Benfica esmagador na conquista da Continental

Benfica esmagador na conquista da Continental

O Benfica venceu o Óquei de Barcelos por 9-2 e conquistou a terceira Taça Continental da sua história.

A precisar de recuperar a desvantagem de um golo que trazia da primeira mão em Barcelos, o Benfica entrou determinado e ofensivo, pondo por diversas vezes Ricardo Silva à prova. Com Miguel Rocha, que continua a ser aposta no cinco inicial, particularmente rematador, os encarnados tentavam marcar cedo e obrigaram Paulo Freitas a pedir um desconto de tempo ainda não estavam cumpridos quatro minutos.

João Rodrigues inaugurou o marcador e seria figura, com quatro golos
João Rodrigues inaugurou o marcador e seria figura, com quatro golos

O desconto de tempo teve o condão de cortar a entrada de rompante dos encarnados, mas não lhes retirou o claro ascendente na partida. E aos 10 minutos, João Rodrigues, oportuno na área, fez o 1-0.

Mais do que a final igualada, o Óquei teve pouco depois outro - maior - revés. Reinaldo Ventura caiu mal e a 13 minutos do intervalo foi obrigado a sair. Voltaria 18 minutos depois, a 20 do final, já com o resultado totalmente desequilibrado...

Na frente

Perante o seu público, e apesar do Barcelos não se remeter à defesa, o Benfica era sempre mais perigoso. Sob a batuta de Nicolía, os encarnados adiantar-se-iam pela primeira vez nesta Continental após uma excelente jogada individual do argentino, com Jordi Adroher a marcar na sobra o 2-0 já nos cinco minutos finais da primeira parte.

Golo de João Guimarães restabeleceu igualdade na final... por pouco tempo
Golo de João Guimarães restabeleceu igualdade na final... por pouco tempo

Procurou - e conseguiu - reagir o Óquei de Barcelos, a repôr a igualdade na final. Diogo Rafael fez a 10ª falta da sua equipa, sobre Alvarinho (o campeão da Europa de seniores e o campeão do Mundo de Sub-20 andaram "picados"), mas não seria de livre directo - desperdiçado por Luís Querido - que os barcelenses chegariam ao golo. João Guimarães ("Joca"), numa picadinha de belo efeito, fez o 2-1.

Minuto fatal

Quando o equilíbrio parecia retomado, menos de um minuto foi fatal para as aspirações da equipa às ordens de Paulo Freitas. Ainda que com um intervalo pelo meio... A meio minuto do descanso, João Rodrigues ampliou para 3-1 e no arranque da segunda parte, de antes do meio campo, Tiago Rafael surpreendeu Ricardo Silva para o 4-1. Da final igualada, a uma desvantagem mínima que estaria perfeitamente ao alcance, a uma diferença de dois golos, foi uma viagem vertiginosa para os visitantes.

Golo sobre o final da primeira parte deu vantagem que o Benfica não voltou a perder
Golo sobre o final da primeira parte deu vantagem que o Benfica não voltou a perder

Até porque nem as bolas paradas corriam de feição, ao contrário da primeira mão... Vieirinha falhou o livre directo a castigar um azul a Adroher e, ainda com os encarnados em desvantagem numérica, João Rodrigues fez o 5-1 na mesma acção de livre directo. E o avançado encarnado, aos cinco minutos da segunda parte e aproveitando da melhor maneira o regresso do quinto jogador quando o Barcelos ainda tinha menos um, concluiu um contra-ataque a passe de Tiago Rafael para o 6-1.

Regressava então Reinaldo Ventura...

Definido

A diferença de cinco golos no marcador já convencera praticamente todos na Luz da conquista encarnada. Mas o Barcelos não abdicou do jogo. O regresso de Reinaldo Ventura trouxe desde logo efeitos no marcador - Vieirinha reduziu para 6-2 numa excelente acção individual a bater Trabal quase sem ângulo - e equilíbrio e aparente serenidade aos "galos" que não evitaram no entanto ficar ainda mais longe no marcador.

Guillem Trabal esteve intransponível de bola parada
Guillem Trabal esteve intransponível de bola parada

Miguel Rocha fez o 7-2 e Adroher, de grande penalidade, ampliou para 8-2 ainda com mais de 16 minutos para jogar. Novamente de bola parada (livre directo), o catalão goleador faria o 9-2 final a quatro minutos do derradeiro apito desta edição da Continental, havendo tempo para uma enorme ovação quando Guillem Trabal - defendeu três livres directos e uma grande penalidade - deu o seu lugar a Diogo Almeida e para ex-júnior João Sardo entrar. E falhar um livre directo a três segundos do fim quando no banco encarnado já se fazia a festa.

«Desempenho individual, organização colectiva e eficácia»

O Benfica conquistou assim a terceira Taça Continental da sua história, sucedendo ao Barcelona e repetindo os triunfos de 2011 (por falta de comparência do Liceo) e de 2013 (sobre o Vendrell). Os encarnados passam o Noia no número de vitórias, continuando atrás de Igualada (cinco triunfos), Liceo (seis) e Barcelona (17).

A festa encarnada
A festa encarnada

Em conferência de imprensa, Pedro Nunes sublinhou a melhoria do Benfica em relação ao jogo da primeira mão, vincando que continuaram a acontecer erros, mas que acontecerão sempre porque o adversário também tem mérito. João Rodrigues, autor de quatro golos, destacou o colectivo no pagamento de uma "dívida" para com os adeptos que vinha da Supertaça António Livramento.

Abatido com a derrota, Paulo Freitas referiu que a equipa acusou também um microciclo complicado, com os barcelenses a defrontararem sucessivamente Porto, Benfica e Oliveirense. No próximo domingo, o Barcelos regressa à Luz, mas para o Campeonato. Competições diferentes e seguramente um jogo diferente, garantiu o técnico barcelense.

AMGRoller Compozito

Partilhe

Facebook Twitter AddToAny