Barcelona conquista a Taça do Rei

O Barcelona conquistou a Taça do Rei pela 25ª vez ao bater o Liceo por 2-4. A equipa de João Rodrigues (bisou) e Hélder Nunes teve sempre o jogo controlado e contou com um Sergi Fernandez seguríssimo entre os postes, a fazer diferença.

5.Mar.2023 CopaDelRey

O Barcelona venceu este domingo a Taça do Rei ao vencer o Liceo por 2-4 em Calafell, no Joan Ortoll.

Com as suas cores tradicionais, "los verdes" e os "blaugrana" defrontaram-se pela sétima vez na decisão da Taça do Rei. A história pendia para o Barcelona, com cinco vitórias, mas o Liceo vencera o último duelo, em 2021, na única "Copa" que escapou aos catalães nas últimas seis edições.

O Barcelona procurou tomar conta da partida desde cedo e adiantou-se ainda não estavam cumpridos três minutos, com João Rodrigues a surpreender num remate de primeira da zona frontal que nem saiu forte, mas traiu Martí Serra.

O Liceo procurou responder, mas quase sempre com o Barcelona a controlar na experiência de Panadero e na condução de Alabart, no seu habitual tratado de patinagem. Aos sete minutos, uma grande penalidade valia uma soberana oportunidade a César Carballeira, mas o galego não conseguiu bater Sergi Fernandez.

Se Carles Grau foi determinante nas últimas conquistas do Liceo, a sua saída para o Barcelona, criou um problema a Juan Copa. O valor de Martí Serra é inquestionável, mas, nestas decisões, pesa de sobremaneira a superação entre os postes. E se, do outro lado, Sergi Fernandez ia negando todas as oportunidades "verdes", Martí seria novamente "traído" aos 11 minutos, com Sergi Panadero, do alto dos seus 40 anos e a completar 20 anos na equipa principal do Barcelona, a conseguir um golo feliz.

A equipa de Juan Copa não conseguia assumir o jogo e faltava-lhe espaço para contra-ataques no controlo que a banda afinada de Edu Castro ia impondo.

A toada manteve-se na etapa complementar, com Sergi Fernandez com protagonismo crescente à medida que o Liceo sentia a urgência de chegar ao golo. Sergi já não sofrera golos na véspera, frente ao Reus, e estava determinado em repetir a "clean sheet".

Agravando a posição de "los verdes", na necessidade de subida do seu bloco, o Barcelona logrou um contra-golpe em superioridade e não perdoou, com Pau Bargalló a rematar sob Serra para o 0-3 e, com o jogo mais aberto, até eram os blaugrana que passavam a somar mais e melhores oportunidades.

A meio desta segunda parte, João Rodrigues não aproveitou a 10ª falta do Liceo, que "mataria" (se não estava já "morta") a discussão, mas o Barcelona voltava a tomar conta do jogo. E, dois minutos e meio do livre directo desperdiçado, João recebia na área para o tal 0-4 fatal.

Inevitavelmente, ia-se notando alguma descrença de um Liceo que, provavelmente, e como o capitão Dava Torres referira na véspera, poucos esperavam que estivesse neste palco de decisão ou a protagonizar uma boa campanha na OK Liga. Recorde-se que, campeão da OK Liga, o Liceo sofreu uma autêntica revolução no plantel, sobrando apenas três dos campeões...

Num desconto de tempo, o capitão Dava Torres aludia ao "orgulho", e Alex Rodriguez respondeu praticamente de pronto, com o 2-4. Mas restavam apenas oito minutos e continuaria a ser o Barcelona a ter as melhores oportunidades. Era uma formalidade até ao apito final.

A três minutos e meio do final, na 10ª falta do Barcelona, Alex Rodriguez reduziu num tiro fortíssimo. Na 15ª do Liceo, Serra negou o golo a Pau. Depois, negou a Alabart, após azul a Alex. Estava feito.

Esta é a 25ª vez que o Barcelona conquista a Taça do Rei em 79 edições. Para os portugueses, é a segunda conquista de Hélder Nunes na prova e a terceira de João Rodrigues. O Liceo falhou a oportunidade de igualar o número de títulos conquistados pelo Espanhol. Os "pericos", referência noutra época, são a segunda equipa mais triunfadora, com 11 títulos, o último a datar de 1962.