Calafell e Sant Just nas 'meias' com horas extra

Calafell e Sant Just vão defrontar-se nas meias-finais da Taça do Rei, depois de eliminarem Noia e Alcoi. O Calafell só resolveu nas grandes penalidades, o Sant Just venceu no último segundo do prolongamento.

Calafell e Sant Just nas 'meias' com horas extra

O primeiro dia dos quartos-de-final da Taça do Rei foram uma autêntica maratona, com Calafell e Sant Just a terminarem com motivos para sorrir. Anfitrião e estreante defrontar-se-ão na primeira meia-final, no próximo sábado.

Quis o sorteio que o primeiro jogo da Taça do Rei 2024 fosse o mais forte, entre actuais 2º e 4º classificados da OK Liga, e logo com o anfitrião Calafell, que levaria a melhor nas grandes penalidades por 4-5, depois de uma igualdade a três no fim do tempo regulamentar e do prolongamento.

Era uma partida também com a curiosidade da história, entrelaçada, dos dois treinadores. Em 2019, Ferran López chegava ao Calafell e Pere Varias estava no Noia. Trocaram de bancos em 2020 e voltaram a trocar - para as equipas actuais - em 2021. E, no final da época, já é oficial, ambos deixarão os respectivos cargos. Varias deixa o Noia para ser o seleccionador espanhol após o Mundial de Setembro e Guillem Cabestany será o novo timoneiro do Calafell que é agora de López.

Em pista, o jogo começou com ascendente da equipa da casa, com uma grande penalidade ganha aos sete minutos. Mas Blai Roca defendeu o remate de Sergi Miras e, meio minuto depois, Jordi Bargalló, na juventude dos seus 44 anos, inaugurava o marcador.

O Noia vencera no Joan Ortoll para a OK Liga por 1-2, mas, ainda na primeira parte desta partida dos “quartos”, permitiria a reviravolta, com Miras como protagonista. Nos últimos três minutos antes do descanso, o jogador que representou Sporting e Porto procurou servir Jordi Ferrer (”Ferreti”) e Xavi Costa interceptou para a própria baliza. Pouco depois, fazendo jus à alcunha de “metralleta” (”metralhadora”), Miras fez o 2-1 de meia distância.

O Noia entrou na segunda parte com nove faltas, mas geriu bem a situação. Aos seis minutos, forçou o azul a Ferreti e, apesar de Gabarró não conseguir bater Gerard Camps de livre directo, o capitão Aleix Esteller igualou a dois na superioridade numérica.

O Calafell teve oportunidade de reagir quase de pronto, com o Noia a cometer a 10ª falta, mas Blai Roca ganhou o duelo com Arnau Xaus. No entanto, em novo confronto entre os vice-campeões do Mundo de Sub-20 em 2015, depois de azul a Ivan Morales, Xaus desfeiteou Roca para nova vantagem dos da casa.

A eliminar, o Noia - já com dissabores na Champions League (afastado na 2ª fase de qualificação) e Taça WSE (afastado em casa pelo Monza) - tinha de tentar evitar a derrota. Tomou, com consentimento do adversário, conta do jogo e, mesmo sem grandes oportunidades, chegaria à igualdade a oito minutos do final, por Xavi Rovira.

O resultado não se alteraria até final dos regulamentares 50 minutos e, no tempo extra, houve mais receio de perder que vontade de ganhar, principalmente com o condicionamento das faltas, a uma de oferecer um livre directo ao adversário.

Seguia-se para as grandes penalidades. Jepi Selva marcou o primeiro para o Calafell e Xavi Rovira marcou o último para o Noia, e os penáltis continuavam. Jepi, oliveirense de 2016 a 2018, voltou a marcar e Rovira não conseguiu voltar a bater Camps.

Mérito de principiante

O Alcoi vencera o Sant Just para a OK Liga por 5-1 e adiantou-se aos 11 minutos, por Kyllian Gil, filho de Pedro Gil. Mas a equipa surpresa da presente edição do principal campeonato espanhol não se intimidou e ignorou fantasmas do passado. Iñaki Cabezas não tardou a igualar e Edu Fernandez, a um minuto do intervalo, virava o marcador.

O Sant Just estava melhor e o azul, aos sete minutos, a “Caco” Ceschin dava dupla oportunidade à equipa de Mia Ordeig dilatar. Mas nem Joan Pujalte converteu o livre directo, nem a equipa aproveitou a superioridade numérica. E acabaria por chegar à 10ª falta. Aos 12 minutos, chamado à marca de livre directo, Gonzalo Pérez, irmão do sportinguista Toni, disparou para o 2-2 com que se iria para tempo extra.

A equipa da comunidade valenciana entrou no prolongamento com nove faltas e veria o Sant Just adiantar-se a dois segundos do intervalo, por Joan Pujalte. E, na subida de linhas do Alcoi, a meio da segunda parte, Xavi Crespo fazia em contra-ataque um 4-2 que parecia definir o adversário do Calafell. Mas ainda não.

Logo no recomeço, Ferran Formatjé rematou para o 4-3 e, pouco depois, Gonzalo Pérez fazia o 4-4. Era um jogo de nervos e, se antes parecia que o Sant Just estava apurado, agora eram as grandes penalidades que pareciam certas. Pareciam. A um segundo do fim do prolongamento, Pujalte servia Xavi Crespo para o desvio na cara de Guiri para o, agora sim, definitivo 5-4.

Esta sexta-feira, joga-se para a outra meia-final. O Barcelona defronta o Reus e o Voltregà tem duelo marcado com o Igualada.

Quartos-de-final

• QF1 • Noia 4-5 Calafell (3-3, 0-0 prol., 1-2 pen.) • 7.Mar

• QF2 • Sant Just 5-4 Alcoi (2-2, 3-2 prol.) • 7.Mar

• QF3 • Barcelona vs. Reus • 8.Mar, 19h

• QF4 • Voltregà vs. Igualada • 8.Mar, 21h30

Meias-finais

• MF1 • Calafell vs. Sant Just • 9.Mar, 16h15

• MF2 • Vencedor QF3 vs. Vencedor QF4 • 9.Mar, 18h45

Final

Vencedor MF1 vs. Vencedor MF2 • 10.Mar, 20h

Horários das partidas na hora local.

AMGRoller Compozito

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