A vã glória de marcar
O Tomar conseguiu o feito de, em casa, marcar seis golos ao Porto, campeão nacional e detentor da Taça de Portugal, mas os dragões é que ficaram com os três pontos. Apenas outras cinco vezes neste século é que alguém pôde lamentar o mesmo.
Esta quinta-feira, no jogo maior da 9ª jornada, o Tomar marcou seis golos ao campeão nacional e detentor da Taça de Portugal. E perdeu. "Tato" Ferruccio e Tomás Moreira bisaram e Pedro Martins e Ivo Silva também marcaram, mas não foi suficiente para garantir os três pontos.
Neste Campeonato PLACARD já houve 63 jogos, sendo que em 19 deles pelo menos uma das equipas marcou "meia dúzia". Em apenas quatro, marcar seis não chegou para ganhar. E a derrota com o Tomar frente ao Porto é apenas o segundo jogo em que tal redundou em derrota, depois do desaire do Murches em Viana por 7-6 na 5ª jornada.
O amargo tomarense vem de lograr seis golos frente a uma equipa que historicamente não sofre muitos golos. Por exemplo, na pretérita temporada, a primeira época de Ricardo Ares à frente dos dragões, ninguém marcou seis golos ao Porto.
Não sendo habitualmente reconhecido pela concretização, o Tomar soma esta época 40 golos marcados. Apenas Porto (45) e Benfica (41) marcaram mais.
Sofrendo seis ou mais golos, os azuis-e-brancos tinham conseguido arrecadar os três pontos há duas épocas frente ao Barcelos (8-6), frente ao Paço de Arcos em 2017/18 (9-6) e com o Benfica em 2016/17 (9-7), mas sempre no Dragão.
É preciso recuar a 2013 para alguém, perante o seu público, ter marcado seis golos ao Porto e não ter ficado pelo menos com um ponto. "Consegui-o" o Carvalhos, em 2013/14, ao perder por 6-10. Antes, neste século, só acontecera o mesmo à Oliveirense (6-7, em 2013), Juventude de Viana (6-7, em 2012), Académica de Espinho (6-10, em 2010) e... Sporting de Tomar, em 2001.
Nesse jogo de 2001, os tomarenses até marcaram nove (!) golos. Mas sofreram 16.
Sábado, 10 de Dezembro de 2022, 10h25
