A resiliência de Barroso

Xavi Barroso está, novamente, de regresso ao Barcelona. O jogador, agora com 30 anos, cumprirá uma terceira etapa nos blaugrana, numa prova de qualidade, fiabilidade e resiliência.

A resiliência de Barroso

Xavi Barroso vai ser jogador do Barcelona na nova temporada. Vai ser, de novo, jogador do Barcelona. Na verdade, talvez nunca tivesse deixado de ser jogador do Barcelona, apenas representou outros emblemas na sua carreira.

Nascido em Caldes de Montbui em Novembro do Olímpico ano de 1992, Xavier Barroso destacou-se jovem e chegou aos escalões de formação do Barcelona com 13 anos. Cumprindo o seu percurso formativo de blaugrana, teve, como muitos foram tendo apesar da riqueza do plantel principal, oportunidade de jogar ao lado dos melhores da modalidade ainda júnior, com várias partidas realizadas na temporada de 2011/12, às ordens de Gaby Cairo.

Na sua subida a sénior, o Barcelona cedia-o para ganhar rodagem. Como, do plantel actual, aconteceu com Sergi Llorca. Barroso foi garantido por um Vendrell em afirmação às ordens de um tal de Guillem Cabestany. O modesto clube cumpria 100 anos em 2013 e celebrou à grande, vencendo a Taça do Rei e a Taça CERS, os primeiros grandes títulos da sua história.

Xavi Barroso despede-se do Porto com a conquista da mais importante prova europeia de clubes. Como, em 2018, disse 'até já' ao Barcelona.
Xavi Barroso despede-se do Porto com a conquista da mais importante prova europeia de clubes. Como, em 2018, disse 'até já' ao Barcelona.

O jovem Xavi Barroso teve um papel preponderante nesses primeiros grandes títulos "vendrellences". Na Taça do Rei, depois de despachado o Barcelona nas meias-finais (e, sim, os blaugrana permitem que os jogadores cedidos os defrontem) num jogo que, rezam as más linguas, terá ditado o afastamento de Cairo, Barroso apontou no prolongamento frente ao Reus o golo de ouro que sentenciou a conquista. Na Taça CERS, Barroso voltou a rematar no tempo extra para novo golo de ouro, mas seria o desvio de Xavi Costa a trair o guarda-redes vigatan Carles Grau para garantir o troféu.

Xavi Barroso regressou ao Barcelona, agora para ficar cinco anos em que ganhou tudo, incluindo uma Liga Europeia em pleno Dragão Caixa, antes de terminar contrato e ser seduzido pelo campeonato português. Estaria dois anos na Oliveirense, vencendo a Taça de Portugal em 2019. Sem exuberâncias, assumia-se como um motor fiável em qualquer equipa. Em 2020, Cabestany chamou-o de novo, para o Porto, mas seria às ordens de Ricardo Ares que somaria mais títulos ao seu palmarés: ganhou a Taça, o Campeonato, a Elite Cup e, de azul-e-branco, a quarta Liga dos Campeões da sua carreira, depois daquelas de 2014, 2015 e 2018 de blaugrana.

Poucas mexidas

O Barcelona conquistou a Supercopa, a Copa del Rey e a OK Liga. Mas para o gigante da cidade condal, uma época sem título europeu é sempre uma época amarga.

Num cenário de redução de orçamento, já não se atraem - ou seguram - as figuras maiores como antigamente, principalmente devido ao aparecimento da "nova burguesia" de Portugal.

Hélder Nunes regressará ao Porto, naquela que poderá ser a única saída relevante neste defeso. Em sentido inverso, chega Barroso. E, do boletim clínico, poderá regressar um Matías Pascual que era basilar na equipa de Edu Castro e que ficou afastado logo em Novembro, com dupla fractura na tíbia e perónio, no Mundial de San Juan.

Na Catalunha, fala-se também da chegada de Eloi Cervera, jovem craque do Igualada de apenas 17 anos, mas já campeão da Europa de Sub-23. Poderá integrar a equipa de Sub-19 e equipa B, mas sempre à espreita de uma oportunidade, que o seu talento reclama, de precoce afirmação na equipa principal.

AMGRoller Compozito

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