Espanha é 'tetra' em Sub-17

A Espanha conquista pela quarta vez consecutiva o Europeu de Sub-17, vencendo na final Portugal por 7-6. A selecção de Carlos Cortijo mostrou mais soluções perante uma selecção de Nuno Ferrão em que Viti, apesar do poker e uma assistência, não foi suficiente.

Espanha é 'tetra' em Sub-17

A Espanha conquistou o Europeu pela 21ª vez com uma vitória sobre Portugal por 7-6, numa partida emocionante, digna de uma verdadeira final, que - por opção por mini-campeonato final - não acontecia desde 2017. Ano em que Portugal foi campeão pela última vez.

A final do 41º Campeonato da Europa começou de feição para Portugal. Com pouco mais de um minuto jogado, num forte remate cruzado, Vitor Oliveira ("Viti"), apontou o seu 14º golo em seis jogos, confirmando na partida mais importante o rótulo de goleador. O capitão da selecção das quinas veria azul no lance seguinte, mas Carles Casas perdeu o duelo com Tiago Estarreja no livre directo e, mesmo em "underplay", Portugal ampliava para 0-2.

No entanto, ainda com mais um homem, a Espanha reduziria, por Pau Andreu. O jogador do Noia que faz do Olímpico a sua casa habitual, infligiu o primeiro golo à selecção portuguesa neste europeu e tal "quebrou" a aurea de imbatibilidade de Tiago Estarreja, dono da baliza nesta partida decisiva, e Rafael Nogueira. E, dois minutos e meio depois, de meia distância, Jacobo Copa igualava.

Estava tudo como no início, mas com o "plus" anímico do lado de "La Roja". Tricampeã europeia e recuperando de uma desvantagem de dois golos, com os dois primeiros golos marcados a Portugal, a selecção de Carlos Cortijo respirava confiança e, apenas meio minuto volvido sobre a igualdade, Viti viu segundo azul. Carles Casas, com nova oportunidade, voltou a falhar, com uma execução quiçá tão má como a decisão arbitral de mostrar o azul ao capitão luso...

Com sete minutos e meio de jogo, Viti já tinha visto dois azuis. A um azul da expulsão, notou-se a espaços algumas cautelas do jogador que, como parca consolação, terminou como melhor marcador, com 17 golos em seis jogos. Os segundos mais certeiros marcaram apenas oito...

Portugal sobreviveu aos dois minutos de nova inferioridade numérica, mas os "ventos" sopravam a favor dos espanhóis. Alex Ortigosa, num contra-golpe concluído com um remate forte, dava a volta ao jogo.

Faltavam argumentos à selecção orientada por Nuno Ferrão, mas, neste Europeu, tem sobrado sempre Viti... A seis minutos e meio do intervalo, o jogador do Valongo rematava ainda da meia pista portuguesa para igualar, ainda que por pouco tempo. Logo na resposta, Biel Nadal, com um forte remate cruzado voltava a dar vantagem à Espanha a seis minutos do intervalo.

A "armada" espanhola tinha mais oportunidades, porém sem conseguir ampliar. E arriscou-se a sofrer. A dois minutos e meio do descanso, um azul a Xavier Armengol por falta sobre Viti, levou o goleador português para a marca de livre directo e, num tiro sem defesa, fez subir nova igualdade ao marcador.

Com 4-4 no recolher aos balneários, Espanha e Portugal já tinham sofrido mais golos na primeira metade desta final do que em todos os outros cinco jogos deste Campeonato da Europa juntos. O ambiente no Olímpico de Sant Sadurní estava à altura da ocasião e, com 20 minutos para jogar, tudo estava em aberto.

Espanha é tetra, como foi de 2001 a 2004. E aproxima-se do penta, conseguido entre 1993 e 1997.

Na etapa complementar, entrou melhor a Espanha. Com minuto e meio jogado, Miquel Escala ludibriou Tiago Estarreja atrás da baliza lusa e desequilibrou o marcador. Pese a vantagem já ter fugido duas vezes após a reviravolta, a equipa de Cortijo mostrava vontade de controlar o jogo com posse de bola em ataque em vez de defender a vantagem. E as melhores oportunidades pertenciam-lhe.

Sem baixar linhas, "la roja" seria apanhada em contra-pé a seis minutos e meio do final pelo rapidíssimo João Pina, desmarcado pelo inevitável Viti, mas voltaria à dianteira apenas um minuto volvido. Alex Ortigosa, a cerca de 30 metros, fazia o 6-5. E lograria a primeira vantagem de dois golos na partida. Em busca de nova igualdade, Portugal seria castigado com mais um azul, agora a Guilherme Azevedo, e Jacobo Copa, com um remate directo, faria o 7-5.

Havia pouco mais de quatro minutos para jogar e a selecção das quinas assumia o jogo. Com dupla vantagem, a Espanha procurava agora - justificadamente - defender e fugir da pressão portuguesa, mantendo-se com oito faltas desde os cinco minutos desta etapa complementar.

A seis segundos do final, Viti fazia o seu quarto golo no jogo, mas já não sobrava tempo para levar o jogo a prolongamento...

A Espanha celebrava.

Quartos-de-final

Itália 11-0 Inglaterra • 22.Set

França 5-1 Alemanha • 22.Set

Portugal 14-0 Suíça • 22.Set

Espanha 11-0 Andorra • 22.Set

5º ao 8º lugares

• Suíça 2-4 Alemanha • 23.Set

• Andorra 1-2 Inglaterra (1-1, 0-1 prol.) • 23.Set

Meias-finais

Portugal 2-0 França • 23.Set

Espanha 7-0 Itália • 23.Set

7º e 8º lugares

• Andorra 2-4 Suíça • 24.Set

5º e 6º lugares

• Inglaterra 3-4 Alemanha • 24.Set

3º e 4º lugares

Itália 2-0 França (0-0, 2-0 prol.) • 24.Set

Final

Espanha 7-6 Portugal • 24.Set

Classificação final

1º Espanha, 2º Portugal, 3º Itália, 4º França, 5º Alemanha, 6º Inglaterra, 7º Suíça, 8º Andorra

AMGRoller Compozito

Partilhe

Facebook Twitter AddToAny
Outros artigos do dia
Óquei de Barcelos volta a vencer e destaca-se

Óquei de Barcelos volta a vencer e destaca-se

Numa 2ª jornada incompleta, o Óquei de Barcelos destacou-se, sendo o único a somar nova vitória. Luís Querido fez um poker, tal como Tato na vitória farta do Tomar. A Oliveirense conquistou um ponto em Murches, a poucos segundos do fim.