Última ronda da primeira volta saiu à casa

A primeira volta do Campeonato Placard terminou com pleno de vitórias dos anfitriões. A Oliveirense venceu tangencialmente o Tomar e 'vira' a fase regular na liderança, com os mesmos pontos do Sporting, que triunfou frente ao Óquei de Barcelos.

Última ronda da primeira volta saiu à casa

Terminou a primeira volta do Campeonato Placard. Na 13ª jornada, os anfitriões fizeram a festa perante o seu público, com sete vitórias em outros tantos jogos. No topo da classificação, mantém-se a Oliveirense, com 34 pontos e uma vantagem que não é pontual, mas de apenas três golos no saldo entre marcados e sofridos para o Sporting.

Num dos jogos de maior expectativa da ronda, a Oliveirense defendia a liderança na recepção ao Tomar. Um jogo de "estreia" para Lucas Honório após o regresso ao Tomar - mesmo condicionado por uma máscara de protecção facial - e que teve a chamada do júnior Paulo Pereira para o lugar do lesionado Franco Platero. Mas, num jogo de desfecho incerto até final, "Paulinho" não teria oportunidade de ir a jogo.

Facundo Navarro bisou em dois remates cruzados certeiros.
Facundo Navarro bisou em dois remates cruzados certeiros.

Com Tato e Xanoca, dois ex-Oliveirense no cinco, o Tomar entrou pressionante, mas a Oliveirense foi mais eficaz. Xavi Cardoso, com apenas minuto e meio decorrido, e Facundo Navarro, aos oito minutos, construíam uma vantagem que os tomarenses não conseguiriam anular.

Sempre com predisposição ofensiva, o Tomar ia procurando alternativas. Já com os quatro jogadores de pista que tinham iniciado o jogo no banco, os tomarenses reduziam. E de que forma! Em rotação e em voo, Gonçalo Neto rematava para 2-1 aos 15 minutos.

Gonçalo Neto já levantou a bola e vai também ele
Gonçalo Neto já levantou a bola e vai também ele "levantar vôo" para o 2-1.

A equipa de Nuno Lopes ia em busca da igualdade, mas Facundo Navarro voltava a "trair" aquele que chegou a ser seu técnico na equipa "B" do Sporting. A quatro minutos e meio do intervalo, novo remate cruzado do internacional jovem argentino repunha a vantagem de dois golos, gorando um desconto de tempo que Lopes já tinha pedido há mais de dois minutos.

Regressados dessa adiada pausa técnica, os nabantinos não tardariam a voltar a marcar, num forte remate da zona frontal de Xanoca. No entanto, parecia escrito que o jogo iria para o intervalo com uma diferença de dois golos. De um azul a Xanoca, Lucas Martínez foi exímio na conversão do livre directo para o 4-2. Sobre o apito, um azul a Marc Torra obrigou Gonçalo Neto a rematar directo e Xano Edo, em grande destaque nesta primeira parte e em toda a partida, segurou.

Lucas Martínez marcou de livre directo para o 4-2 antes do intervalo. Foi o único convertido em cinco oportunidades para a Oliveirense e uma (repetida) para o Tomar.
Lucas Martínez marcou de livre directo para o 4-2 antes do intervalo. Foi o único convertido em cinco oportunidades para a Oliveirense e uma (repetida) para o Tomar.

A falta de tempo para conversão do livre directo acaba por beneficiar o infractor, mas o Tomar regressava para a segunda metade da partida com mais um jogador. E não desaproveitaria. Guilherme Silva reduzia para 4-3 ao cabo de minuto e meio.

Não haveria mais golos, mas não faltou emoção. Enquanto o Tomar perseguia o empate, António Marante foi garante na rectaguarda ao defender, entre outros, quatro livres directos de Lucas Martínez (dois), Facundo Navarro e Marc Torra.

Guilherme Silva marcou cedo o único golo de uma segunda parte que merecia mais golos. Os guarda-redes não deixaram.
Guilherme Silva marcou cedo o único golo de uma segunda parte que merecia mais golos. Os guarda-redes não deixaram.

Entre dois dos mais destacados guarda-redes do Campeonato Placard (e ambos Sub-23), Xano Edo ia contendo os remates contrários, com os atacantes a parecerem intimidados perante o internacional português.

A cinco minutos e meio, na 10ª falta da Oliveirense - sublinhada a um bem-humorado "aleluia" da bancada dos adeptos tomarenses - Xano negou duas vezes o golo a Tato Ferruccio e a estratégia passava a ser quase exclusivamente segurar a vantagem. Mesmo com o adversário reduzido a três jogadores de pista durante dois minutos e, principalmente, no derradeiro assomo tomarense, sem guarda-redes, no último meio minuto. Os três pontos ficavam em Oliveira de Azeméis.

Xano Edo segurou a vantagem da Oliveirense e a liderança do Campeonato Placard.
Xano Edo segurou a vantagem da Oliveirense e a liderança do Campeonato Placard.

Com Alejandro Dominguez de volta ao banco após a ausência em Riba d’Ave, o Sporting venceu o Clássico frente ao Óquei de Barcelos por 4-2 e segue pontualmente a par da Oliveirense.

João Souto, à espera de desfecho do processo disciplinar aberto após a expulsão na última partida de 2023, inaugurou o marcador a oito minutos do intervalo, ampliando Matías Platero antes das equipas recolherem aos balneários.

Paulo Freitas, no seu primeiro jogo após ter sido anunciado como seleccionador português, apostou em Leo Savreux e o gaulês serviria Poka para o 2-1 a meio da etapa complementar, mas Ferran Font “tramou” o técnico que o conduziu a títulos de leão ao peito. O internacional espanhol bisou e definiu o vencedor do embate, de pouco valendo (talvez possa valer nas contas finais…) o tento de Alvarinho no último minuto.

Porto e Benfica na perseguição

Na perseguição a Oliveirense e Sporting, o Porto mantém-se a quatro pontos.

Ricardo Ares, agora com Diogo Rufino como adjunto após a saída de Iván Jaquierz, viu os dragões entrar em 2024 como saíram de 2023: mal. Mas o primeiro jogo do novo ano teve final feliz, com uma vitória por 8-4.

Depois de duas derrotas no fecho do ano civil passado, o Porto viveu 12 minutos de sobressalto. O Juventude Pacenses, estreante na categoria máxima, esteve a vencer por três vezes no Dragão Arena.

Os azuis-e-brancos foram anulando as sucessivas desvantagens. Carlo Di Benedetto respondeu aos golos de Miccoli e José Cancela. Mena fez o 3-3 depois do golo de Filipe Flórido.

Aos 14 minutos, por Rafa, o Porto ficava enfim – e de vez – na frente do marcador, mas só na segunda parte consolidou o seu triunfo.

Na “reentré” em pista, Hélder Nunes dilatou. Edu Lamas fez o 6-3 e, aos 10 minutos, Mena fazia o 7-3 que marcava o “fim” da discussão. Só nos últimos quatro minutos houve mais golos, para a definição do resultado. Miccoli e Hélder Nunes fixaram o 8-4 final.

Na Luz, na primeira convocatória de Nuno Resende com os seis estrangeiros disponíveis, a “fava” de ficar de fora calhou ao mais novo, Pol Manrubia. E, no regresso de Roberto Di Benedetto, o Benfica protagonizou a goleada maior da jornada, vencendo o Famalicense por 10-1. O campeão nacional fecha a primeira volta a um ponto do Porto e a cinco dos líderes.

O gaulês foi titular e apontou dois golos apesar de ainda estar condicionado, mas o primeiro, a abrir as “hostilidades” com pouco mais de um minuto cumprido, coube a Pablo Alvarez. O “killer” apontou o primeiro e o último do jogo e ainda mais um pelo meio, mostrando que o seu regresso é definitivamente de mira afinada.

Ao intervalo, as águias venciam por 4-0 e o tento de honra da equipa de Famalicão mediou os tentos encarnados. Hugo Costa reduziu para 5-1, mas seguiram-se outros cinco golos do Benfica. Para além de Pablito e Roberto, marcaram Diogo Rafael (bisou), Lucas Ordoñez, Gonçalo Pinto e Zé Miranda.

Murches em 7º

Em Braga, a equipa de Tó Neves entrou da melhor maneira em 2024 com uma vitória por 5-2 sobre o Valongo. Os valonguenses até marcaram primeiro, por Miguel Moura e o jogo até foi para intervalo com uma igualdade a um, com Pedro Mendes a assinar o tento bracarense. Mas na etapa complementar, o Braga impôs-se.

Gonçalo Meira bisou com um golo de António Trabulo pelo meio e Diogo Seixas “matou” a contenda a seis minutos do final, com o 5-1. O Valongo não conseguiria melhor que reduzir, pelo capitão Francisco Silva.

Com este triunfo, o Braga sobe dois lugares, passando Juventude Pacense e Famalicense, ao passo que o Valongo fecha a primeira volta em 8º, perdendo no “photo finish” o 7º para o Murches.

A equipa do concelho de Cascais recebeu e venceu o Riba d’Ave por 4-3, num desfecho amargo para os minhotos. O Riba d’Ave construiu uma vantagem de dois golos, por Nery e Rui Silva, mas o Murches igualou – por Tomás Moreira e Gonçalo Nunes – antes do intervalo.

Na segunda parte, Franco Posito colocou de novo os ribadavenses na frente. Igualou Rafa Lourenço, cabendo a João Maló, já nos derradeiros dois minutos, colocar pela primeira vez – mas a vez que interessava - a equipa de Hugo Lourenço na frente.

Turquel vence Carvalhos

Em Turquel, também marcaram primeiro os visitantes, pelo inevitável Rúben Sousa. Mas o Carvalhos, como em todas as partidas da primeira volta, terminaria sem pontos. E uma derrota por 7-2.

“Obrigado” a vencer na luta pela manutenção, o Turquel reagiu e Nanu Castro e Xavi Lourenço consumavam a reviravolta no marcador em nove minutos. Vasco Luís fez o 3-1 com que se chegou ao intervalo.

Após o reatamento, Tiago Mateus e Salvador André dilataram para 5-1 em pouco mais de três minutos e meio. Rúben Sousa voltou a marcar, atenuando a desvantagem, mas Daniel Passos e Tiago Mateus fechariam as contas num pesado 7-2.

Terminada a primeira volta, deveria haver lugar à Taça 1947, prova de participação obrigatória para os oito mais bem classificados. Mas a obrigatoriedade é só para os clubes e, mais uma vez, a prova que homenageia os campeões de 1947 não será organizada. No fim-de-semana de 13 e 14 de Janeiro, há 16-avos-de-final da Taça de Portugal. O campeonato regressa na semana seguinte.

13ª Jornada

Sporting 4-2 Óquei de Barcelos • 6.Jan

Murches 4-3 Riba d'Ave • 6.Jan

Benfica 10-1 Famalicense • 6.Jan

Braga 5-2 Valongo • 6.Jan

Porto 8-4 Juv. Pacense • 6.Jan

Turquel 7-2 Carvalhos • 6.Jan

Oliveirense 4-3 Tomar • 6.Jan

Classificação

1º Oliveirense (34), 2º Sporting (34), 3º Porto (30), 4º Benfica (29), 5º Óquei de Barcelos (24), 6º Tomar (23), 7º Murches (16), 8º Valongo (16), 9º Braga (14), 10º Juv. Pacense (12), 11º Famalicense (12), 12º Turquel (11), 13º Riba d'Ave (7), 14º Carvalhos (0)

AMGRoller Compozito

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