Barcelona, Benfica, Porto e Oliveirense lideram, Sporting escorrega
Em noite de desfechos equilibrados, o único empate aconteceu no João Rocha, entre Sporting e Calafell. Barcelona e Oliveirense somaram a terceira vitória e Porto e Benfica também lideram os seus grupos.
É uma Champions League em que o nome se cola ao futebol, mas não só. Os resultados têm sido pautados pelo equilíbrio e a terceira jornada foi paradigmática. Apenas um jogo terminou com uma diferença de três golos, houve quatro vitórias caseiras por dois golos, dois triunfos forasteiros tangenciais. E um empate, de alguma forma surpreendente, no João Rocha.
O Calafell vinha de uma derrota tangencial na Luz e um triunfo frente ao Reus para a Champions League. Mas de uma derrota caseira frente ao lanterna-vermelha da OK Liga, no "luto" pelo anúncio de saída do técnico Ferran López no final da temporada. Divórcio carpido, a equipa catalã empatou a dois frente ao Sporting.
Os leões adiantaram-se cedo, aos dois minutos e meio, por Gonzalo Romero, e ampliaram por Alessandro Verona. No entanto, perto da ida para o descanso, Jepi Selva reduziu, relançando a discussão. Fiel a um bloco baixo no reconhecer da mais-valia adversária, como fez frente ao Benfica, o Calafell não deixava o Sporting - demasiado ansioso no ataque - fugir no marcador. E, a 10 minutos do fim, Joan Pascual, igualava. O Sporting procurou nova vantagem, mas sem sucesso frente a Gerard Camps.
Passando a somar quatro pontos, o Calafell já superou os três pontos da época passada, quando conseguira três empates na prova maior do Hóquei em Patins. Segue a par do Sporting, que tem menos um jogo, frente ao Benfica, que, do outro lado da Segunda Circular, venceu o Reus por 4-2.
Intensidade decisiva na segunda parte
Noutro dos quatro duelos luso-catalãs da noite europeia (saldados por duas vitórias portuguesas, um empate e uma vitória catalã), o Benfica recebeu e venceu o Reus num jogo de reencontros. Reencontro de Pedro Henriques com a equipa pela qual se sagrou campeão europeu em 2017, reencontro de Aragonès com o Benfica que representou de 2020 a 2022, reencontro de Raul Marín, ex-jogador do Sporting, com as pistas lusas, agora como adjunto de Jordi Garcia.
Houve um Reus "mexido" nos minutos iniciais, a culminar num golo de Martí Casas de belo efeito, num forte remate cruzado, aos três minutos e meio. Depois, os "roiginegre" (de branco), condicionados pela ausência de Joan Salvat, entregaram o jogo aos encarnados (de preto).
Com tracção de Roca e Di Benedetto e Nicolia e Pablito na frente, não houve maneira de marcar. Trocaram-se os "avançados" por Gonçalo Pinto e Lucas Ordoñez, titulares na primeira fase da época, entrou Diogo Rafael, e pouco mudou. Na recta final da primeira parte, Nuno Resende tentou também com Manrubia (ficou Zé Miranda fora dos 10), mas a defensiva contrária e Candid Ballart iam resistindo.
No embalo para o ataque das águias, o Reus ameaçou mesmo um segundo golo, mas Pedro Henriques segurou a desvantagem mínima para uma segunda parte que seria radicalmente diferente.
Depois de uma primeira parte sem a necessária intensidade no ataque, o Benfica entrou com outra atitude e disponibilidade na etapa complementar, muito pressionante e rematador. Logo aos dois minutos, Pablo Alvarez igualou. E, antes de estarem cumpridos sete minutos, Lucas Ordoñez rematava para a reviravolta. Garcia pediu um desconto de tempo, mas não quebrou o ímpeto encarnado. Pouco tempo depois, Roberto Di Benedetto servia Gonçalo Pinto para o 3-1.
Com Pinto queixoso e Nuno Resende a ficar notoriamente aborrecido, o Reus reduziu por Ferran Gimènez, mas Carlos Nicolia, num belo movimento surpreendia Ballart para o 4-2. E a partida estava arrumada.
O Benfica ainda procurou o quinto golo, mas foi-se conformando com o passar dos minutos. No "levantar de pé" das águias, o Reus espreitava a possibilidade de reduzir, porém um azul a Sergi Aragonès a dois minutos do final comprometia. Nicolia não transformou o livre directo, mas o Benfica ficava em superioridade numérica quase até ao apito final. O Reus ainda dispôs de uma grande penalidade, mas Pedro Henriques ganhou o duelo com Arnau Canal e o resultado não se alterou.
Na próxima quarta-feira, Sporting e Benfica têm encontro marcado para o João Rocha para jogo em atraso da 2ª jornada desta fase de grupos da Champions League.
Barcelona destacado
No Palau Blaugrana, o Barcelona venceu o Óquei de Barcelos por 3-1, num jogo só resolvido nos derradeiros minutos. Ignacio Alabart inaugurou aos 13 minutos da primeira parte e o jogo seguiu tenso até aos últimos dois minutos da partida.
A dois minutos do fim, na 10ª falta barcelense, o aniversariante Pau Bargalló ampliou. Miguel Rocha reduziu de grande penalidade, mas, de pronto, João Rodrigues fez o 3-1. Pouco depois, Danilo Rampulla veria o azul e, apesar de Bargalló não conseguir voltar a bater Conti Acevedo, com menos um, a missão do Óquei de Barcelos tornava-se impossível.
O Barcelona somou a terceira vitória consecutiva, destacando-se do Óquei de Barcelos, que também tinha vitórias nas duas primeiras partidas. Aproximou-se o Forte, que venceu por 4-2 na recepção ao Liceo.
A equipa galega até esteve a ganhar, com um golo de Fran Torres, mas Checco Compagno fez o 1-1 com que se chegaria ao intervalo e consumou a reviravolta na etapa complementar. Joan Galbas desfeiteou Tiago Rodrigues para o 3-1, com Dava Torres ainda a reduzir de livre directo. No entanto, Francesco Rossi, a dois minutos do fim, "matou" a discussão.
Oliveirense também com terceira vitória
Tal como o Barcelona, a Oliveirense também somou uma terceira vitória e tem um patim nos quartos-de-final. A equipa de Edo Bosch chegou ao intervalo a vencer em Lodi por 0-2, com tentos de Bruno Di Benedetto e Facundo Navarro, e a deslocação a Lodi parecia destinada a ser cumprida com serenidade.
No entanto, a nove minutos do fim, Alessandro Faccin reduziu de grande penalidade. A (relativa) tranquilidade só chegaria com três minutos para jogar, quando Xavi Cardoso assinou o 1-3. Andrea Fantozzi ainda fez novo golo de castigo máximo, mas, com poucos segundos para jogar, estava escrito o 2-3 final.
No outro jogo do Grupo D, o Valongo, depois de um empate na recepção ao Lodi, cumpriu frente ao Saint-Omer, vencendo por 4-1, no resultado mais dilatado da ronda. Mas a equipa gaulesa que na pretérita temporada venceu no Municipal de Barcelos, até chegou ao intervalo a vencer, com um golo madrugador de Roc Llisa.
O Valongo igualou aos nove minutos, por Carlos Ramos, e a cambalhota no marcador só chegou a cinco minutos do fim, por João Almeida. O triunfo ganharia expressão na precipitação ofensiva dos franceses, em busca de outro resultado. Carlos Ramos e Francisco Silva aproveitaram para ampliar.
Porto recupera liderança
Depois de uma derrota em Tomar, o Porto venceu em Lleida, por 1-2, e regressou ao primeiro lugar do Grupo C.
Os campeões europeus adiantaram-se por Rafa e reforçaram a vantagem por Hélder Nunes para o 0-2 ao intervalo. Nos segundos 25 minutos, no reencontro de Nuno Paiva com o Porto [representou a equipa "B" dos dragões antes de partir para o périplo pelo estrangeiro], o Lleida conseguiria reduzir a seis minutos e meio do final, num livre directo de Sergi Folguera. A equipa de Ricardo Ares seguraria os três pontos.
O Porto regressou à liderança, agora em igualdade pontual com o Trissino, mas vantagem no confronto directo.
Os campeões italianos - com os portugueses João Pinto, Diogo Neves e ainda Reinaldo Garcia - receberam e venceram o Tomar por 4-2, num jogo em que os guarda-redes Stefano Zampoli e António Marante tiveram uma eficácia quase extrema nas bolas paradas. Em cinco oportunidades para cada lado, o italiano só permitiu um golo a Gonçalo Neto e o português um tento a Andrea Malagoli na recarga a uma grande penalidade, para um golo de elevada nota artística.
O Trissino de Tiago Sousa chegou ao intervalo a vencer com um golo solitário de Giulio Cocco. Malagoli ampliou na segunda parte, mas Gonçalo Neto reduziu pouco depois para um Tomar que voltou a não contar com Guilherme Silva, a cumprir o segundo de seis jogos de castigo. Em contra-ponto à ineficácia ofensiva dos pupilos de Nuno Lopes, o profícuo atacante catalão Jordi Mendez bisou para o 4-1 e "matou" o jogo. Xanoca ainda reduziu, mas - a três minutos do fim - acabava por já ser tarde.
Grupo A
• Barcelona 3-1 Óquei de Barcelos • 11.Jan
• Forte 4-2 Liceo • 11.Jan
Classificação: 1º Barcelona (9), 2º Óquei de Barcelos (6), 3º Forte (3), 4º Liceo (0)
• Liceo vs. Forte • 25.Jan, 20h30
• Óquei de Barcelos vs. Barcelona • 25.Jan, 21h
Grupo B
• Sporting 2-2 Calafell • 11.Jan
• Benfica 4-2 Reus • 11.Jan
Classificação: 1º Benfica* (6), 2º Sporting* (4), 3º Calafell (4), 4º Reus (0)
*menos um jogo
• Sporting vs. Benfica • 17.Jan, 19h30
• Calafell vs. Sporting • 25.Jan, 20h30
• Reus vs. Benfica • 25.Jan, 21h
Grupo C
• Lleida 1-2 Porto • 11.Jan
• Trissino 4-2 Tomar • 11.Jan
Classificação: 1º Porto (6), 2º Trissino (6), 3º Tomar (4), 4º Lleida (1)
• Porto vs. Lleida • 25.Jan, 20h
• Tomar vs. Trissino • 25.Jan, 21h
Grupo D
• Lodi 2-3 Oliveirense • 11.Jan
• Valongo 4-1 Saint-Omer • 11.Jan
Classificação: 1º Oliveirense (9), 2º Valongo (4), 3º Saint-Omer (3), 4º Lodi (1)
• Saint-Omer vs. Valongo • 25.Jan, 20h
• Oliveirense vs. Lodi • 25.Jan, 21h
Horário das partidas na hora local.
Sexta-feira, 12 de Janeiro de 2024, 16h35