Quatro candidatos avançam para as meias-finais

Porto, Benfica, Oliveirense e Sporting, os quatro candidatos a ganhar seja que competição for, são os semifinalistas da Elite Cup.

12.Out.2024 EliteCup

São candidatos a ganhar tudo, seja em competições nacionais ou internacionais, e não facilitaram nos quartos-de-final da Elite Cup. Nas meias-finais, há jogos grandes entre Porto e Oliveirense e entre Benfica e Sporting.

Óquei de Barcelos e Riba d'Ave ainda chegaram ao intervalo com tudo completamente em aberto, mas Porto e Benfica impuseram-se na etapa complementar.

Porto melhor no primeiro de três actos

Entre os finalistas da primeira edição oficial, em 2021, com o Óquei de Barcelos a vencer nesse ano e o Porto a vencer no ano seguinte, os dragões venceram por 6-1.

Carlo Di Benedetto teve oportunidade de marcar de livre directo ainda nos primeiros cinco minutos, mas seria Luís Querido, aos seis, na recarga a uma grande penalidade, a inaugurar o marcador. O Porto foi em busca da igualdade, mas esbarrou em Conti. Apenas a quatro minutos do intervalo é que, num contra-ataque rápido, Ezequiel Mena, enfim, desfeiteou o compatriota.

Na segunda parte, o Porto - ainda mais dominante - transformou em golos o seu ascendente. De grande penalidade, Gonçalo Alves deu vantagem ao Porto. Os dragões chegaram à 10ª falta e Luís Querido atirou ao poste aos 12 minutos. Pouco depois, Telmo Pinto assinava o 3-1.

A nove do final, Hélder Nunes marcou de livre directo depois de azul a Danilo Rampulla, e Telmo Pinto voltou a dilatar, fazendo o seu segundo da partida para o 5-1. Mena fechou as contas do encontro em 6-1, no quinto golo dos dragões numa segunda parte em que dominaram por completo.

Porto e Óquei de Barcelos voltarão a encontrar-se já nas próximas duas semanas: neste mesmo palco de Odivelas, para a Supertaça, a 19 de Outubro, e na ronda inaugural do Campeonato Placard, a 23, então em Barcelos.

Póquer no regresso

O Benfica, detentor do troféu, venceu o estreante Riba d'Ave por 6-2 e quebrou a tradição do vencedor da edição anterior ficar pelos quartos-de-final.

Com a "fava" de ficar de fora a sair a Pol Manrubia, João Rodrigues assinou dois golos nos primeiros minutos para assinalar o seu regresso às águias, mas o Riba d'Ave não se rendeu a celebrações. Em três minutos e meio, com golos de Franco Posito e Rui Silva ("Folhetas"), restabeleceu a igualdade. E, mesmo com 13 minutos para jogar e o Benfica a pressionar, seguraram-na - com Alvaro Sheda em destaque - até ao descanso.

Na etapa complementar, o Benfica voltou a entrar forte e partiu definitivamente para o triunfo. Pau Bargalló estreou-se a marcar em competições portuguesas e João Rodrigues juntou mais dois golos para o póquer. Com o jogo controlado, restou um golo de Gonçalo Pinto, a fechar as contas a três minutos do final.

Uma parte de avanço

No terceiro jogo dos quartos-de-final, o Tomar deu uma parte de avanço e a Oliveirense venceu por 5-1.

A equipa de Oliveira de Azeméis, agora com Nuno Resende ao leme, foi sempre melhor na primeira parte, sem que o Tomar - irreconhecível - conseguisse colocar o seu jogo em pista. Poderia ter-se adiantado logo aos nove minutos e meio, num livre directo de Lucas Martinez depois de azul a Lucas Honório, mas o internacional argentino não aproveitou. Na superioridade numérica, outro mundialista pela Argentina, Facundo Navarro inauguraria o marcador.

Navarro seria mesmo a figura maior da primeira parte, assinando os três golos com que se chegou ao intervalo. Voltaria a marcar a seis minutos do intervalo, aproveitando nova superioridade numérica (pontual, com Filipe Almeida a ficar para trás a queixar-se de uma falta) para "fuzilar" Marante, e um minuto volvido, num característico movimento da direita para o centro.

Na etapa complementar, o Tomar mostrou outra face e, aos cinco minutos, numa boa triangulação, Pedro Martins finalizou para o 3-1. A Oliveirense procurou controlar a reacção tomarense com uma defesa um pouco mais baixa e posses de bola mais longas. "Mandava" o Tomar, mas, sem que a equipa de Nuno Lopes lograsse voltar a marcar nas várias oportunidades de que dispôs, a Oliveirense não desperdiçou as suas para matar o jogo.

Marc Torra, na recarga a uma grande penalidade, fez o 4-1 que era um golpe duro na busca tomarense de outro desfecho, e Diogo Abreu, numa perda de bola defensiva do Tomar, assinou o 5-1 que acabaria por ser final.

Resende, treinador detentor do troféu, que conquistou pelo Benfica em Tomar, segue em busca de uma revalidação que seria inédita.

Sporting atrás da tradição

Na estreia de Edo Bosch no banco do Sporting em provas oficiais nacionais (juntando-se às estreias, entre treinadores, de Edu Castro no Benfica e Nuno Resende no regresso à Oliveirense), os leões venceram o Valongo por 3-1. Para já, alimentam a tradição de que o finalista vencido de uma edição vence a seguinte.

A vitória começou a ser construída cedo. Com pouco mais de um minuto decorrido, Francisco Silva viu azul. João Souto não conseguiu converter o livre directo, mas redimiu-se no powerplay, concretizando o 1-0 com um oportuno desvio.

Os primeiros a saírem do banco leonino foram, curiosamente, Facundo Bridge e Rafa Bessa, jogadores de Edo Bosch quando orientou o Valongo. Mas eram os valonguenses que, com uma boa reacção ao golo sofrido, estavam por cima. Valia Girão a segurar a vantagem, ressentindo-se mesmo de um remate forte que desviou com o capacete, enquanto os ferros da baliza de Gonçalo Bento ("Guga") não deixavam que os leões chegassem ao segundo tento.

A reacção do Valongo foi esmorecendo com o passar dos minutos e, a dois e meio do intervalo, Toni Pérez com engenho e muita arte, "picou" para bater Guga, estabelecendo o 2-0 com que se chegou ao intervalo.

Nos segundos 25 minutos, Henrique Magalhães fez cedo o 3-0 e o Sporting geriu a partida. O Valongo, sem nunca baixar os braços, teve o seu prémio a seis minutos e meio do fim, com João Almeida a marcar de grande penalidade. E houve crença em mais, mas os leões defenderam bem.

Nota para o "susto" com Gonzalo Romero, com cinco minutos para jogar. O internacional argentino gritou bem alto as suas dores - a recordar os gritos de Dario Giménez na última edição da Elite Cup - e saiu em braços. A disponibilidade para o dérbi com o Benfica deste sábado, e para os jogos que se seguem, está dependente de avaliação clínica.