Dos mais velhos e dos mais novos
Dois anos depois de San Juan, o 'top-5' Mundial afina estratégias, mostra novas armas e confirma apostas na Taça das Nações tendo em vista novo Campeonato do Mundo. A campeã Argentina tem a média etária mais alta, a França a mais baixa.
A Taça das Nações tem um prestígio muito próprio e a conquista - como em todas as provas - é objectivo mais ou menos assumido das principais selecções mundiais. Mas, no reduzido número de momentos de selecções que o calendário competitivo permite, é um palco de excelência para preparar o desafio maior do Campeonato do Mundo.
Entre as cinco selecções mais bem classificadas no último Campeonato do Mundo (Argentina, Portugal, França, Itália e Espanha) haverá necessariamente algumas alterações nos elencos. Assim desejará Guillem Cabestany, assolado nesta Taça das Nações com uma autêntica razia de lesões de jogadores do Barcelona, e assim pensará Alex Bertolucci, que deixou em "casa" alguns dos seus craques do Forte.
Mas a Taça das Nações será um bom indicador de apostas e confirmações, de renovação e futuro.
Entre os 50 jogadores chamados a Montreux para representar as selecções do "Top-5" do último Mundial, Reinaldo Garcia é o mais velho. Inclusivamente, o jogador que falhou por opção própria San Juan é o único com mais de 36 anos, contando já 41 primaveras, mas sempre com um carimbo de elevada qualidade.
E a selecção albiceleste, campeã do Mundo, tem mesmo os quatro mais velhos deste lote em análise, com, para além de "Nalo", Lucas Ordoñez, Lucas Martinez e Valentin Grimalt, todos campeões do Mundo em San Juan. Ângelo Girão, a caminho dos 35, fecha o quinteto dos "mais experientes".
Entre os 10 com mais idade há cinco argentinos, quatro portugueses e um espanhol, catapultando a Argentina para a média de idades mais alta, apesar de surgirem novas apostas. A selecção de "Negro" Paez é a única cuja média está acima dos 30 anos (30.5). Portugal fica perto de ser, em média, trintão, com 29.9 anos no dia de arranque da Taça das Nações, seguindo-se Espanha (27.7), Itália (27.1) e a França (25.8).
Os franceses, agora orientados por Nuno Lopes, contam com o jogador mais novo destes 50. Marc Rouze, que fez 19 anos em Outubro, contribui para uma média de idades entre os jogadores de pista gauleses de apenas 24.6 anos, sendo que os guarda-redes Alain Audelin e Pedro Chambel são os únicos com 30 anos feitos. Neste segmento, excluindo os guardiões, a Itália tem 26.6 anos de média, a Espanha 27, Portugal e Argentina vão para além dos 30, com 30.3 e 30.5.
Curiosamente, o segundo mais novo da lista é colega de equipa de Rouze no Igualada. Nil Cervera, chamado para suprir ausências da lista inicial, é mais um produto do bom trabalho que os arlequins vão fazendo na potencialização dos jovens.
Entre os cinco mais novos, há três franceses - Rouze, Colin e o barcelense Leo Savreux - intrometendo-se então Cervera e ainda o italiano Morgan Antonioni, que completou 22 anos esta quinta-feira. O jogador do Lodi é o único, destas cinco selecções que festejará o seu aniversário nesta Taça das Nações.
Por mera curiosidade, nestes 50 jogadores, há sete da década de 80 (nascidos entre 1981 a 1990), 37 da década de 90 e seis do novo século e milénio. Há sete jogadores de 1997 e seis de 1996. Sete nascidos em Julho. Mas, na intersecção, não há nenhum nascido em Julho de 1996 ou 1997.
Quinta-feira, 28 de Março de 2024, 8h31