«Ou estes comportamentos são corrigidos, ou o investimento será seriamente repensado»

«Ou estes comportamentos são corrigidos, ou o investimento será seriamente repensado»

No final da partida que ditou o seu afastamento da final da Taça 1947, a Oliveirense não calou a sua revolta. João Nuno Araújo, na “flash”, e um comunicado pedem (mais uma vez) mudanças na arbitragem. Ou o investimento será repensado. #Taça1947

Um lance sobre o apito para o final da primeira parte do jogo entre Benfica e Oliveirense, que poderia valer então o 2-2, deu o mote para continuados protestos da Oliveirense.

A contestação às decisões da arbitragem nos jogos entre as águias de Lisboa e as de Oliveira de Azeméis não é inédita, com maior mediatização na final da Liga Europeia de 2016 e num jogo para o Campeonato Nacional em 2018/19 em que não seria validado um golo, com a bola bem para lá da linha.

Desta feita, no Luso, a reacção pública surgiu logo após o final da partida dirigida por Rui Torres e Ricardo Leão, pela voz do dirigente João Nuno Araújo.

Infelizmente não é o treinador que está aqui, tive de vir aqui eu. O que é pena, porque foi um bom espectáculo. Acho que tem sido uma competição interessante, muito bem organizada pela federação, mas, mais uma vez, a Oliveirense tem razões claras de queixa da arbitragem. A Oliveirense foi claramente prejudicada. Há um lance de golo evidente, que é anulado o nosso golo de empate momento antes do intervalo.

De uma forma muito clara, ou quem manda no Hóquei em Patins, quem dirige o Hóquei em Patins, altera a forma de estar do Hóquei, altera os comportamentos de alguns agentes desportivos, ou então a Oliveirense vai repensar seriamente o investimento que tem feito no Hóquei em Patins.

Há vários anos que apostamos no Hóquei em Patins, porque acreditamos na modalidade, sabemos que tem sido feito um esforço, mas infelizmente nas horas decisivas, nas horas da verdade, nos momentos decisivos dos jogos, a Oliveirense tem sido sucessivamente prejudicada. Quer em campeonatos nacionais, quer ainda hoje neste jogo que era uma Taça muito interessante, num formato desportivo muito interessante, e nós sucessivamente somos arredados dos momentos decisivos porque somos prejudicados pela arbitragem.

Não temos problemas em assumir isto. O Hóquei tem de evoluir na arbitragem. É importante que o Hóquei evolua em todos os sentidos, mas essencialmente na arbitragem. Muito honestamente, acho que é a parte da modalidade, o agente da modalidade que menos tem evoluído, é a arbitragem. E isso tem de mudar, porque o Hóquei em Patins merece arbitragens de qualidade. E hoje, mais uma vez, as imagens televisivas comprovam, nós fomos claramente prejudicados. E parece que é estranho, mas contra o Benfica é a segunda vez que não vêem golos que são evidentes.

E que fique muito clara esta mensagem, para a modalidade, para a federação. Ou estas situações são alteradas, estes comportamentos são corrigidos com muita brevidade ou então investimento da Oliveirense no Hóquei em Patins e a presença da Oliveirense nestes momentos, nos momentos decisivos de maior competição e maior rigor desportivo, será repensada seriamente.

A partida motivaria várias reacções, com maior ou menor acutilância, merecendo destaque a de João Carlos Paupério, largos anos presidente da Associação Desportiva de Valongo, na sua página de Facebook.

“Depois de assistir ao jogo da meia final entre o Benfica e a Oliveirense, e mesmo sabendo que a Oliveirense faz parte dos Clubes pelos quais nutro menos simpatia (pela sua arrogância de quem nunca ganha nada, mas parece) quero fazer uma sugestão à FPP, no próximo ano, se ainda houver clubes que queiram participar neste arranjinho, transmitam pela BTV, assim todos concordam com a arbitragem, o entrevistador até pode dar um saltinho de alegria pelo apuramento e quem gosta de hóquei, pode escolher outro canal para ver os Batanetes”, escreveu o histórico dirigente.

Comunicado

Mais tarde, reforçando as palavras de João Nuno Araújo, a Oliveirense emitiu um comunicado de oito pontos, em que merece sublinhado particular que a Oliveirense “ponderou abandonar o desafio e não entrar em campo para a segunda parte como forma de protesto”, exigindo que “a FPP e o Conselho de Arbitragem intensifiquem o esforço que têm realizado para tornar a arbitragem mais transparente de forma a que ela se eleve ao nível dos principais protagonistas que são os jogadores do designado ‘Melhor Campeonato do Mundo’”.

Para já, ficam as palavras, mas a “ameaça” de João Nuno Araújo é reiterada. “Ou quem manda no hóquei em patins português altera os comportamentos de alguns agentes desportivos, ou a Oliveirense vai repensar seriamente o investimento que realiza nesta modalidade, pode ler-se.

AMGRoller

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