Três em linha: Benfica vence (também) a Supertaça
Depois do Campeonato Placard, na pretérita temporada, e da Elite Cup há uma semana, o Benfica conquistou este sábado a Supertaça António Livramento ao derrotar o Tomar por 4-1. É o 9º triunfo das águias na competição.
O Benfica conquistou este sábado a 9ª Supertaça da sua história com uma vitória sobre o Tomar por 4-1. No palco em que, há uma semana, tinham conquistado a Elite Cup, as águias somam o terceiro troféu consecutivo depois de, ainda na pretérita temporada, terem iniciado esta série dourada com a conquista do Campeonato Placard.
No Pavilhão Municipal Cidade de Tomar, respeitou-se, escrupulosamente, um minuto de silêncio pelo guarda-redes Alberto Moreira, campeão do Mundo em 1958, 1960 e 1962 e da Europa em 1961, 1963 e 1965, em tempos saudosos para a selecção das quinas.
Depois, Tato Ferruccio deu a stickada de saída, com o Tomar como "forasteiro", contrariando o comunicado federativo 35 de 8 de Setembro, que indicava Tomar, vencedor da Taça de Portugal, como visitado e Benfica, campeão nacional, como visitante.
Abdicando nos 10 chamados a jogo de Lucas Honório, resgatado do empréstimo ao Tomar neste defeso, Nuno Resende apostou em pressão alta desde o apito inicial, condicionando a saída de bola da equipa de Nuno Lopes e tapando todos os possíveis remates.
Ao dobrar dos três minutos e meio, em jogadas quase sucessivas, Gonçalo Pinto e Roberto Di Benedetto surgiram isolados perante António Marante. O guarda-redes nabantino ganhou os duelos, mas o Tomar tremia. E "quebrava" aos cinco minutos, com Roberto a inaugurar o marcador num remate cruzado rasteiro.
Os tomarenses procuraram reagir ao golo, mas sem soluções, rematando sucessivamente às caneleiras dos adversários. Dois remates de Centeno ainda chegaram a Pedro Henriques, que afastou com a máscara, mas era o Benfica que estava por cima.
Com tracção dos incansáveis Di Benedetto e Roca, os encarnados eram rápidos a recuperar a bola e, sem nunca desguarnecer a defensiva, criavam desequilíbrios no ataque. A nove minutos do intervalo, Lucas Ordoñez, aproveitando alguma parcimónia verde-e-branca em afastar a bola da área, fazia o 2-0 com que se chegaria ao intervalo.
A segunda parte começava já com marcador de faltas (ausente na primeira metade) na mesa dos árbitros e a assinalar quatro para o Benfica. E apenas uma para o Tomar, certificado de pouca agressividade tomarense nos 25 minutos já jogados, apesar da desvantagem. Mas os pupilos de Nuno Lopes regressaram do balneário com vontade de mostrar outra face.
Mais rápidos, mais intensos, os jogadores do Tomar criavam, enfim, dificuldades à organização encarnada, irrepreensível antes do descanso.
Aos cinco minutos, na primeira grande falha defensiva do Benfica, Pedro Martins recebeu solto na área encarnada e, numa bela execução, reduziu para 2-1. Logo a seguir, Xanoca remata ao poste direito da baliza de Pedro Henriques e "obriga" Nuno Resende a parar o jogo.
O Tomar criava algumas oportunidades, também aproveitando o descanso dos dínamos Di Benedetto e Roca, mas o guardião das águias chegava para as encomendas. E, já regressado, o espanhol campeão da Europa fazia o 3-1 num remate da zona central sem oposição. Sobravam menos de 10 minutos para jogar.
O Benfica não conseguia conservar a posse de bola, mas fechava bem os caminhos para a sua baliza. Já nos seis minutos finais, Lopes pediu um desconto de tempo para um derradeiro assomo.
O jogo "partiu", com o recém-chegado Gonçalo Neto a assumir muito do jogo atacante. No entanto, uma perda de bola para Roberto Di Benedetto, num corte com o patim agora permitido, possibilitou ao gaulês isolar-se e servir Pol Manrubia para o 4-1 que, com menos de três minutos para o derradeiro apito, matava o jogo.
O Benfica conquistava a sua 9ª Supertaça, depois das conquistas de 1993, 1995, 1997, 2001, 2002, 2010, 2012 e 2022. Os encarnados defendem com sucesso o troféu conquistado o ano passado, mas continuam longe dos 23 triunfos conquistados pelo rival Porto nesta competição que se disputa desde 1983.
Arbitragem sem mácula
Contada a história da decisão da Supertaça António Livramento, fica pouco para contar sobre a arbitragem de Joaquim Pinto e Fernando Vasconcelos. Pouco, para além de ter sido praticamente irrepreensível. O que é muito.
Não houve azuis, não houve bolas paradas, não houve contestação relevante, nem houve necessidade de consultar imagens, com certeza dos árbitros de pista nas suas decisões e sem chamadas de atenção do "vídeo-árbitro" Paulo Almeida.
A arbitragem dos dois melhores árbitros da pretérita temporada coloca a fasquia bem alta para os jogos de alta competição que se seguem, do Campeonato Placard, a partir de 30 de Setembro.
Benfica 4-1 Tomar
Arbitragem: Joaquim Pinto (Porto) e Fernando Vasconcelos (Minho)
Benfica: Pedro Henriques (gr), Roberto Di Benedetto (1), Nil Roca (1), Gonçalo Pinto e Lucas Ordoñez (1); Carlos Nicolia, Pol Manrubia (1), Diogo Rafael, Zé Miranda e Bernardo Mendes (nj). Treinador: Nuno Resende.
Tomar: António Marante (gr), Pedro Martins (1), Guilherme Silva, Filipe Almeida e Tato Ferruccio; André Centeno, Xanoca, Gonçalo Neto, Diogo Cortez (nj), Zé Silva (gr, nj). Treinador: Nuno Lopes.
Marcha do marcador: 1-0 Roberto Di Benedetto, 2-0 Lucas Ordoñez; 2-1 Pedro Martins, 3-1 Nil Roca, 4-1 Pol Manrubia
Disciplina: Nada a registar.
Sábado, 23 de Setembro de 2023, 23h51