Um Grau acima...
O Porto impôs a primeira derrota ao Sporting no Campeonato Nacional, vencendo por 2-1 um Clássico que determina novo líder: o Benfica, que, à distância, venceu o Infante Sagres por 9-5.
No jogo grande da 12ª jornada, penúltima da primeira volta, o Sporting visitou o Dragão Caixa com a missão de defender a liderança do Campeonato Nacional.
Os leões justificaram a posição de líder entrando a criar as ocasiões de maior perigo, sem conseguir no entanto - primeiro mais por Pedro Gil, depois mais por Caio - bater Carles Grau. Do outro lado, quem mais tentava chegar ao golo eram Rafa e Gonçalo Alves, mas Girão respondia à altura ao seu homólogo catalão.
Numa primeira parte de muito equilibro e com as defensivas a fecharem bem, nem os descontos de tempo pedidos por Guillem Cabestany (aos 14 minutos) e Paulo Freitas (quatro minutos volvidos) mudaram o rumo dos acontecimentos.
Edo Bosch foi homenageado antes do início da partida. O agora adjunto da Juventude de Viana representou o Porto em 18 temporadas, de 1998 a 2016.
A pouco mais de dois minutos do intervalo, Gonçalo Alves dispôs da mais soberana oportunidade da primeira parte, depois de Henrique Magalhães travar o seu companheiro no título nacional de 2014, Telmo Pinto, dentro da área. Ainda em duelo de campeões, de grande penalidade, Gonçalo, goleador-mor do Nacional, rematou para defesa do colega na conquista do título europeu de selecções em 2016, Ângelo Girão.
A segunda parte começou rápida, com uma oportunidade de cada lado... mas nada de golos. Aos três minutos, o Porto chegava à nona falta e, a pressionar muito alto, chegou à 10ª minuto e meio depois. Mas, em noite de homenagem a um grande guarda-redes, os dois que jogaram estavam a protagonizar uma homenagem particular na arte de tapar os caminhos para a baliza, e Carles Grau negou o golo de livre directo a Pedro Gil.
Os ausentes Jorge Silva (por castigo) e Vítor Hugo (por lesão?) foram substituídos pelos jovens Dinis Abreu e Zé Costa.
Mantendo-se a toada de equilíbrio, mas com o Porto a ganhar algum ascendente, o golo surgiria aos 10 minutos, mas quase por acaso... Gonçalo Alves teve espaço no meio campo e procurou colocar a bola na área, acabando por surpreender Girão... e até a dupla de arbitragem, que atribuiu o golo a Hélder Nunes. O tento inaugural moralizou os dragões, que viam também o Sporting a aproximar-se da fatídica 10ª falta. No entanto, perdulários, e logo depois de Reinaldo Garcia falhar de baliza aberta, personificaram a máxima do "quem não marca...". A oito minutos do final, Caio, que já brilhara com assistências no dérbi com o Benfica, voltou a servir da melhor maneira, desta feita João Pinto, para o empate.
O Porto acusou o golo, sem deixar de ser mais perigoso. E a 10ª falta leonina cairia a cinco minutos do fim... Hélder Nunes tentou o remate directo e não conseguiu converter, mas não falharia na recarga, dando nova vantagem à sua equipa.
Paulo Freitas visitou pela terceira vez o Dragão Caixa no comando técnico dos leões. Apesar de mostrar ambição até ao apito final, ainda não foi desta que evitou a derrota.
Paulo Freitas lançou a sua equipa em busca do empate, enquanto o Porto compassava o seu jogo. E ainda mais quando caiu a 14ª falta dos dragões a dois minutos do final. Com escasso minuto para jogar, a 15ª foi assinalada a Rafa e Caio foi para a marca de livre directo. Grau defendeu e voltaria a ser determinante quando o Sporting atacou com cinco, negando o golo do empate em mais três ocasiões e segurando os três pontos.
O Porto começou este Clássico com Carles Grau, Hélder Nunes, Reinaldo Garcia, Rafa e Gonçalo Alves, entrando ainda Ton Baliu e Telmo Pinto. O Sporting alinhou de início com Ângelo Girão, Henrique Magalhães, Matías Platero, Pedro Gil e João Pinto, tendo ainda entrado Caio e Toni Perez.
Benfica na frente
Depois do empate a três entre Paço de Arcos e Grândola (no sábado) e a vitória da Juventude de Viana em Braga por 2-5 (esta terça-feira), destaque entre os jogos que encerraram a jornada para a vitória do Benfica que vale a liderança no Campeonato. Os encarnados demoraram a destacar-se no marcador, mas venceriam o Infante Sagres por 9-5, com um hat-trick de João Rodrigues.
Igual registo de três golos conseguiriam Jepi Selva e Jordi Bargalló no regresso da Oliveirense às vitórias. A equipa de Oliveira de Azeméis venceu o Valença por expressivos 12-4, deixando para trás seis jogos - quatro deles para o campeonato - sem vencer. Na próxima jornada, a Oliveirense visita o João Rocha no jogo que encerra a primeira volta.
Resultados da 12ª jornada
CD Paço de Arcos 3-3 HCP Grândola (13.Jan)
HC Braga 2-5 A Juv. Viana (16.Jan)
UD Oliveirense 12-4 Valença HC
AD Valongo 5-1 HC Turquel
SL Benfica 9-5 C Infante Sagres
FC Porto 2-1 Sporting CP
OC Barcelos 4-4 SC Tomar
Classificação
Zona da Liga Europeia
1º SL Benfica, 32 pontos
2º Sporting CP, 31
3º FC Porto, 30
4º UD Oliveirense, 27
Zona da Taça CERS
5º OC Barcelos, 22
6º AD Valongo, 19
7º A Juv. Viana, 18
8º SC Tomar, 15
9º HC Turquel, 10
Zona de manutenção
10º Valença HC, 10
11º CD Paço de Arcos, 8
Zona de despromoção
12º C Infante Sagres, 7
13º HC Braga, 7
14º HCP Grândola, 3
Quarta-feira, 17 de Janeiro de 2018, 23h01