Oliveirense garante primeira final nos livres directos

A Oliveirense está, pela primeira vez, na final da Elite Cup enquanto prova oficial. O Porto anulou, perto do final, uma desvantagem de dois golos consentida nos primeiros cinco minutos, mas Bruno Di Benedetto desempatou nos livres directos.

12.Out.2024 EliteCup

Pela primeira vez em quatro edições oficiais, a Oliveirense está na final da Elite Cup. A equipa de Oliveira de Azeméis venceu o Porto, no desempate por livres directos, por 2-3.

Nuno Resende, que se pode tornar o primeiro jogador ou treinador a vencer oficialmente a prova duas vezes, não podia desejar melhor entrada. Franco Platero inaugurou o marcador com minuto e meio jogado e Marc Torra ampliou ainda não estavam cumpridos cinco, servido por Navarro que foi descoberto solto por Nuno Santos.

Ia o Porto atrás do "prejuízo", como já fora na véspera, mas agora a ter de recuperar de dois golos. A Oliveirense fechou-se bem, bem organizada e com Xano Edo atento e seguro entre os postes e o marcador não se alterou até ao intervalo. De facto, nem até aos cinco minutos finais.

Antes, na etapa complementar, Hélder Nunes teve um primeiro duelo com Xano de livre directo, depois de azul a Platero. Hélder desperdiçou e o Porto também não aproveitou a superioridade numérica, pese um 4x3 muito pressionante, sufocante mesmo, ainda que os dragões já tivessem chegado às nove faltas.

A 10ª falta do Porto caiu a meio desta segunda parte, num bloqueio no ataque. Lucas Martínez acertou na barra e, na repetição, acertou no poste. Pouco depois, teve Gonçalo Alves uma bola parada, uma grande penalidade, mas também não conseguiu transformar em golo. Brilhavam os guarda-redes.

No embalo ofensivo dos dragões, a Oliveirense tinha mais espaço. A seis minutos do fim dos regulamentares 50, Torra também não conseguiu marcar de castigo máximo e Malián segurava a equipa de Ricardo Ares no jogo em várias situações de ataques azuis-e-brancos sem oposição. A Oliveirense não "matava" e veria o Porto recuperar.

Ares parou o jogo com cinco minutos para jogar. E o Porto voltou à pista para dar tudo. Reclamou um golo que não foi validado e, depois de azul a Martínez, Carlo Di Benedetto reduzia, no mote para os minutos finais. Já no derradeiro, Xano Edo ainda parou a incursão de Rafa, mas não foi lesto a afastar - e faltou-lhe "manha" para esconder a bola - e Gonçalo Alves igualou.

Ficava tudo por decidir em três livres directos para cada lado, como é prática em torneios como a Eurockey Cup. Hélder não conseguiu marcar na finta e Bruno Di Benedetto desfeiteou Malián. Gonçalo Alves atirou ao lado e Lucas Martinez - a poder fechar - não fez melhor. Carlo Di Benedetto tinha toda a pressão em si. Como no Mundial, nos últimos segundos do jogo com Portugal, acertou no poste. Infeliz. Explodia de felicidade a Oliveirense.