Benfica, Barcelona, Reus e Oliveirense disputam o título

Benfica, Barcelona, Reus e Oliveirense disputam o título

Benfica, Barcelona e Oliveirense vão repetir a presença na Final Four da Liga Europeia. O Reus regressa ao decisivo fim-de-semana cinco anos depois.

Na Luz, o Benfica decidia a passagem à Final Four frente ao Liceo, com uma vantagem de um golo trazida da Corunha (2-3), demasiado magra para o campeão europeu ter uma segunda mão descansada... e aos 11 minutos, Josep Lamas empatava a eliminatória de livre directo.

Lamas inaugurou o marcador, igualando a eliminatória
Lamas inaugurou o marcador, igualando a eliminatória

Depois de uma fase inicial sem correr riscos, o Benfica despertou com o golo adversário. Carlos Nicolía empatou - de picadinha - menos de três minutos volvidos e Diogo Rafael pegou no jogo, quer a defender, quer a atacar, imprimindo um ritmo altíssimo ao jogo encarnado. O internacional português pecaria apenas nas picardias com Toni Perez e, já na segunda parte, "Dava" Torres, tal como o Benfica pecava na finalização. A três minutos do intervalo, até Jordi Adroher foi displicente na tentativa de conversão de um livre directo. Mas compensaria numa segunda oportunidade, batendo Malián num extraordinário gesto técnico.

Adroher fez o 2-1 de livre directo
Adroher fez o 2-1 de livre directo

A vantagem de um golo no jogo (dois na eliminatória) era escassa para o volume de jogo dos encarnados na primeira parte e um prémio para a organização defensiva do Liceo e para a excelente exibição de Xavi Malián, que está entre os eleitos de Quim Pauls para Montreux.

Pese precisar de recuperar dois golos, o Liceo não foi desesperadamente em busca do golo. Pelo contrário. Geria o ímpeto encarnado e espreitava, a espaços, a possibilidade de reduzir. Mas Guillém Trabal anulava todas as oportunidades que os "liceale" construíam.

Diogo Rafael deu intensidade ao jogo das águias
Diogo Rafael deu intensidade ao jogo das águias

Num jogo em que a dupla italiana adoptou um critério largo - deixaram os jogadores jogar... e até quase lutarem... - o terceiro golo encarnado saiu de um lance em que ambas as equipas se queixaram de falta. Os italianos deram falta a favor do Benfica e a equipa do Liceo foi apanhada desprevenida com a marcação rápida. Isolado, João Rodrigues não perdoou.

A 12 minutos do final, o Benfica ampliava a vantagem na partida para dois golos, mas não tirava o foco ao Liceo, que continuava no seu jogo paciente. Contudo, pouco acutilante.

Shedha batido por João Rodrigues, no primeiro golo de três do Benfica em 36 segundos
Shedha batido por João Rodrigues, no primeiro golo de três do Benfica em 36 segundos

Adroher já desperdiçara um livre directo (aos nove minutos desta segunda parte) e Marc Coy não faria melhor de grande penalidade (a nove do final). Todavia, seria uma bola parada - uma grande penalidade - a definir decididamente o jogo e a eliminatória. A sete minutos do final, Malián travou Nicolía para grande penalidade e viu o azul. Álvaro Shedha, habitual suplente, entrou sem a lição estudada e foi batido num remate rasteiro, como tem sido habitual, de João Rodrigues para o 4-1. E em 36 segundos, com a equipa do Liceo completamente alheada das suas tarefas defensivas, Nicolía e Miguel Rocha ampliaram para 6-1.

Henrique Magalhães fechou as contas da eliminatória
Henrique Magalhães fechou as contas da eliminatória

O passaporte estava carimbado e o golo de Henrique Magalhães, a três minutos e meio do fim, era manifestamente insuficiente para beliscar o apuramento das águias.

No final, Pedro Nunes e Carlos Gil concordaram na justiça do desfecho da eliminatória. O treinador dos encarnados - sem saber ainda que o adversário seria o Reus - adiou para mais adiante no calendário outras considerações sobre a Final Four, lembrando que há fases importantes para superar nas provas internas.

Reus passa nas grandes penalidades

Em Reus, estava tudo como no início. O empate a sete no Dragão Caixa deixava tudo em aberto para resolver no Palau d'Esports, que encheu para "levar" o Reus a nova decisão europeia, em que os "rojinegros" não marcavam presença desde 2012.

Marc Torra adiantou o conjunto de Enrico Mariotti logo aos quatro minutos, no único tento da primeira parte. Na segunda, Hélder Nunes restabeleceu a igualdade. Raul Marín fez o 2-1, mas a sina da eliminatória era mesmo a igualdade... Gonçalo Alves apontou o 2-2 logo de seguida, a seis minutos do final do tempo regulamentar.

Pedro Henriques foi decisivo na 'lotaria'
Pedro Henriques foi decisivo na 'lotaria'

No prolongamento, o Porto foi sempre mais perigoso. Mas o Reus escaparia incólume, levando o jogo para a decisão por grandes penalidades, capítulo em que o guarda-redes português Pedro Henriques vai granjeando fama. Nenhum dragão logrou marcar, enquanto Alex Rodriguez e Joan Salvat assinaram os golos do contentamento "reusence".

O Porto cai assim nos quartos-de-final pelo segundo ano consecutivo, enquanto o Reus - que nas meias-finais defrontará o Benfica - tentará o seu oitavo título consecutivo. Na última presença na decisão, em 2012 - na altura, Final Eight -, o Reus caiu frente ao Barcelona na meia-final.

Na Final Four estarão os vencedores dos quatro grupos da primeira fase.

Oliveirense e Barcelona defrontam-se na meia-final

Oliveirense e Barcelona confirmaram o apuramento depois de vitórias por dois golos na primeira mão em Itália, e vão defrontar-se numa das meias-finais.

No entanto, o apuramento frente aos transalpinos não seria tão fácil como a vantagem da primeira mão poderia fazer adivinhar.

Na recepção ao Lodi, a Oliveirense chegou a estar a vencer por 3-1, mas a equipa de Nuno Resende conseguiria chegar ao empate a três bolas. Não chegando para evitar que fosse a Oliveirense, vice-campeã europeia, a seguir em frente, o empate "mancha" o percurso até agora imaculado da equipa de Tó Neves, com sete vitórias em outros tantos jogos.

Tó Neves vai marcar presença na Final Four pela quinta vez consecutiva, três à frente do FC Porto e duas no comando técnico da Oliveirense
Tó Neves vai marcar presença na Final Four pela quinta vez consecutiva, três à frente do FC Porto e duas no comando técnico da Oliveirense

No caminho da Oliveirense para nova final estará o Barcelona, que chega à Final Four apesar de uma (rara) derrota no Palau. Tal como o adversário das "meias", o Barcelona também chegou a uma vantagem de 3-1, mas a recuperação do Forte dei Marmi foi mais longe do que a do Lodi. De Oro, quase sobre o apito, consumou a reviravolta com o 3-4 final.

A Final Four da Liga Europeia terá lugar nos dias 13 e 14 de Maio, entrando-se agora na fase de entrega de candidaturas para sede. A Oliveirense estará na primeira linha para garantir a organização da fase decisiva, mas Reus - apesar das condições financeira poderem ser obstáculo - poderá ter uma palavra a dizer. Benfica (sede em 2016) e Barcelona (organizador em 2015) dificilmente avançarão com proposta.

AMGRoller Compozito

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