Vitórias de Portugal, Catalunha e Chile

A GoldenCat arrancou com triunfos portugueses sobre a França, da Catalunha frente a França no feminino e Itália no masculino, e do Chile, com reviravolta sobre a Itália no feminino. Raquel Santos destacou-se individualmente, com um hat-trick.

30.Ago.2024 GoldenCat

Foto de capa: Federació Catalana de Patinatge

A GoldenCat arrancou com duplo duelo entre Portugal e França no primeiro dia, curiosamente em duas partidas com o mesmo desfecho: vitória lusa por três golos sem resposta.

No feminino, o favoritismo era português, sendo consumado em triunfo com um hat-trick de Raquel Santos. A atacante do Benfica, a mostrar-se totalmente recuperada de uma lesão complicada, marcou no último minuto da primeira parte e, depois de ampliar aos nove minutos da etapa complementar, no último minuto da partida.

No masculino, o duelo entre as selecções de Nuno Lopes e Paulo Freitas era aguardado com expectativa. Ainda que ambos soubessem que as duas selecções avançarão para as meias-finais.

Depois de um triunfo gaulês em Montreux, a França surgiu a assumir mais o jogo na primeira parte, com Portugal mais na expectativa, mais cauteloso.

O jogo, com pouco público, aqueceu aos 12 minutos, com Roberto Di Benedetto e Zé Miranda, companheiros no Benfica, a verem o vermelho. O português teve uma estreia aziaga na selecção principal, expulso menos de dois minutos e meio depois de entrar.

Mesmo sem uma das suas principais referências, a França teve algum ascendente até ao intervalo, e teve uma soberana oportunidade de se adiantar numa grande penalidade, mas Remi Herman atirou à barra da baliza à guarda de Xano Edo, que jogou toda a primeira parte. Na segunda, entrou Ângelo Girão, sem diferença na baliza. O desequilíbrio aconteceria num maior desgaste entre os gauleses e maior eficácia lusa.

O nulo durou até nove minutos do fim, sobrevivendo à 10ª falta francesa (pouco agressivo, Portugal tinha apenas duas) que Hélder Nunes não conseguiu transformar em golo perante Chambel. Em nova bola parada, uma grande penalidade, Gonçalo Alves inaugurou o marcador. Logo no ataque seguinte, Gonçalo Pinto fez o 0-2, num rude golpe para a selecção de Nuno Lopes.

Já nos dois minutos finais, novo livre directo para Portugal, desta feita com Gonçalo Alves a ser chamado. Talvez inspirado pelo erro de impressão na camisola que usou na segunda parte (com o seu 77 nas costas e o 78 de Hélder Nunes no peito), levou a bola em vez do habitual remate directo e, com arte, voltou a ganhar o duelo a Chambel, fixando o resultado final.

Chile vira resultado, mesmo sem Cata

Nos outros jogos da competição feminina, destaque para a vitória do Chile sobre a Itália por 3-4, sendo a nota negativa a lesão de Cata Flores logo aos 20 segundos (não voltaria ao jogo), atingida por um remate da companheira Maca Ramos que, com a mira mais acertada, até marcaria dois golos na partida. A Itália esteve a vencer por 3-1, com bis de Elena Tamiozzo, mas o Chile virou o marcador.

Mais esperada era a vitória catalã frente à França, e a equipa de Josep Maria Barberà triunfou por claros 1-6, já vencendo ao intervalor por 0-3. Destaque os "bis" de Nara López e Carla Fontdegloria em dia de uma dura jornada dupla para as francesas. Algo que tocará às anfitriãs, Chile e Portugal esta sexta-feira e à Itália no sábado.

Valor catalão, com Font a bisar

Ferran Font inaugurou a oito minutos do intervalo, aproveitando uma queda do ex-colega Alessandro Verona na saída para o ataque. Menos de dois minutos depois, Jordi Bargalló assistiu a meia altura Toni Salvadó para um golo com uma grande dose de felicidade.

Alberto Pozzato, com uma bela picadinha, não tardou a reduzir, relançando a partida antes do intervalo, mas, logo após o reatamento, Compagno viu azul e permitiu a Ferran Font, num livre directo de belo efeito, ampliar para 3-1.

A Itália aponta no Mundial que organiza a um dos lugares no pódio, o que não consegue desde 2003, e procurou contrariar os valores da selecção catalã. A nove minutos do fim, Andrea Malagoli, oportuno, reduziria para 3-2, mas, na 10ª falta italiana, apesar de Font não conseguir sacar novo coelho da cartola, o passe para uma segunda bola encontrou Sergi Llorca, que rematou fortíssimo para fazer o definitivo 4-2.