Eficácia de Carlo dita triunfo da França sobre Portugal
No fecho da 2ª jornada da fase de grupos da Taça das Nações, a França venceu Portugal por 6-5, com a eficácia de Carlo Di Benedetto a ser determinante. O atacante gaulês do Porto marcou quatro golos em cinco oportunidades de livre directo.
A França venceu Portugal por 6-5 no Grupo Livramento e entra na discussão pelo apuramento para as meias-finais. Esta sexta-feira, no fecho da fase de grupos, Portugal defronta a Espanha já a saber o resultado da França frente à Suíça. Caso os gauleses confirmem o seu favoritismo, a selecção das quinas tem de vencer a eterna rival com contas aos golos por fazer.
O segundo dia da Taça das Nações fechou com um duelo que já é grande na modalidade, entre França e Portugal. Ou não estivessem oito jogadores dos dois cincos iniciais no Campeonato Placard. Apenas os portugueses Pedro Chambel (Saint-Omer) e João Rodrigues (Barcelona) não disputam o dito "melhor campeonato do Mundo".
Paulo Freitas promoveu três alterações em relação ao cinco que começou frente à Suíça, com Ângelo Girão, Gonçalo Alves e João Rodrigues a juntarem-se aos "repetentes" Xavi Cardoso e Rafa. Mas a França entrou melhor.
Pressionantes, a imporem o seu físico, os franceses recuperavam rapidamente a bola e iam colocando à prova Girão. Aos sete minutos, João Rodrigues viu o azul num bloqueio a Bruno Di Benedetto e o irmão Carlo fez "justiça" de livre directo, para o 1-0.
Apesar do golo, mantinha-se a pressão gaulesa, mas outro azul, a Remi Herman, levou Gonçalo Alves para a marca de livre directo e o habitual homem-golo da selecção das quinas não perdoou, virando o jogo.
A equipa francesa, com menos rotação, acusou a igualdade e o passar dos minutos de alta intensidade e, aos 15 minutos, ficaria em desvantagem, novamente de bola parada, novamente com golo de Gonçalo Alves, agora a saltar do banco para cobrar uma grande penalidade ganha por João Souto. Pedro Chambel ainda defendeu o primeiro remate, mas Gonçalo manteve a frieza para a recarga.
Portugal ganhava ascendente e esteve várias vezes perto de dilatar a vantagem. Na França, Nathan Gefflot entrou na rotação e permitiu minutos de descanso aos colegas para um final de primeira parte aberto, com ataques rápidos de parte a parte. Mas sem golos.
Na etapa complementar, a 10ª falta de Portugal caiu com um minuto cumprido, e Carlo Di Benedetto voltou a bater Girão para nova igualdade. No entanto, quase de pronto, Gonçalo Pinto foi o mais lesto na área francesa e colocou novamente a equipa de Paulo Freitas na frente. E, logo a seguir, houve a 9ª falta gaulesa. E a 10ª.
Gonçalo Alves foi chamado a tentar mais uma vez bater Chambel, mas Nuno Lopes lançou Audelin e, talvez na surpresa, o "matador" português atirou ao lado. Mas, do outro lado, Carlo Di Benedetto era advertido pela segunda vez, agora por simulação, e havia azul e novo livre directo. Desta vez, avançou Hélder e ficou Pedro na baliza. Correu bem para "les bleus"... por momentos. No powerplay, Hélder Nunes redimiu-se e fez o 2-4.
Portugal estava por cima, sustendo a tentativa de resposta gaulesa. Mas, a 10 minutos do final, Roberto Di Benedetto, na zona frontal, onde já ensaiara várias vezes, assinou o 3-4. Acto contínuo, Portugal chegou à 15ª falta e Carlo, pela terceira vez, ganhou o duelo a Girão para uma igualdade que muitos já não esperariam. E, no mesmo minuto, o jovem Marc Rouze fazia o 5-4, com os jogadores lusos a reclamarem golo com o patim.
O jogo animava. Talvez demasiado para o gosto dos treinadores, com muita anarquia na posse de bola, mais coração do que cabeça. Funcionou para Hélder Nunes, que recuperou na meia pista francesa e bateu Chambel para o 5-5 num remate forte.
Portugal assumia uma dinâmica ofensiva que vinha faltando nos últimos compromissos, mesmo abdicando de Gonçalo Alves. Mas ambas as equipas iam somando faltas e tudo se encaminhava para uma decisão por bola parada.
A dois minutos e meio do final, Gonçalo Pinto viu azul por falta sobre Roberto Di Benedetto, seu colega no Benfica. Ao quarto duelo, Girão ganhou a Carlo. Logo a seguir, caía a 19ª falta lusa. E, no powerplay gaulês, a 14ª da equipa de Nuno Lopes.
O underplay português acabava com 30 segundos para o fim. Gonçalo Alves entrou e caiu numa disputa com o colega dragão Carlo junto à tabela e foi assinalada falta. Por simulação do português. Carlo faria o quarto golo de livre directo para o 6-5 final, ainda que Paulo Freitas arriscasse o cinco para quatro.
Grupo B (Livramento)
• Espanha 2-1 França • 27.Mar
• Portugal 8-0 Suíça • 27.Mar
• Espanha 7-1 Suíça • 28.Mar
• França 6-5 Portugal • 28.Mar
• Suíça vs. França • 29.Mar, 19h
• Portugal vs. Espanha • 29.Mar, 21h
Classificação: 1º Espanha (6), 2º França (3), 3º Portugal (3), 4º Suíça (0)
Horários das partidas na hora local (menos uma hora em Portugal continental).
Quinta-feira, 28 de Março de 2024, 22h16