Sporting conquista a sua primeira Taça Continental

Sporting conquista a sua primeira Taça Continental

O Sporting venceu a Taça Continental pela primeira vez na sua história, ao bater na partida decisiva o Porto por 2-3.

Porto e Sporting protagonizaram este domingo, no João Rocha, uma reedição da final da última edição da Liga Europeia, depois de – com facilidade – terem ultrapassado Lleida e Sarzana nesta que foi a terceira vez que a Taça Continental se jogou em Final Four.

‘Luta’ – por vezes literal – entre Toni Perez e Reinaldo Garcia animou os primeiros minutos de jogo
‘Luta’ – por vezes literal – entre Toni Perez e Reinaldo Garcia animou os primeiros minutos de jogo

Perante casa composta, mas longe da enchente (anunciaram-se menos de 1500 espectadores), foi um início de partida com equilíbrio, mas rapidamente quebrado. Aos quatro minutos, Cocco via o primeiro azul – de quatro – dos portistas no jogo e, apesar de Ferran Font não conseguir bater Malian, seu companheiro na “La Roja”, o powerplay colocou os leões por cima, mesmo depois de reposta a igualdade em pista.

Antes do início do encontro, cumpriu-se um minuto de silêncio pela morte de Manuel Oliveira, pai de Caio e de Poka, ausentes desta Taça Continental.

Já sanado um duelo particular entre Toni Perez e Reinaldo Garcia, com, ora um, ora outro, a irem ao chão várias vezes, o Sporting, mais vertical e intenso, inaugurou o marcador aos 10 minutos, num sprint de Gonzalo Romero a ultrapassar todos… mesmo Malián. O guarda-redes do Porto ainda tirou a bola da baliza, mas Óscar Valverde viu-a lá dentro e deu o golo ao argentino.

Gonçalo Alves foi sempre perigoso no ataque azul-e-branco
Gonçalo Alves foi sempre perigoso no ataque azul-e-branco

O Porto procurou reagir, mas veria a sua ascensão quebrada por novo azul, desta feita a Gonçalo Alves. Marin não converteu a grande penalidade (a falta foi na área), mas o powerplay permitiu novamente ao Sporting marcar um ascendente. Mas, mais uma vez, sem golos.

Um pouco contra a corrente do jogo, o Porto chegaria à igualdade depois de azul a Platero, a quatro minutos e meio do intervalo, com Di Benedetto a bater Girão. O Porto cresceu, mas, novamente em contra ciclo, o Sporting faria o 1-2, num remate fortíssimo de Romero, a bisar.

Sempre intenso e com uma meia distância temível, Gonzalo Romero bisou na primeira parte
Sempre intenso e com uma meia distância temível, Gonzalo Romero bisou na primeira parte

Os leões chegariam ao intervalo a vencer, ainda que Di Benedetto fosse novamente chamado à marca de livre directo. O gaulês não conseguiu desfeitear Girão, mas Telmo Pinto terá saído antes do tempo, levando à repetição… e à ira de Girão. No entanto, Di Benedetto voltaria a falhar.

Na etapa complementar, o jogo recomeçou com a toada de equilíbrio com que se iniciara 25 minutos contados antes, e seria novamente quebrado por um livre directo. Desta feita para o Porto, na 15ª falta leonina. Giulio Cocco não perdoou o fez o 2-2, relançando completamente a disputa do troféu.

O 2-2 por Cocco lançou o Porto para uma excelente segunda parte… a que faltou eficácia
O 2-2 por Cocco lançou o Porto para uma excelente segunda parte… a que faltou eficácia

O Porto, mesmo condicionado na sua rotação de banco com as ausências de Poka e Hugo Santos, seria quase sempre melhor no que faltava jogar, com o Sporting a ser abnegado na missão defensiva. No ataque, Pedro Gil desperdiçou um livre directo e, depois de azul a Reinaldo Garcia, os leões também não aproveitaram a vantagem numérica.

O passar dos minutos, mostrava um Porto mais confiante. Mas ineficaz. À entrada dos derradeiros 10 minutos, Girão viu os postes da sua baliza tremerem num remate de Cocco e noutro de Miras. Os leões chegariam às 20 faltas, mas Cocco – que nasceu escassos 11 dias antes da última conquista europeia do Porto (a CERS em 1996) – falhou na missão de adiantar os dragões.

Marin entrou para resolver a menos de dois minutos do final
Marin entrou para resolver a menos de dois minutos do final

Já nos dois minutos finais, Sergi Miras viu o cartão azul e Raul Marin saltou do banco para um momento decisivo. E não falhou, fazendo de livre directo o 2-3 que valeria a Continental.

O Porto jogou cerca de minuto e meio com cinco jogadores de pista, rematando muitas vezes à baliza e recuperando a bola, mas, com a defesa bem cerrada, Girão nem teve de se aplicar para evitar que o jogo fosse para prolongamento. Estava conquistada, à quinta tentativa, a Taça Continental pelo Sporting, que a junta no seu palmarés a duas Ligas Europeias, duas Taças CERS e três Taças das Taças. Agora, só falta a Intercontinental…

Na galeria de vencedores da Taça Continental – encabeçada pelo Barcelona e os seus 18 títulos – o Sporting junta-se aos portugueses Porto, Óquei de Barcelos, Benfica e Oliveirense.

Girão levantou o troféu europeu que faltava no palmarés leonino
Girão levantou o troféu europeu que faltava no palmarés leonino

Porto 2-3 Sporting

Árbitros: Miguel Diaz e Óscar Valverde

Marcha do marcador

Primeira parte: 0-1 Gonzalo Romero, 1-1 Carlo Di Benedetto (ld), 1-2 Gonzalo Romero

Segunda parte: 2-2 Giulio Cocco (ld), 2-3 Raul Marin (ld)

Porto

Cinco inicial: Xavier Malian (gr), Sergi Miras, Giulio Cocco (1), Rafa e Carlo Di Benedetto (1)

Jogaram ainda: Gonçalo Alves e Reinaldo Garcia

Treinador: Guillem Cabestany

Sporting

Cinco inicial: Ângelo Girão (gr), Toni Perez, Telmo Pinto, Pedro Gil e Gonzalo Romero (2)

Jogaram ainda: João Souto, Pedro Gil, Matias Platero e Raul Marin (1)

Treinador: Paulo Freitas

Disciplina

Azul a Giulio Cocco, Gonçalo Alves, Matias Platero, Reinaldo Garcia e Sergi Miras.

AMGRoller Compozito

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