Porto na frente e a um triunfo do título
Fazendo valer o 'factor casa', o Porto voltou a vencer o Benfica e está a uma vitória do título. Os dragões protagonizaram a melhor exibição da final, Hélder Nunes bisou e Malián esteve intransponível nas bolas paradas.
O Porto venceu o terceiro jogo da final do play-off do Campeonato Placard por 4-1 e volta a estar na liderança da série, agora a apenas um triunfo do 25º título de campeão nacional.
Na habitual entrada forte no Dragão Arena, os pupilos de Ricardo Ares beneficiaram de uma grande penalidade, sobre Carlo Di Benedetto, logo aos dois minutos e meio, mas Pedro Henriques ganhou o duelo a Gonçalo Alves. No entanto, instantes depois de cumpridos os cinco minutos de jogo, o Porto adiantava-se mesmo, numa extraordinária triangulação entre Telmo Pinto, Rafa e Carlo, com o gaulês a finalizar.
O Benfica, tal como no primeiro jogo, mais afoito na pista do rival do que em outros anos, tentou pegar no jogo em busca da igualdade. Roberto Di Benedetto reclamou falta na área de Rafa, não concedida, mas depois foi mesmo assinalada grande penalidade de Gonçalo Alves sobre Carlos Nicolia. O próprio argentino tentou a conversão, mas Malián defendeu. Um minuto volvido, nova grande penalidade, de Telmo sobre Pablo Álvarez e Zé Miranda atirou ao ferro.
As bolas paradas começavam a ter o seu peso. Nas frias contas finais, as três bolas desperdiçadas pelos encarnados quase se anulam nas duas que o Porto não aproveitaria, mas a eficácia de Hélder Nunes na etapa complementar seria determinante.
Ainda nos primeiros 25 minutos, houve um Benfica a assumir a necessidade de igualar, mas com poucas soluções para desmontar a defensiva dos dragões. E houve muita conversa com os árbitros Miguel Guilherme e Joaquim Pinto. A três minutos do descanso, as argumentações com os árbitros tiveram o seu ponto caricato. Joaquim Pinto assinalou falta de Rafa sobre Gonçalo Pinto e o jogador dos encarnados pediu azul. O enganchamento parecia claro, daqueles de manual, e os árbitros foram confirmar aos Sistema de Revisão de Vídeo. E reverteram a decisão... para falta do Benfica, possivelmente no bloqueio anterior a Rafa.
A segunda parte durou 14 minutos. Não que não fossem jogados os regulamentares 25, mas depois do 4-1 houve um encaixe total, sem mais. No que foi "jogado", o Porto desequilibrou de livre directo. E na arte de Rafa.
Carlo Di Benedetto até viu Pedro Henriques negar-lhe uma oportunidade de livre directo, mas, minuto e meio volvido, Hélder Nunes mostrava saber como desfeitear o guardião internacional português, ampliando para 2-0 na 10ª falta do Benfica. Cairia também a 10ª falta do Porto e Malián voltou a ser eficaz perante Nicolia, para, um minuto depois, a 13 do fim, Rafa, numa picadinha de belo efeito, fazer o 3-0.
No recomeço da partida, os encarnados chegavam enfim ao golo que procuravam, com Nicolia a aproveitar as pernas na frente de Malián para bater o guarda-redes catalão do Porto. Mas seria a única vez que seria batido. E, a 11 minutos do fim, Gonçalo Pinto via azul e Hélder voltava a bater Pedro Henriques.
O 4-1 seria final. Apesar de surgir nesta final mais descomplexado nos jogos no Dragão Arena - e, se lhe correr bem a quarta partida, ainda terá mais um - o Benfica não consegue ali vencer perante público desde Dezembro de 2014.
O quarto jogo, na Luz, no próximo dia 26, foi antecipado para as 18h. Porque às 20h, horário inicialmente definido, há pontapé na bola entre Portugal e Geórgia para o mediático Campeonato da Europa de Futebol.
Final à melhor de cinco
• J1 • Porto 5-3 Benfica (2-2, 3-1 prol.) • 16.Jun
• J2 • Benfica 5-2 Porto • 19.Jun
• J3 • Porto 4-1 Benfica • 23.Jun
• J4 • Benfica vs. Porto • 26.Jun, 18h
• J5* • Porto vs. Benfica • 30.Jun, 15h
¹ se necessário
Segunda-feira, 24 de Junho de 2024, 7h53
