Há 29 anos que o campeão não arrancava tão mal

Com a derrota no João Rocha, o Porto fecha a 7ª jornada com apenas 10 pontos, fruto de três vitórias (todas em casa), um empate e três derrotas. Há 29 anos que o vigente campeão nacional não tinha tão escasso pecúlio à 7ª jornada. Preocupante ou vicissitudes do calendário?

Há 29 anos que o campeão não arrancava tão mal

Com mais uma derrota fora de portas, a terceira, a que se soma um empate, o Porto fecha a 7ª jornada a, pelo menos, oito pontos do líder, sendo que caso o Benfica ganhe na quarta-feira, os dragões ficarão a 11.

Somando apenas 10 pontos, o Porto tem o mais fraco pecúlio de um campeão no arranque da defesa do título desde 1996. Há 29 anos.

Então, o Óquei de Barcelos vinha de vencer o segundo título da sua História, mas terá acusado a partida de Paulo Alves e Pedro Alves para o Porto. Por curiosidade, chegou para o plantel, entre outros, Rui Neto, o actual treinador.

Esse Óquei de Barcelos começou com um empate no Seixal, perdeu na recepção à Oliveirense, venceu o Marinhense na Marinha Grande, voltou a perder como visitado na recepção ao Porto (e por pesados 4-9).

Depois venceu em Sintra e ganhou, em casa, o dérbi com o Barcelinhos. À 7ª jornada, voltaram as derrotas, em Paço de Arcos. Mas só teria mais uma derrota - na Luz - na primeira fase, terminando num 4º que dava acesso à fase de discussão do título. E até conseguiu ser vice-campeão, apenas atrás do Benfica.

Três vitórias, um empate e uma derrota, também com quatro jogos fora e três em casa.

Desde aí, o pior registo nos primeiros sete jogos foi o do Valongo, inusitadamente campeão em 2014. Depois das saídas de Ângelo Girão e Rafa, o Valongo somou 11 pontos, com três vitórias, dois empates e duas derrotas.

No reverso da medalha, destaque para o Porto de 2004, 2011 e 2017, e o Benfica de 2015 e 2016, que arrancaram a defesa do título com (pelo menos) sete vitórias. Mas, provando que não é como começa, destes arranques vitoriosos, apenas o Porto de 2004, a meio do "deca", e o Benfica de 2015, que viria a ser também campeão europeu, acabariam por repetir o título nacional.

Este Porto

O Porto desta época, com a chegada de Paulo Freitas e Pol Manrubia, tendo partido Ares e Barata, ainda só venceu em casa, derrotando Óquei de Barcelos, Riba d'Ave e Tomar. Perdeu em Turquel, na Luz, em Paços de Ferreira e, este domingo, no João Rocha.

Nos número do Porto, "choca" o número de golos sofridos: 24. Mesmo que haja várias equipas com um jogo a menos (ou menos dois, como Riba d'Ave e Juventude Pacense), apenas as três equipas que regressaram agora à I Divisão é que têm mais golos sofridos.

O próximo jogo do Porto é em casa, na recepção a uma Oliveirense que também soma apenas três vitórias - todas em casa e todas frente aos recém-promovidos - mas dois empates fora, o que a coloca um ponto à frente dos dragões.

Vicissitudes de calendário?

Os resultados no arranque de época têm, necessariamente, muito a ver com o que o sorteio do calendário ditou.

Comparando com a pretérita temporada, o Porto só não defrontou o Turquel, mas, mal comparado, só perdeu dois pontos frente às três equipas que tinham subido de divisão - Candelária, Juventude de Viana e Sanjoanense - ao empatar no Pico. Agora, já perdeu três.

De resto, também venceu Óquei de Barcelos, Tomar e Riba d'Ave em casa, e perdeu com Benfica e Sporting fora. Em Paços de Ferreira, onde agora empatou, tinha perdido, o que, nestes seis jogos, dá mais um ponto conquistado este ano. E marcou 22 golos contra 14 em 2024/25. Mas sofreu 20, contra 14 sofridos na pretérita última época.

Olhando para os arranques, o Porto começou a defesa do título - que culminaria no bicampeonato - com seis vitórias e uma derrota. 18 pontos contra os 10 de agora.

Para já, o modelo com um play-off que tudo decide vai servindo de conforto...

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