Fabien Savreux deixa 'les bleus'

Fabien Savreux está de saída do comando da selecção francesa, que dirige desde 2007 e apesar de a ter levado a um patamar ímpar na sua História. Forçado a optar entre o trabalho de selecção e o Saint-Omer, escolheu o seu clube de sempre.

Fabien Savreux deixa 'les bleus'

Um 4º lugar, após decisão nas grandes penalidades, no Campeonato da Europa deverá marcar a despedida de Fabien Savreux do comando técnico da selecção francesa. A federação francesa, num novo paradigma do director-técnico, pediu exclusividade, e o seleccionador prefere manter-se à frente do Saint-Omer e no trabalho diário de clube.

A saída de Fabien Savreux acontece com a França a viver o seu melhor momento de sempre na História da modalidade, ombreando com qualquer adversário, e com jogadores nos grandes clubes europeus. Savreux soube capitalizar, ainda que continue a faltar um título, o talento de uma geração em que os irmãos Di Benedetto são figuras de proa.

Nos últimos anos, a França foi vice-campeã europeia (2021), conseguiu um inédito bronze no Campeonato do Mundo (2022), e termina agora fora do pódio, mas num honroso lugar num Europeu em que começou por empatar frente à então bicampeã, agora tricampeã, Espanha.

Na imposição de exclusividade federativa a Savreux, não foram tidos em conta casos de outras selecções. Como o de Itália, em que Alessandro Bertolucci foi chamado a seleccionador quando era treinador do Sarzana, seguindo para o Trissino em 2021, onde foi preparando as participações italianas nas grandes competições. Ou de Vítor Pereira, que foi chamado a liderar a selecção inglesa quando estava em "pausa sabática", mas assumirá na temporada que agora começa o Carvalhos. Ou até mesmo do seleccionador português, empossado em 2019 quando ainda era treinador da Oliveirense e que, depois de três temporadas de exclusividade federativa, se prepara para regressar ao trabalho de clube, em Valongo.

Por "les bleus", Savreux, guarda-redes, foi internacional francês em todos os escalões. Em 1998, começava a sua ligação à federação francesa, como treinador de guarda-redes. Em 2001, assumia a selecção júnior.

Em 2007, sucedendo a Eric Marquis, chegava à selecção absoluta masculina, tendo entretanto também estado ao leme da selecção absoluta feminina. E, à frente das gaulesas, conquistou o Campeonato do Mundo, em 2012, no Recife.

Colocado "entre a espada e a parede", entre a selecção e o Saint-Omer, Savreux optou pelo seu clube de sempre. Começou a patinar no SCRA aos seis anos. E lá continua, 44 anos depois, como treinador da equipa principal.

Como jogador esteve na conquista dos quatro primeiros títulos de campeão da equipa, num tetracampeonato de 1991 a 1994.

Já como treinador, foi campeão em 2009, 2013 e, agora, sucessivamente, em 2020, 2022 e 2023. Sempre acumulando com o trabalho na selecção, que agora terá ponto final.

AMGRoller Compozito

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