ao Sporting, foi o duelo entre velhos rivais muito mediatizado. O Sporting venceu os primeiro (nas grandes penalidades) e terceiro jogos, no João Rocha, enquanto o Benfica levou a melhor na Luz nos segundo e quarto. No decisivo quinto jogo, em casa dos leões, a questão precisou de novo prolongamento para ser resolvida, logrando o apuramento as águias.

Árbitros

Entretanto, já estão escolhidos os árbitros para as três primeiras partidas - as que são certas - desta final. A aposta é nas três duplas que estiveram nos derradeiros três jogos entre Benfica e Sporting, nas meias-finais.

Entre dragões e águias, o primeiro jogo será arbitrado por Miguel Guilherme e João Duarte (ambos de Lisboa), o segundo por Carlos Correia (Minho) e Joaquim Pinto (Porto), e o terceiro por Pedro Silva (Porto) e Ricardo Leão (Lisboa).

De fora das escolhas está, para já, Pedro Figueiredo, que esteve nas três partidas nacionais entre as duas equipas. Apitou na primeira volta com Sílvia Coelho, na segunda com Carlos Correia e na final da Taça de Portugal com João Duarte.

Final

• Porto vs. Benfica • 16.Jun • 15h • Miguel Guilherme e João Duarte

• Benfica vs. Porto • 19.Jun • 15h • Carlos Correia e Joaquim Pinto

• Porto vs. Benfica • 22.Jun • 20h • Pedro Silva e Ricardo Leão

• Benfica vs. Porto • 25.Jun • 15h se necessário

• Porto vs. Benfica • 29.Jun • 20h se necessário

AMGRoller Compozito

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