Portugal autoritário no Clássico
Portugal venceu a eterna rival Espanha por 1-6, dominando inequivocamente em grande parte do Clássico.
Início muito forte de Portugal, com o público que encheu o Dr. Salvador Machado a gritar golo logo aos 10 segundos. A bola não chegou a entrar, mas os portugueses não descansaram enquanto não entrasse. Encostaram completamente a Espanha, e foram premiados aos cinco minutos com uma grande penalidade a castigar falta sobre João Rodrigues que Ricardo Barreiros, num duelo oliveirense com Puigbi, transformou em golo.
Mas a festa lusa não durou. A Espanha quis reagir e não teve de "trabucar" tanto para "manducar". Um minuto depois de sofrer o golo, mas também de se libertar da pressão portuguesa, restabeleceu a igualdade, de grande penalidade por Jordi Bargalló.
Com o empate vinha algum equilíbrio, ainda que com os portugueses mais perigosos. Inclusivamente quando tiveram de jogar com menos um, por azul a Hélder Nunes. Girão defendera o respectivo livre directo (de Pau Bargalló) e, Diogo, João e Reinaldo eram mais objectivos que o quarteto espanhol, não abdicando de sair rápido para perigosos contra-ataques.
A fórmula surpreendeu a Espanha e resultou mesmo em golo. Escassos segundos depois de estar restabelecida a igualdade numérica em termos de jogadores, Reinaldo Ventura desfez a igualdade no marcador, fazendo o 1-2.
O golo português quando Espanha teve oportunidade de jogar contra três de pista, foi um duro golpe na moral da selecção espanhola. Portugal controlava a partida e, antes do intervalo, dispôs mesmo de soberana ocasião para ampliar. A um minuto do intervalo, Jepi Selva viu o azul e levou Reinaldo Ventura para a marca de livre directo. Entre a displicência e a intencionalidade, Rei atirou à tabela de fundo e esteve perto do golo na recarga, mas o 1-2 persistiria até ao descanso.
De regresso dos balneários com mais um minuto de vantagem numérica para gerir, Portugal não precisou de muito tempo para fazer o terceiro. 16 segundos bastaram para João Rodrigues facturar.
Pese o muito tempo que havia para jogar, a partida ficou praticamente decidida, constatado nos minutos que se seguiriam, com Portugal a chegar à bola sempre mais rápido e com mais convicção.
Na etapa complementar, a Espanha esteve cerca de 17 minutos com nove faltas. Portugal aguentou os últimos 15 minutos com oito faltas.
O total domínio português seria transformado em golos nos oito minutos finais. Primeiro, e a ilustrar muito do que se passou no jogo, Rafa roubou a bola a Jordi Bargalló e partiu rinque fora para, já em queda, finalizar. Três minutos volvidos, foi a vez de Diogo Rafael fazer o quinto, também com elevada nota artística. E, para fechar as contas do jogo, Gonçalo Alves não desperdiçou o livre directo da décima falta e fez o 1-6 final.
Com esta vitória, Portugal soma seis pontos e garante desde já o primeiro lugar do grupo B.
Sob arbitragem da dupla Franco Ferrari e Matteo Galoppi (ambos de Itália), as equipas alinharam da seguinte forma:
Espanha com Xevi Puigbi (gr), Romà Bancells, Cristian Rodriguez, Pau Bargalló e Jordi Bargalló (1) - cinco inicial - Jepi Selva, Ton Baliu, Eloi Mitjans e Jordi Burgaya. Treinador Quim Paüls.
Portugal com Ângelo Girão (gr), Reinaldo Ventura (1), Ricardo Barreiros (1), Hélder Nunes e João Rodrigues (1) - cinco inicial - Diogo Rafael (1), Gonçalo Alves (1), Rafa (1) e Henrique Magalhães. Treinador Luís Sénica.
Registaram-se 11 faltas para a Espanha e oito para a Portugal, com cartão azul mostrado a Hélder Nunes e a Jepi Selva.
Quarta-feira, 13 de Julho de 2016, 1h24