Barcelona afasta Liceo nas grandes penalidades
O Barcelona venceu o Liceo no desempate por grandes penalidades e apurou-se para a final da Copa del Rey.
Com o português Henrique Magalhães novamente a titular, o Liceo defrontava nas meias-finais da Copa del Rey o Barcelona, "destino" de muitos dos seus - dos melhores - jogadores.
Dos oito jogadores de pista do Barcelona, apenas Xavi Barroso e Sergi Panadero não representaram o Liceo.
Perante um pavilhão cheio, a partida começou viva e a prometer espectáculo. Aos cinco minutos, Panadero cortou a bola com o patim e o expansivo Dava Torres festejou o assinalar da grande penalidade. Mas Sergi Fernández defendeu a tentativa de conversão de Dava.
Pouco depois, Ricard Muñoz lançava Lucas Ordoñez e Pau Bargalló e o Barcelona ganhava mais vivacidade no ataque. Respondeu Gil com as entradas de Toni Perez e Marc Coy, com o jogador que já passou pelo Benfica a pôr desde logo Sergi Fernandez em sentido, com um forte remate a deixar o guarda-redes - que defendeu com a máscara - "abananado".
O jogo seguia com velocidade e oportunidades junto de uma e outra baliza. Aos 15 minutos, novo corte com o patim, desta feita na área do Liceo, para três grandes penalidades para Lucas Ordoñez tentar marcar... a primeira mandada repetir, a segunda defendida por Malian e a terceira cometida pelo guarda-redes dos "verdes" logo no seguimento do lance, mas novamente defendida.
A bola parecia determinada em não entrar. Josep Lamas desperdiçou o livre directo da décima falta do Barcelona, Xavi Barroso rematou forte de grande penalidade para uma defesa fabulosa de Malián e, sobre o final da primeira parte, Pau não acertou com o alvo na décima falta do Liceo.
Fora uma grande primeira parte, repleta de emoção, mas faltavam detalhes... faltavam golos.
E não tardou a surgir o primeiro na segunda parte.
Aos três minutos e meio, num ataque rápido, Toni Pérez fez o 1-0, despoletando uma reacção enérgica do Barcelona. Mas os blaugrana não conseguiam ultrapassar a teia defensiva do Liceo e, volvidos alguns minutos, as oportunidades já surgiam de um e outro lado, num ritmo louco, extenuante até para quem assistia, e que só esbarrava em dois guarda-redes em grande nível.
Aos quinze minutos, quando o ritmo baixava um pouco, Matías Pascual repôs a igualdade, que podia ter sido desfeita logo a seguir. Mas Toni Pérez não conseguiu transformar em golo o livre directo da 15ª falta do adversário. Já Pablo Alvarez, a sete minutos do final, não perdoou, e deu a primeira vantagem à sua equipa.
A perder pelo mesmo resultado que se registara na OK Liga (no Palau), o Liceo não deixou de acreditar no apuramento, e logrou chegar ao 2-2 numa jogada estudada, faltavam pouco mais de cinco minutos para o final. E o jogo foi para prolongamento, o terceiro em cinco jogos desta Copa del Rey.
O tempo extra foi marcado pelas cautelas. Procurou mais o Barça o golo, mas foi o Liceo que esteve mais perto. Ainda na primeira parte do tempo extra, Toni Pérez foi à marca de grande penalidade, mas rematou ao poste. E Sergi defendeu a recarga. Uma espécie de ante-estreia para o filme do desempate por grandes penalidades que se seguiria.
Xavi Barroso falhou, Marc Coy marcou e celebrou... mas não contou, com os árbitros a dizerem que não teriam dado início à contagem. Depois Sergi Fernandez saiu antes, e a grande penalidade foi repetida. E, à terceira, Coy não conseguiu converter. E isto é o que fica para a História. Logo a seguir a este momento de tensão, Panadero marcou e, sem ninguém do Liceo conseguir bater Sergi, Pau Bargalló fechou as contas na quinta grande penalidade para o Barcelona, fixando o 2-4 final.
O irmão mais novo de Jordi Bargalló seguiu depois para a conferência de imprensa, onde com Ricard Muñoz analisou o apuramento da equipa para mais uma final.
Esta será a terceira final consecutiva, tendo perdido em 2015 e ganho em 2016. O Barcelona é o emblema mais galardoado da prova, com um total de 20 conquistas nas 73 edições já realizadas.
Domingo, 26 de Fevereiro de 2017, 2h52