Pedro fechou a porta, e abriu a janela ao apuramento do Benfica
Pedro Henriques foi um muro intransponível para o Óquei de Barcelos e o Benfica, com eficácia também no ataque, garantiu o apuramento para a Final Four. As águias disputarão o troféu com Sporting, Juventude Pacense e Oliveirense.

Sporting, Juventude Pacense, Oliveirense e Benfica são os semifinalistas da Taça de Portugal, numa Final Four que se disputará a 30 de Abril e 1 de Maio em Vila Nova de Famalicão.
O Clássico entre Óquei de Barcelos e Benfica, com vitória das águias por 0-3, fechou uns quartos-de-final que começaram com a vitória do Sporting sobre o Braga.
A partida começou praticamente com azul a Rampulla e Di Benedetto, no reflexo de um jogo de "mata-mata", de "vida ou morte", nesta Taça de Portugal. O Óquei de Barcelos teve quase sempre mais iniciativa, mas a eficácia dos encarnados, a defender e a atacar, foi determinante.
Pau Bargalló fez o primeiro aos nove minutos e Diogo Rafael ampliou aos 13, e a vantagem encarnada de dois golos vincou ainda mais a toada que vinha do início da partida.
A oito minutos do intervalo, Nil Roca finalizava um ataque rápido que começou numa eventual falta das águias, em lance muito contestado pelos barcelenses junto da dupla minhota de Carlos Correia e Pedro Figueiredo, e a desvantagem começava a ser pesada.
Pouco depois do terceiro tento encarnado, o Benfica chegava à 10ª falta, mas nem assim os barcelenses chegariam ao golo, com Rampulla a ver Pedro Henriques negar-lhe o tento que poderia, ainda na primeira parte, relançar a equipa de Rui Neto na discussão do resultado.
Na segunda parte, continuou a haver mais Óquei de Barcelos. Aliás, na procura de um golo que reforçasse a crença em nova presença na Final Four da "prova rainha", só deu Óquei de Barcelos.
Pedro Henriques erguia-se como um autêntico muro e, a meio desta etapa complementar, ganhava mais um duelo de livre directo, agora frente a Miguel Rocha.
De bola corrida, não dava. De livre directo, não dava. Em superioridade numérica, com azul ao banco das águias, também não daria. O relógio jogava a favor da equipa de Edu Castro e, ainda que Zé Miranda não conseguisse transformar o livre directo da 10ª falta barcelense, a vantagem era confortável.
A três minutos do final, a oportunidade seria de grande penalidade, mas também não seria assim - com remate de Luís Querido - que o "muro" cederia.
O Benfica continua em prova, em busca da sua 16ª Taça de Portugal, que escapa desde 2015. Na última edição, tinha caído nas meias-finais, no Municipal de Barcelos, afastado pelo Óquei de Barcelos nas grandes penalidades.
Juventude Pacense vence "anfitrião" da Final Four
Naquele que será o palco da Final Four, o Famalicense, da II Divisão, vendeu cara a derrota frente ao primodivisionário Juventude Pacense. A equipa de Hugo Azevedo chega pela primeira vez ao fim-de-semana decisivo da Taça de Portugal ao vencer por 3-5.
O Famalicense, orientado por Miguel Viterbo, inaugurou o marcador por Iñigo Artacho, e rapidamente voltou a destacar-se depois de João Pedro Pereira igualar de grande penalidade, com novo golo de Artacho e o 3-1 por Carlos dias.
Caberia a Joca Guimarães garantir que a equipa do Campeonato Placard não recolheria aos balneários em desvantagem. Joca reduziu a seis minutos do intervalo e igualou, de livre directo após azul a Edgar Taboada, três minutos volvidos.
Na segunda parte, o Juventude Pacense adiantou-se pela primeira vez no marcador aos 11 minutos, com Rafael Almeida a marcar numa casa que foi sua nas últimas temporadas. José Cancela dilatou, num momento importante para gerir a pressão famalicense no final da partida.
Oliveirense passa em Valongo
Em Valongo, a Oliveirense garantiu a presença na Final Four pelo segundo ano consecutivo, em busca de uma quinta conquista, com um triunfo por 3-4.
Depois da contestação durante e após a partida com o Tomar, os valonguenses responderam no apoio aos seus jogadores e empurraram-nos para uma boa exibição, pese a eliminação no final dos 50 minutos.
O capitão Francisco Silva marcou o primeiro golo do jogo, antes de estarem cumpridos cinco minutos, mas a reviravolta só demorou dois minutos. Lucas Martinez igualou e Bruno Di Benedetto fez o 1-2, permitindo à equipa de Nuno Resende gerir de outra forma o encontro.
O resultado persistiu até ao intervalo, mas, no recolher aos balneários, Marc Torra viu azul e, nem assim detendo-se nos protestos a Miguel Guilherme, viu vermelho.
A Oliveirense jogou os primeiros seis minutos da etapa complementar em inferioridade numérica, mas, entre o acerto defensivo e a falta de capacidade do Valongo para encontrar espaços para rematar, segurou a vantagem. E, em jeito de celebração, Bruno Di Benedetto fez o 1-3 num remate fortíssimo de meia distância assim que foi reposta a igualdade numérica.
O internacional gaulês seria a figura maior da equipa de Oliveira de Azeméis. Na pressão para reduzir, o Valongo chegou à 10ª falta a 12 minutos do fim e Bruno faria o seu terceiro golo na partida, desfeiteando Guga com um forte remate.
A partida parecia totalmente controlada pela Oliveirense, mas num derradeiro assomo de Raça e Orgulho, os jogadores valonguenses fizeram perigar o apuramento. Depois de azul a Diogo Abreu (um dos quatro ex-valonguenses desta Oliveirense), Kyllian Gil reduziu a três minutos do fim. E, num raríssimo lapso de Xano Edo, a não afastar a bola, João Almeida fazia o 3-4.
Bruno não "matou" a discussão na 15ª falta adversária e houve suspense até final, mas, sem mais qualquer golo, a Oliveirense carimbou o apuramento.
O sorteio da Final Four está previsto para dia 18, mas carece de confirmação.
Quartos-de-final
• Sporting 6-1 Braga • 15.Mar
• Famalicense 3-5 Juv. Pacense • 15.Mar
• Valongo 3-4 Oliveirense • 15.Mar
• Óquei de Barcelos 0-3 Benfica • 15.Mar
Sábado, 15 de Março de 2025, 23h12