Final catalã no feminino
A final feminina da Eurockey Cup de Sub-17 é catalã, entre Manlleu e Palau. Seria o esperado, mas, não obstante as derrotas, fica uma excelente imagem das portuguesas do Parede e Académica. A Briosa só cedeu no prolongamento.
A final da competição feminina da Eurockey Cup de Sub-17 é entre as catalãs do Manlleu e as catalãs do Palau. Nada que se estranhe, sendo que o "anormal" na superioridade que a Catalunha tem no feminino, foi a réplica das duas equipas portuguesas.
Na primeira meia-final, o Manlleu venceu o Parede por 4-2.
Nos primeiros 10 minutos de jogo, a equipa catalã deu um passo de gigante rumo ao apuramento para a final. Ou melhor, três. Martina Cobo inaugurou o marcador e Tania Padrosa, já claramente diferenciada no escalão, bisou para o 3-0.
Na primeira parte, o melhor que o Parede conseguiu foi reduzir para 3-1, por Sara Correia, mas nunca viraria a cara à luta apesar do reconhecido favoritismo das catalãs. Num bom augúrio para a temporada que agora começa, as jogadoras de Cristiano Agulhas criariam várias oportunidades para voltar a marcar, particularmente em saídas rápidas para o ataque proporcionadas por um bloco defensivo bem organizado.
A seis minutos do final, de livre directo, Tania Padrosa era eficaz de livre directo para um 4-1 que praticamente sentenciava a partida, mas nem assim o Parede baixou os braços. Arriscou tudo, fez "cinco-para-quatro" e foi premiado com um segundo golo, por Vera Boullosa.
Coimbra é uma lição
Na segunda meia-final, o Palau venceu a Académica por 4-2, mas apenas no prolongamento, quando já faltavam pernas - e fôlego - às estudantes.
A iniciativa foi das catalãs, mas a Académica defendeu bem e, com uma superlativa exibição de Sara Almeida, o jogo chegou com nulo ao intervalo.
Na etapa complementar, com apenas minuto e meio decorrido e depois de azul a Martina Gay, a Académica adiantava-se de livre directo, por Maria Miguel Folgado. E, quatro minutos volvidos, Clara Peixoto ampliava de grande penalidade.
O Palau tentava tudo, esbarrando consecutivamente em Sara Almeida. Mas tantas vezes o cântaro foi à fonte, que a pressão catalã redundaria mesmo em golo. A oito minutos do final, Martina Gay reduzia.
A Briosa unia-se. Ia buscar forças onde já não parecia haver. O banco celebrava as defesas de Sara Almeida como se de golos se tratasse. Se o projecto do Parede se lança este ano, o da Académica já tem história. Como a presença na Eurockey Cup de Sub-15 em 2022, em que a equipa liderada por Diana Melo conquistou todos com uma alegria contagiante. E, dois anos volvidos, aparentemente inesgotável.
O Palau chegaria à igualdade a dois minutos do fim do tempo regulamentar, por Èlia Singla, num prémio para a persistência catalã. Mas o "mero" prolongamento não deixava de ser um prémio para a equipa portuguesa, e a treinadora coimbrã reflectia isso. Acontecesse o que acontecesse, estava ganho.
No prolongamento, com menos um em pista, a melhor condição física do Palau, também a usar mais jogadoras ao longo da partida, reflectiu-se. A Académica até terminou a primeira parte a atirar uma bola no ferro, mas "cairia" a 48 segundos do fim, com um desvio na área a trair a épica exibição de Sara Almeida. Ainda houve tentativa de ataque sem guarda-redes, mas redundaria, sobre o apito, no quarto tento do Palau.
A final está agendada para as 10h deste domingo.
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Meias-finais
• Manlleu 4-2 Parede • 5.Out
• Palau 4-2 Académica (2-2, 2-0 prol.) • 5.Out
Final
• Manlleu vs. Palau • 6.Out, 10h30
Horários das partidas na hora local. Menos uma hora em Portugal continental.
Sábado, 5 de Outubro de 2024, 20h09