Espanha vence no início da defesa do título

A Espanha venceu a França por 2-1 no primeiro jogo do Grupo A do Campeonato da Europa. Num jogo muito mexido, mas ainda com muitos pormenores para acertar de parte a parte, a selecção tricampeã europeia foi, apesar de tangencialmente, mais eficaz.

1.Set.2025 Euro

A Espanha começou a defesa do título - e a busca do "tetra" - com uma vitória por 2-1 sobre a França.

Foi uma partida bem diferente daquela que terminou com um empate a um no Campeonato do Mundo há um ano, num jogo que, então, foi muito calculista de parte a parte.

No primeiro jogo no Europeu de ambas, a Espanha tricampeã venceu a França candidata, em busca do seu primeiro troféu. Ambas entraram a mostrar vontade e a imprimir velocidade, e, com pouco mais de três minutos jogados, o capitão Nil Roca entrou pela direita e abriu o marcador depois de combinar com César Carballeira.

Tal ditou um desequilibrio nos espaços ocupados, com a França a assumir mais a posse de bola em busca do empate. Mas, num jogo com pouco em jogo, faltava acerto no passe e, do lado gaulês, no remate.

Aos oito minutos e meio, Pol Manrubia viu azul por falta sobre o ex-companheiro Roberto Di Benedetto, mas a equipa de Nuno Lopes não conseguiu capitalizar a vantagem numérica. Esteve mais perto pouco depois de regressar o quinto jogador espanhol, quando, numa transição rápida, Carlo Di Benedetto desviou na área para o poste esquerdo da baliza à guarda de Candid Ballart.

Havia "mais" França sobre a pista, mas, principalmente, muitos passes precipitados e falhados de parte a parte. Em cheio, acertou Martí Casas. No seguimento de uma falta de canto, num lance que pareceu estudado, mas contou com complacência da defensiva de "les bleus", o MVP da última edição da OK Liga ampliou para 2-0.

A França, em busca do golo, lograria reduzir dois minutos volvidos, numa grande penalidade transformada por Remi Herman. E, aí, a Espanha assumiu declaradamente outra postura, com mais intensidade sobre o portador da bola e mais velocidade sobre a pista. O baixo centro de gravidade dos espanhóis (César Carballeira é excepção) era um desafio para a França.

Na etapa complementar, mantendo-se o 2-1 no marcador, a Espanha entrou como saíra, rápida, intensa, vertical. Mas a França voltou a ganhar ascendente, pelo menos em termos de posse de bola, dado que, entre os postes, Candid Ballart, sempre muito tranquilo, ia parando tudo.

Não haveria golos nesta segunda parte, apesar de várias oportunidades de parte a parte. Nota para dois sustos, com Roberto Di Benedetto, atingido com um patim na face, e Nil Roca, atingido por um stick na cabeça, a inspirarem cuidados. Mas regressariam a jogo.

Destaque também para um amarelo a Blai Roca, guarda-redes suplente de "La Roja", que, à luz das novas regras, obrigou todo o banco a "comportar-se". Ou, independentemente de quem fosse apanhado em excessos, veria vermelho.

Ainda esta segunda-feira, Portugal defronta a Itália a contar para este Grupo A, no derradeiro jogo do dia.