Campeonato a duas velocidades
No meridiano da fase regular, está vincada a diferença entre os seis mais bem classificados, da líder Oliveirense ao intrometido Tomar, e as restantes oito equipas. Dos 'primeiros', só o Benfica perdeu um jogo contra as 'outras' equipas.
Chegou ao fim a primeira volta da fase regular do Campeonato Placard. A tabela classificativa ao cabo de 13 jornadas denota duas realidades que cedo se fizeram notar.
São sete os pontos entre um incómodo Tomar, no 6º lugar, e o Murches, no 7º, numa espécie de equador (mal centrado) do dito "Melhor Campeonato do Mundo". Mas, para além dessa diferença pontual, há vários factores a demarcar as realidades.
Entre as seis equipas do topo (Oliveirense, Sporting, Porto, Benfica, Óquei de Barcelos e Tomar), só uma equipa perdeu um jogo com alguma das restantes oito. Foram as águias, campeãs nacionais, em Riba d'Ave. E só uma, o Braga, em Tomar, pontuou nas pistas dos seis primeiros. Excepções a confirmar uma regra de vincada superioridade no desfecho das partidas.
De resto, Oliveirense, Sporting e Porto só perderam pontos contra os cinco primeiros. O Benfica, para além da derrota no Parque das Tílias, empatou em Braga. O Óquei de Barcelos empatou nas pistas de Valongo e Famalicense, sendo que também o Tomar dividiu pontos em Famalicão para além do tal empate na recepção aos bracarenses.
Oliveirense e Sporting lideram com 34 pontos, com vantagem na diferença de golos global para a equipa de Oliveira de Azeméis. Os leões têm o melhor ataque, com 65 golos conseguidos, seguindo-se, ordenadamente, Porto (64), Oliveirense (63), Benfica (62), Tomar (61) e Óquei de Barcelos (60). Oliveirense e Benfica têm as defesas menos batidas, com 27 golos sofridos.
A seis
Num imaginário campeonato a seis, estaria na frente o Sporting, com os mesmos 10 pontos de Benfica e Oliveirense, mas com confrontos directos favoráveis. Seguir-se-iam Porto, com seis pontos, Óquei de Barcelos com quatro e Tomar com três. As águias reclamariam o melhor ataque (20 golos marcados) e a melhor defesa (11 sofridos) e o seu 4º lugar na classificação geral é um claro lembrete da importância dos "outros" jogos, que valem exactamente os mesmos pontos.
No "factor-casa" que todos tentam garantir para o play-off, sublinhe-se que houve vitórias fora para Oliveirense (no Porto), Porto (em Tomar), Benfica (em Oliveira de Azeméis) e Tomar (em Barcelos). O Óquei de Barcelos conseguiu um ponto na Luz e o Sporting fez o mesmo em Oliveira de Azeméis.
Podendo os jogos perante o próprio público serem determinantes, destacar que a Oliveirense terá quatro jogos fora e apenas um em casa, com o Porto. De forma diametralmente oposta, o Tomar tem somente um jogo fora, no Dragão Arena, numa segunda volta em que jogará oito vezes no Municipal Cidade de Tomar e apenas cinco fora de portas.
Segunda "metade"
Se os sete pontos que separam Tomar (23 pontos) do Murches (16) parecem todo um oceano para navegar, a equipa do concelho de Cascais - como o Valongo, em igualdade pontual - verão os cinco que têm de vantagem sobre o Turquel, primeira equipa abaixo da linha de água, com natural atenção.
Naquela que é apenas a sua segunda temporada na categoria máxima, o Murches segue no 7º lugar, a par do Valongo (8º). A dois pontos está o Braga (9º) e, a quatro, o estreante Juventude Pacense (10º), com os mesmos 12 pontos do Famalicense (11º). Na zona de despromoção, estão Turquel, com 11 pontos, e, com a vida mais complicada, Riba d'Ave e os seus sete pontos e um Carvalhos que ainda não pontuou.
Terça-feira, 9 de Janeiro de 2024, 13h