Óquei de Barcelos volta a vencer Benfica e está na Final Four

Já com vantagem da primeira mão, o Óquei de Barcelos voltou a vencer o Benfica, agora na Luz e de goleada, por 1-5. Os barcelenses estão na Final Four da mais importante prova europeia, 20 anos depois.

Óquei de Barcelos volta a vencer Benfica e está na Final Four

20 anos depois, o Óquei de Barcelos está na Final Four da Champions League, a mais importante prova europeia. Campeões em 1991, os barcelenses estiveram pela última vez no decisivo fim-de-semana em 2004, em Viareggio. Então, seria derrotado pelo Porto nas meias-finais, enquanto na outra meia-final estiveram Barcelona, que venceria a prova, e Prato.

Com uma vantagem de dois golos depois do 4-2 da primeira mão, o Óquei de Barcelos foi praticamente perfeito na segunda mão, na Luz, vencendo por contundentes 1-5. Novamente sem Carlos Nicolía - "sofreu uma contusão muscular na coxa direita por traumatismo direto em contexto de treino", anunciaram as águias - o ataque do Benfica não encontrou soluções.

Atrás do prejuízo, o Benfica entrou melhor, pressionante e a evitar todas as saídas barcelenses para o ataque. Talvez por isso, e com o jovem Santiago Chambella como titular, mas a acusar algum nervoso miudinho, Rui Neto pediu desconto de tempo antes de estarem cumpridos seis minutos. Os barcelenses melhoraram e, apenas minuto e meio volvido, era a vez de Nuno Resende pedir paragem para corrigir os seus jogadores.

De regresso ao jogo, o primeiro golo não tardou. Para o Óquei de Barcelos. Alvarinho entrou com facilidade na área encarnada e bateu Pedro Henriques, para um tento que definiria muito do jogo. A vantagem barcelense passava a ser de três golos, obrigando o Benfica a atacar um bloco defensivo que estava confortável e que via Conti Acevedo não ter dificuldades de maior em manter a sua baliza inviolada nas poucas bolas que lhe chegavam.

Sem conseguirem chegar ao golo, o foco dos encarnados estava longe de ser o ideal. Na rotação de Rui Neto, ficavam em pista Poka, Miguel Rocha e Luís Querido, três "franco-atiradores". Aos 14 minutos, Poka, de muito longe, rematava para o 0-2. O Benfica acusava a desvantagem. Falhava passes e marcações em minutos do mais surreal que Nuno Resende talvez tenha visto a sua equipa fazer esta época.

Luís Querido não conseguiu converter uma grande penalidade, mas o Benfica também não conseguiria melhor de livre directo depois de azul a Miguel Vieira. Conti defendeu o forte remate de Zé Miranda e os barcelenses taparam bem os caminhos em inferioridade numérica. E até chegariam ao golo. Alvarinho surgiu isolado em jeito de aviso e, em nova oportunidade, Danilo Rampulla faria mesmo o 0-3.

Os cinco golos de diferença na eliminatória ao intervalo eram praticamente uma sentença, mas o Benfica voltou a entrar pressionante, a mostrar crença. Mas pouco acerto. No carrossel, havia sempre um passe que se perdia, uma bola que escapava. Tantas vezes solução, Nicolia fazia muita falta. A Conti, bastava estar atento.

O Óquei de Barcelos chegava às nove faltas, mas conseguiria assim mais dois golos. No embalo ofensivo dos encarnados, Miguel Rocha e Alvarinho, aos seis e oito minutos e meio, surgiam sós perante um desamparado Pedro Henriques e ampliavam para um escandaloso 0-5. Parecia fácil.

Lucas Ordoñez foi chamado à 10ª falta barcelense, mas não conseguiu bater o compatriota Conti, como Miguel Rocha também não conseguiria desfeitear Pedro Henriques. Os minutos passavam, os encarnados não conseguiam chegar ao golo, mas Rui Neto desesperava com os seus jogadores, que iam - compreensivelmente - relaxando. Mas o trabalho estava feito. O Óquei de Barcelos estava na Final Four.

Pol Manrubia, de regresso após lesão e intervenção cirúrgica, ainda reduziu a cinco minutos do fim, a passe de Lucas Ordoñez depois do argentino ter perdido novo duelo, agora de grande penalidade, com Conti. Era o tento de honra numa exibição tímida, o canto de cisne dos encarnados na prova europeia. O Benfica não está nos quatro últimos desde 2021, quando houve modelo alternativo em virtude de pandemia. Não participou em 2022, caiu nos "quartos" em 2023. E, agora, novamente em 2024.

Na Final Four, a 11 e 12 de Maio, estará então o Óquei de Barcelos, defrontando nas meias-finais a Oliveirense, que venceu o Trissino por 8-5.

Quartos-de-final - 1ª mão

• QF1 • Sporting 4-1 Barcelona • 14.Mar

• QF2 • Lodi 1-4 Porto • 14.Mar

• QF3 • Óquei de Barcelos 4-2 Benfica • 14.Mar

• QF4 • Trissino 4-4 Oliveirense • 14.Mar

Quartos-de-final - 2ª mão

• QF3 • Benfica 1-5 Óquei de Barcelos • 11.Abr

• QF1 • Barcelona 5-4 Sporting • 11.Abr

• QF2 • Porto 9-4 Lodi • 11.Abr

• QF4 • Oliveirense 8-5 Trissino • 11.Abr

Meias-finais

• MF1 • Sporting vs. Porto • 11.Mai

• MF2 • Óquei de Barcelos vs. Oliveirense • 11.Mai

Final

Vencedor MF1 vs. Vencedor MF2 • 12.Mai

AMGRoller Compozito

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