Entre muitas cautelas e final emotivo, Clássico deu empate
Sporting e Porto empataram a três. Após uma primeira parte de muitas cautelas, os leões ganharam ascendente e destacaram-se, mas os dragões igualaram nos minutos finais. Ambos perdem pontos para Oliveirense, mais líder, e Benfica, mais perto.
Na abertura da 18ª jornada, Sporting e Porto empataram a três golos, com os dois pontos perdidos aproveitados por Oliveirense, que, na liderança, tem agora cinco pontos de vantagem sobre os leões, e por Benfica, que encurtou para cinco pontos a diferença para os dragões.
Com quatro “não seleccionáveis” de verde-e-branco e quatro portugueses de azul-e-branco, o jogo começou com muitas cautelas, muito mais receio de sofrer do que vontade de ganhar. A saída dos primeiros jogadores do banco, trouxe agitação ao jogo, mas muito aquém dos pergaminhos goleadores dos conjuntos de Alejandro Dominguez e Ricardo Ares, os dois melhores ataques do campeonato à entrada para esta jornada.
A pouco mais de um minuto para o intervalo, Hélder Nunes viu azul por falta sobre Matías Platero e João Souto foi eficaz perante Xavi Malián, inaugurando o marcador. Os adeptos e o jogo despertaram, mas até as faltas registadas em toda a primeira parte (4-4) mostravam alguma falta de intensidade, demasiadas cautelas de parte a parte apesar de, depois deste Clássico, ainda sobrarem oito jornadas na fase regular.
O golo de Souto desequilibrava a partida antes do intervalo, mas pouco depois do reatamento, Carlo Di Benedetto igualava. No entanto, nada seria o mesmo. Houve mais Porto nos momentos que se seguiram ao golo da igualdade, mas depois o Sporting foi em crescendo e, com outra dinâmica, “carregou” até ao golo.
A meio desta segunda parte, pouco depois das duas equipas chegarem às nove faltas, Rafael Bessa sublinhou o seu regresso após ter estado a contas com uma pubalgia, com um remate rasteiro e colocado para o 2-1. Dois minutos e meio volvidos, desmarcado com um passe longo, Ferran Font bateu um desamparado Malián para o 3-1 e, pouco depois, o Porto chegava à 10ª falta.
Só dava Sporting, mas João Souto não conseguiu repetir o sucesso do primeiro livre directo. Ângelo Girão e Edu Lamas, já “pegados” e advertidos antes, viram o azul. Tentou o Porto aproveitar a chamada de Zé Diogo para a baliza, mas o guardião habitualmente suplente cumpriu a sua missão durante três minutos.
Girão regressou com o Porto a reclamar várias vezes a 10ª falta. A dois minutos do fim, ainda antes de a conseguir, Carlo Di Benedetto voltou a marcar, mas, meio minuto depois, nova reclamação de Telmo Pinto redundou em segunda advertência e respectivo azul.
Gonzalo Romero, tantas vezes decisivo, não conseguiu transformar o livre directo em golo e, apesar da vantagem numérica, a 10ª falta dos leões “caía”. Com Gonçalo Alves a tentar o golo, Girão terá saído demasiado e levou uma segunda advertência e respectivo azul. E, pelos protestos, veria um terceiro azul, e respectivo vermelho.
Com nova oportunidade, Gonçalo Alves desfeiteou Zé Diogo para o 3-3 que seria final, ainda que o Sporting, num jogo que teria um último minuto com menos um jogador em cada equipa (pelo azul a Telmo e o terceiro azul a Girão), ainda procurasse o golo e reclamasse numa falta de Rafa, a 14ª dos dragões, um azul.
Na próxima jornada, com Champions League pelo meio, a Oliveirense desloca-se à Luz. O Sporting joga em Valongo e o Porto recebe o Murches.
18ª jornada
• Sporting 3-3 Porto • 24.Fev
• Murches 3-4 Benfica • 24.Fev
• Oliveirense 3-1 Braga • 24.Fev
• Carvalhos 4-6 Juv. Pacense • 24.Fev
• Tomar 3-2 Óquei de Barcelos • 24.Fev
• Riba d'Ave 4-2 Valongo • 24.Fev
• Turquel 3-1 Famalicense • 24.Fev
Classificação
1º Oliveirense (49), 2º Sporting (44), 3º Porto (43), 4º Benfica (38), 5º Tomar (36), 6º Óquei de Barcelos (28), 7º Valongo (22), 8º Juv. Pacense (21), 9º Murches (19), 10º Riba d'Ave (17), 11º Braga (17), 12º Famalicense (15), 13º Turquel (14), 14º Carvalhos (1)
Sábado, 24 de Fevereiro de 2024, 23h59