2016 (Jan/Mar): Um bi anunciado cedo
O ano de 2016, que está prestes a terminar, foi de glória para o Hóquei em Patins nacional. A "cereja no topo do bolo" foi a conquista do Campeonato da Europa em Oliveira de Azeméis, mas antes e depois desse momento maior, outros foram os marcos que merecem destaque.
Sete pontos de avanço na viragem
O ano começou em tons de encarnado, depois de uma reviravolta no Clássico com o Porto no final de 2015 que acentuou diferenças na tabela classificativa. A 24 de Janeiro, a primeira volta do Nacional da I Divisão terminava para as equipas da frente com o empate a quatro do Benfica em Oliveira de Azeméis. O ponto, "arrancado" sem luvas por Miguel Rocha nos derradeiros instantes, gorava as expectativas iniciais de uma luta pelo título mais disputada.
A caminho da revalidação do título, o Benfica fechava a primeira volta com 12 vitórias e um empate, somando sete pontos de vantagem sobre o Porto e oito sobre o Barcelos, então terceiro.
Bombas de mercado
Foi logo no mês de Fevereiro que se começou definitivamente a desenhar a temporada seguinte (a presente), com os jornais a lançarem sucessivas notícias de movimentações de mercado que trariam definitivamente o epíteto de "melhor campeonato do mundo" para o hóquei português. Entre craques consagrados e valores seguros, o destaque para a vinda dos ícones espanhóis Jordi Bargalló, do Liceo para a Oliveirense, e de Pedro Gil, de regresso a Portugal - para o Sporting - depois de quatro "scudettos" consecutivos em Itália.
Latina com excelentes indicações
Entre 24 e 26 de Março, a Taça Latina, ainda que seja uma prova destinada a Sub-23, serviu de aperitivo para o Campeonato da Europa. E Portugal deu excelente conta de si na cidade costeira italiana de Follonica. Venceu a anfitriã Itália, que mostrou o renovado vigor do hóquei transalpino, por 4-3, bateu a Espanha por claros 5-1, numa afirmação categórica, pese a saída cedo por lesão de Pau Bargalló - mas com Dava Torres, Burgaya ou Ferran Font - no rival.
O triunfo no derradeiro dia com a França (5-1) foi o corolário de uma prova em que o capitão Hélder Nunes - o único português que viria a estar no Europeu absoluto - esteve um nível acima de todos os outros, colegas ou rivais, terminando com três hat-tricks nas três partidas realizadas.
Sob a orientação técnica de Luís Sénica, conquistaram a 14ª Taça Latina da história do Hóquei em Patins nacional os jogadores Alexandre Marques (HC Turquel), Álvaro Morais e Hélder Nunes (Porto), Diogo Alves e Guilherme Silva (Paço de Arcos) , Diogo Neves (SHUM, Espanha), Diogo Rodrigues (Candelária ), João Almeida e Xavier Cardoso (Valongo) e Pedro Cerqueira (Sanjoanense).
Quarta-feira, 28 de Dezembro de 2016, 22h02