Oliveirense vira resultado e marca 'negra' para a Luz

A Oliveirense virou o jogo no início da segunda parte e leva a decisão da meia-final para a Luz. Num jogo com muitos momentos de tensão, com contestação de ambos os lados, Pedro Henriques acabou por ser considerado expulso após o apito final.

Oliveirense vira resultado e marca 'negra' para a Luz

Em mais um jogo intenso e discutido até ao apito final - e, noutro contexto, até para lá do apito - a Oliveirense venceu o Benfica por 2-1 e iguala a meia-final do play-off do Campeonato Placard. A decisão do finalista fica adiada para quinta-feira, 13 de Junho.

Tem sido uma série quente. Os dois primeiros jogos só foram decididos nas grandes penalidades, ambos com vitória do visitante. Depois, o Benfica venceu em casa, com uma Oliveirense a mostrar cansaço. Parecia meio "moribunda", a equipa de Oliveira de Azeméis para quem a época já vai muito longa, mas, neste quarto jogo, que tinham de vencer "sim ou sim", mostraram outra frescura. E foram empurrados por uma moldura que talvez não se visse desde o Europeu de 2016, então com a selecção portuguesa em pista.

A partida começou viva, mas desde cedo a entrar no risco do tal "critério largo". Houve cedo uma rasteira sobre Carlos Nicolia que poderia ter dado azul e, aos oito minutos, Lucas Martinez sofreria um enganchamento claro, daqueles de manual. Num caso e noutro, siga jogo. E, naturalmente, pautado por protestos de um e outro lado.

Teve algum ascendente o Benfica na fase inicial, mostrando a Oliveirense mais argumentos na segunda metade desta primeira parte, aproveitando a rotação - sem Lucas Ordoñez, lesionado - dos encarnados.

No entanto, no jogo partido, a cinco minutos do intervalo, Zé Miranda surgiu sozinho e teve tempo para picar e bater o companheiro de Selecção (Sub-23) Xano Edo para o primeiro golo, único de primeira parte que não terminaria sem um lance muito contestado pela equipa da casa, com advertências para muita gente.

De resto, a partida terminaria com nove advertências à equipa da casa (numa ficha de 16 elementos) e quatro aos visitantes, e ainda dois azuis exibidos a jogadores da Oliveirense e três aos do Benfica. Em faltas de equipa, houve 12 para os pupilos de Edo Bosch e nove para os de Nuno Resende.

De regresso ao jogo jogado e para a segunda parte, a Oliveirense não poderia desejar melhor reinicio. Logo no primeiro lance, Nuno Santos e Facundo Navarro trabalharam bem sobre a esquerda e o português serviu o argentino para um golo "fácil". Pouco depois, Pablo Álvarez via azul e Lucas Martinez não perdoou, com um tiro certeiro de livre directo a concretizar a reviravolta.

Tinha o Benfica de assumir o jogo, se queria despachar já a meia-final, mas nunca conseguiu "domar" o adversário apesar deste se encontrar com nove faltas. A Oliveirense continuou agressiva, vertical e com Xano Edo em bom plano, de resto como Pedro Henriques, a não permitir que a desvantagem da sua equipa se agravasse.

Aos 13 minutos, cairia a 10ª falta dos visitados, mas, desta feita, Carlos Nicolia não conseguiria desfeitear Xano, com lição retida da partida anterior. Mesmo que houvesse uma repetição que motivou empurrões e muita discussão na outra área, na luta por dois centímetros mais à frente para uma eventual segunda bola.

Na segunda defesa de Xano, o pavilhão "explodiu" como se tivesse sido golo, como só voltaria a explodir noutra defesa do guarda-redes internacional português sobre o apiro final. E, logo na resposta, Zé Miranda veria o azul na saída da Oliveirense para o contra-golpe.

Nem Martinez voltou a bater Pedro Henriques, nem o powerplay deu golo. E a estratégia de Edo Bosch, já nos 10 minutos finais, passava a ser de gestão, com posses largas no espaço e no tempo.

O Benfica procurou tudo, ainda que fosse faltando entrosamento para desequilibrar a defensiva contrária. Nesse "tudo", Nuno Resende arriscou sem guarda-redes nos derradeiros 40 segundos, quando o curso do jogo o permitiu. Viu um remate distante passar muito perto do poste direito da sua baliza e, num derradeiro assomo dos encarnados, Nuno Santos veria azul por falta sobre Pablo Alvarez.

No duelo por uma vitória ou um prolongamento, Xano Edo voltou a levar a melhor sobre Carlos Nicolia e festejou a Oliveirense. Entre a efusiva celebração e a frustração da derrota, instalou-se a confusão, com muita discussão, muitos empurrões. E um vermelho a Pedro Henriques.

Meias-finais à melhor de cinco

• MF1/1 • Porto 4-2 Sporting • 30.Mai, 15h

• MF2/1 • Benfica 3-4 Oliveirense (2-2, 0-0 prol., 1-2 pen.) • 30.Mai

• MF1/2 • Sporting 6-3 Porto • 2.Jun

• MF2/2 • Oliveirense 5-6 Benfica (2-2, 1-1 prol. 2-3 pen.) • 2.Jun

• MF2/3 • Benfica 4-2 Oliveirense • 5.Jun

• MF1/3 • Porto 5-1 Sporting • 6.Jun

• MF1/4 • Sporting 4-2 Porto • 9.Jun

• MF2/4 • Oliveirense 2-1 Benfica • 9.Jun

• MF1/5 • Porto vs. Sporting • 12.Jun, 20h30

• MF2/5 • Benfica vs. Oliveirense • 13.Jun, 19h

Final à melhor de cinco

Vencedor MF1 vs. Vencedor MF2

AMGRoller Compozito

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