Responsabilidade de jogar para ganhar
O Lodi parte como favorito à (re)conquista da Coppa Italia - a Taça de Itália - que se realiza entre os dias 24 e 26 em Follonica.
Vencedor da Supercoppa no arranque da temporada e actual líder da fase regular do campeonato italiano (que é decidido nos playoffs), a equipa que é orientada por Nuno Resende chega com ânimo acrescido da passagem aos quartos-de-final da Liga Europa, depois de ter vencido o Vic, no último fim-de-semana, por 6-3.
"Efectivamente, atravessamos um excelente momento, que só é possível fruto de um trabalho contínuo, bem como do compromisso assumido pelos jogadores em assimilar os conceitos por nós definidos", analisa o treinador português que chegou a Itália na temporada passada.
O Lodi conquistou a Coppa Italia em três ocasiões: 1978, 2012 e 2016. A partida dos 'quartos' deste ano é uma reedição da final do ano passado entre Lodi e Bassano.
Ainda assim, pese o momento, Nuno Resende recusa o favoritismo. "Não somos nem mais, nem menos candidatos a vencer a Coppa Itália. Definimos os mesmos objectivos e as mesmas pretensões que as restantes equipas", refere, apontando para o formato da prova, propenso a surpresas. "O facto de serem jogos a eliminar faz com que tudo possa acontecer", reforça.
Perspectivando os quartos-de-final desta Coppa que se jogará em três dias consecutivos, o técnico aponta o caminho. "Só um Lodi muito competente poderá, para já, nos quartos-de-final ganhar a um bom Bassano. Quanto ao resto não faço previsões, pois, só me foco jogo a jogo", afirma com naturais cautelas.
O Lodi já defrontou duas vezes esta época o adversário destes quartos-de-final, o Bassano (actual sexto na Legahockey) do também português Diogo Neves, tendo vencido as duas partidas: 7-4 em Lodi e 2-4 em Bassano.
Para conquistar a Coppa Italia (e demais provas), o técnico português conta com um grupo jovem, em que os mais velhos são Federico Ambrosio e Domenico Illuzzi, nascidos em 1989... ainda aquém dos 30 anos. Franco Platero é de 1992, o guarda-redes Adrià Català é de 1994 e os restantes são "Sub-23", de 1995 ou depois, destacando-se as promessas transalpinas Alessandro Verona e Giulio Cocco.
Mas a juventude do grupo, tal como Nuno Resende já teve oportunidade de referir, não servirá de desculpa. "Após o jogo da Luz, a equipa demonstrou que está a crescer em termos de maturidade", sublinha. "Controla melhor os jogos, gere melhor os momentos que o jogo oferece", detalha, apontando a partida com o Vic como exemplo. "Mesmo a perder nos primeiros 10 minutos por 0-2, e frente a uma das equipas mais difíceis da OK Liga, mantivemos a lucidez e conseguimos, de forma sustentada, mudar o jogo e vencer a partida", congratula-se. E, mesmo afastando o favoritismo, assume a candidatura. "Não fugimos às nossas responsabilidades, que são as de jogarmos para ganhar", vinca.
Na temporada passada, Nuno Resende caiu com o Matera nas meias-finais... frente ao Bassano
O Lodi terminou a fase de grupos da Liga Europeia em segundo lugar do grupo A, atrás do Benfica, com 10 pontos, fruto de três vitórias, um empate (em Vic) e duas derrotas, ambas frente ao campeão português. A nível interno, na Legahockey, o Lodi soma 49 pontos, mais cinco do que o segundo, o campeão em título Forte dei Marmi. A equipa de Nuno Resende regista apenas uma derrota - a 15 de Novembro, na recepção ao Forte - e é de longe o melhor ataque, num claro contraste com o Matera que o técnico orientava na temporada passada, que era uma equipa que primava pela coesão defensiva e não marcava muitos golos. Esta temporada, o Lodi já marcou por 117 vezes, mais 27 do que a segunda equipa mais concretizadora, o Follonica.
Terça-feira, 21 de Fevereiro de 2017, 23h17